Caros amigos
A sociedade, os políticos e a justiça no
Brasil estão diante de um impasse e dividem-se em quatro grandes grupos
que passo a descrever, da esquerda para a direita.
O primeiro é composto pelas viúvas do PT e seus aliados. São os
arruaceiros misturados aos viciados em mortadela e aos “Ricardos Pilha”
que, nos aviões e em lugares públicos, tentam intimidar e constranger
seus adversários e os suspeitos de defecção ideológica. Para esses, o
objetivo é o quadro do quanto pior melhor, tanto na intensidade quanto
na duração. São comandados e orientados pelos crápulas ainda com mandato
no Congresso Nacional que falam, abertamente, em derramar o sangue dos
idiotas úteis que ainda os seguem e aplaudem para assegurar a consecução
os seus interesses escusos.
O segundo grupo é o dos que, por razões
diversas – justas ou injustas, honestas ou desonestas – querem assegurar
a Michel Temer (o atual chefe da quadrilha, segundo o empresário
Joesley Batista) um ambiente mínimo de estabilidade e governabilidade
para conduzir o País, a economia e as “reformas”, do jeito e com os
resultados que forem possíveis, matando um tigre e abafando um escândalo
a cada dia, até a conclusão do mandato, mantendo, nesse interim, o
líder e seus aliados políticos à margem da Lava Jato.
O terceiro grupo, mesmo repudiando essa
excrescência apelidada de “cidadã”, defende o cumprimento imediato da
lei, doa a quem doer, atinja a quem atingir. Esse grupo parte do
princípio de que é melhor uma porcaria de constituição do que nenhuma
constituição e quer que Temer e todos os corruptos que o cercam caiam de
uma vez por todas no colo da Lava Jato. Para ele, a absolvição da chapa
Dilma-Temer foi uma cusparada na cara do Brasil, foi como se a lógica
das leis tivesse sido usada como papel higiênico de segunda categoria.
O quarto grupo empenha-se por uma
intervenção militar, isto é, a tomada do poder pelo argumento da força e
da correção moral e patriótica das Forças Armadas, julgando que, a
qualquer custo, é chegada a hora de empregar o último e decisivo recurso
da Nação. Neste ponto, aceitam o confronto e os cadáveres propostos
pelo primeiro grupo, bem como o risco de internacionalização da solução
para a crise brasileira.
Diante da adversidade da situação, da
profundidade do caos moral e da falta de maturidade da opinião pública,
essa divisão é natural, mas não contribui para o fim da crise e do mal
que causa ao País, pelo contrário, coloca em apuro o problema e a
solução para ele, particularmente após a expansão e o agravamento das
delações de Joesley Batista, o manipulador de propinas cuja delação
superou todos os exercícios de imaginação.
A maioria dos brasileiros e a solução do
impasse que trava e atrasa o Brasil estão, obviamente, inseridos nos
grupos mais à direita, no rigoroso cumprimento das leis em vigor, no bom
senso e na honestidade de propósitos dos impacientes, tudo sob a
garantia última do declarado comprometimento das Forças Armadas com a
estabilidade da Nação, com o respeito à Constituição e com a
legitimidade do seu emprego em defesa dos verdadeiros interesses
nacionais.
É o que penso.
Gen Bda Paulo Chagas
Nenhum comentário:
Postar um comentário