MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 12 de junho de 2017

Na imprensa e no povo, foi péssima a repercussão do julgamento de Temer


Gilmar  não agradou a gregos nem a troianos
Pedro do Coutto
Não podia ter sido pior a repercussão na imprensa do resultado do julgamento do TSE que apenas prolongou, por pouco tempo, a permanência do presidente Michel Temer no poder. Nenhum jornal, nenhum comentarista de programas na televisão, ninguém na realidade ficou satisfeito com o voto de Minerva do ministro Gilmar Mendes. A sensação geral é a de frustração e de descrédito, não quanto a Justiça em geral, mas em relação ao TSE em particular, principalmente aos quatro integrantes que garantiram a vitória de uma tese impossível à luz da lei, da ética e até da moral.
Ironicamente surgiram comentários dizendo que o desfecho de 4 a 3 foi consequência do excesso de provas. De fato, provas de corrupção não faltaram, o que foi assinalado tanto pelas testemunhas das manobras financeiras, quanto pelos delatores que desembolsaram milhões e milhões de reais aparentemente para a campanha da chapa Dilma-Temer, mas na realidade para encobrir uma sequência interminável de propinas e contratos superfaturados na Petrobrás.
DENÚNCIA NO STF – Agora o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em matéria de Jailton de Carvalho, O Globo deste domingo, vai ampliar a denúncia contra o Presidente da República com base no depoimento do doleiro Lúcio Funaro e a perícia da gravação do diálogo de 40 minutos entre Joesley Batista e Michel Temer.
A Polícia Federal, espera Janot, deve concluir a perícia da gravação nos próximos dias. Para os que investigam o processo, o caso Michel Temer é um dos mais bem documentados, registrando crimes políticos.
A rigor, pelo que se conhece dos fatos acumulados ao longo do tempo, não se percebe a possibilidade de Temer sobreviver à crise da qual ele é mesmo o personagem mais importante. Não só pela amizade e intimidade que mantinha com Joesley Batista, mas também por sua vinculação com Rocha Loures, o fugitivo da noite e da mala de 500 mil reais.
QUAL O DESTINO? – Por que motivo os donos da JBS iriam doar R$ 500 mil a um suplente de deputado federal? Sobretudo um ex-assessor do Palácio do Planalto. O destino do suborno não poderia terminar com Loures, filmado em desabalada carreira de um táxi para outro pelas câmeras da Polícia Federal.
Examinando-se, assim, o quadro real do sinuoso e sombrio processo de corrupção, constata-se – que coincidência – não se ouviu nem a mínima palavra do presidente Michel Temer sobre a corrupção. As declarações que ele e seus personagens mais próximos têm acentuado, ao contrário, direcionam-se mais contra a Operação LavaJato do que contra os ladrões que vinham assaltando a Petrobrás, o BNDES e o país, de forma avassaladora e sem limite.
Limite? O limite que agora a população brasileira deseja conhecer encontra-se voltado para o fim do atual governo. Enredou-se a si próprio numa teia de corrupção e falsificações. Tentou iludir a Nação e o povo. Não conseguiu.
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