Foto: Divulgação
Ex-presidente Lula
No primeiro pedido de condenação – com pena de prisão – do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a força-tarefa da Operação Lava
Jato, em Curitiba, afirmou que o governo petista trocou a busca de
apoio político por “alinhamento ideológico” pela compra de “apoio
parlamentar de outros políticos e partidos” para permanecer no poder. A
Procuradoria da República pediu em alegações finais no processo do
triplex do Guarujá (SP), nesta sexta-feira, 2, a condenação de Lula, por
crimes de lavagem de dinheiro e corrupção, no esquema de cartel e
propinas descoberto na Petrobrás. “Em vez de buscar apoio político por
intermédio do alinhamento ideológico, Lula comandou a formação de um
esquema criminoso de desvio de recursos públicos destinados a comprar
apoio parlamentar de outros políticos e partidos, enriquecer
ilicitamente os envolvidos e financiar caras campanhas eleitorais do
Partido dos Trabalhadores em prol de uma permanência no poder assentada
em recursos públicos desviados”, afirma o Ministério Público Federal. O
documento foi entregue ao juiz federal Sérgio Moro, dos processos da
Lava Jato em primeira instância, em Curitiba. Será o primeiro processo
criminal contra Lula a ser julgado na 13ª Vara Federal, na capital
paranaense – origem do escândalo Petrobrás, que derrubou a ex-presidente
Dilma Rousseff, de forma indireta, e colocou o ex-presidente no banco
dos réus. Nas alegações finais do processo, a força-tarefa afirma ainda
que Lula subverteu a prática de distribuição de cargos no governo entre
partidos da base por alinhamento político. “A motivação da distribuição
de altos cargos na Administração Pública Federal excedeu a simples
disposição de cargos estratégicos a agremiações políticas alinhadas ao
plano de governo. Ela passou a visar à geração e à arrecadação de
propina em contratos públicos.” Em três anos de Lava Jato, a
força-tarefa mapeou pelo menos R$ 40 bilhões de desvios, dos quais R$
6,2 bilhões para pagamentos de propinas para agentes públicos e seus
padrinhos políticos, em especial do PT, PMDB e PP – que comandavam as
três diretorias estratégicas da estatal, Serviços, Internacional e
Abastecimento, respectivamente.POLÍTICA LIVRE
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