MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Grupo do PT agrediu Miriam Leitão para escapar a si próprio


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A ABI se omitiu sobre o caso de Miriam Leitão
Pedro do Coutto
A agressão cometida por um grupo de filiados do PT à jornalista Miriam Leitão, num voo de Brasília para o Rio, não só foi uma manifestação brutal à liberdade, como também psicologicamente representou uma tentativa vã de escapar a si próprio, uma vez que a corrupção disparou nos governos Lula e Dilma Rousseff, desembocando no governo Michel Temer. O PT deveria, isto sim, manifestar-se contra aqueles que mancharam a carta de princípios do próprio partido, que de sua mensagem original de reformista, transformou-se em conservador. E mais do que isso: patrocinou por ação e omissão a onda de assaltos ao patrimônio público. A Petrobrás é o exemplo mais emblemático.
A jornalista Miriam Leitão narrou o episódio em sua coluna de O Globo de terça-feira e nesta quarta-feira o jornal em que trabalha publicou destacada reportagem sobre o assunto. No que foi acompanhado pela Folha de São Paulo e pelo O Estado de São Paulo. No Estado de São Paulo a matéria é assinada por Elisa Clavery.
SILÊNCIO DA ABI – Estranho e sobretudo revoltante foi o silêncio da ABI, destoando das posições assumidas pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, pela Associação Nacional de Editoras de Revistas e pela Associação Nacional de Jornais e pelo Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro.
O repúdio foi geral, maciço, apagando a omissão da ABI. Mas não apagou o repúdio de toda a opinião pública. A situação do voo foi tão intensa que o comandante da aeronave propôs a Miriam Leitão que trocasse de lugar para um espaço que a libertaria dos fanáticos impulsionados por uma confissão de culpa. Miriam Leitão rejeitou e preferiu enfrentar o absurdo mantendo-se onde se encontrava, rodeada por aqueles que querem impor a sua realidade, tentando desconhecer a realidade dos fatos.
FASCISMO – O episódio representa também o espírito fascista que habita grande parte das hostes petistas. Como, aliás, focalizou O Globo em editorial nesta quarta-feira. Os petistas fiéis ao programa do partido deveriam repudiar os que romperam com a dignidade pública, apropriando-se de negócios sinuosos que mancharam a sua bandeira de luta. Para o PT, o episódio do avião demonstra que o partido está perdido no espaço político. E na procura de reencontrar-se consigo mesmo, extrapola e acusa aqueles que não são responsáveis pela debacle da legenda e, na verdade, apenas relataram o que aconteceu no Brasil a partir de 2003.
Enquanto permanecer longe de seus princípios, longe da bandeira que levou à sua constituição, os petistas precisam urgentemente ingressar num processo de autocrítica. Miriam Leitão não foi responsável pelo desabamento partidário. Não foi responsável também pela passeata de 1 milhão de pessoas em São Paulo e 600 mil no Rio exigindo a saída de Dilma Rousseff.
EMBLEMA DA REFORMA – Foram as ruas brasileiras e não os jornalistas e apresentadores de televisão que explodiram o emblema da reforma que, depois das derrotas de 89, 94 e 98, foi usado para fins nada coincidentes com a motivação original de um Partido que se intitulava dos Trabalhadores.
No final das contas, o PT acabou nas mãos da Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e da JBS. A JBS permaneceu aliada a MIchel Temer até o episódio de Joesley Batista com sua gravação desmoralizante.
INTOLERÂNCIA – A atitude agressiva para com Miriam Leitão foi mais uma página também da intolerância dos que tentam fugir ao julgamento inapelável da consciência.
Miriam Leitão está bem com sua consciência de jornalista. Ela foi personagem principal de um fato que representa a preservação da liberdade de pensamento como uma das grandes colunas que sustentam a mente humana.
Os agressores do final de semana juntam-se aos eternos inconformados com uma coisa chamada liberdade.
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