O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) colocou à disposição do Supremo Tribunal Federal (STF) seus sigilos bancário e fiscal em tentativa de evitar ser alvo de operações da Polícia Federal (PF). Ele afirmou à Corte que pode entregar o passaporte e que abre mão de realizar movimentações bancárias maiores do que R$ 30 mil, comprometendo-se a avisar sobre operações acima desse valor. O peemedebista foi citado algumas vezes no inquérito que investiga o presidente Michel Temer, mas ainda não aparece como investigado.
Joesley Batista, um dos donos da JBS, afirmou em delação premiada que seu contato no governo para assuntos do interesse da empresa era Geddel. O operador Lúcio Funaro, preso na Papuda, disse em depoimento à PF que o ex-ministro fez algumas ligações para sua mulher para sondar qual era a real possibilidade de uma delação premiada.
MÍDIA SENSACIONALISTA – Na manifestação, os advogados do ex-ministro qualificam a mídia como sensacionalista por colocar o político como o “próximo alvo” dos investigadores. Eles afirmaram ter convicção de que não há motivo para medidas cautelares, como busca e apreensão, condução coercitiva ou até mesmo prisão, mas, “por excesso de zelo” colocam à disposição do Supremo o passaporte do cliente e também qualquer aparelho que seja solicitado.
No último dia 8, Geddel ficou em silêncio em depoimento à PF, no âmbito do inquérito de Temer. A defesa afirmou que ele não teve acesso aos autos e fora intimidado dois dias antes da oitiva.
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