O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
Guilherme Boulos, também integrante da Frente Povo Sem Medo, afirmou
neste domingo, 4, que “este Congresso não tem moral nem legitimidade
política para escolher o presidente”. Boulos deu a declaração no ato SP
pelas Diretas Já, organizado por produtores culturais e artistas. A
manifestação reúne milhares de manifestantes no Largo da Batata, zona
oeste da capital. Representantes de movimentos sociais que integram as
frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo focaram a “falta de legitimidade”
do Congresso, onde vários deputados e senadores são investigados por
envolvimento com o esquema de corrupção revelado pela Lava Jato, para
escolher um eventual sucessor do presidente Michel Temer. Economista,
professora da USP e integrante do movimento Queremos Prévias, Laura
Carvalho disse que o momento exige mais participação popular e não o
contrário. “A gente não quer o Michel Temer nem outro Michel Temer para
fazer isso [reformas da Previdência e trabalhista]. A gente quer
escolher. A gente quer mais participação e não menos participação”,
disse ela. Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE),
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Levante Popular da Juventude e
Círculo Palmariano, todos eles integrantes das frentes Brasil Popular e
povo Sem Medo, também usaram a palavra. Entre os participantes do
protesto havia desde pessoas sem ligação com grupos e movimentos sociais
que foram ao Largo da Batata pedir a saída de Temer e realização de
eleições diretas até militantes de partidos políticos e sindicatos com
camisetas e bandeiras. Muitos deles carregavam cartazes com outras
pautas como a suspensão das reformas trabalhista e da Previdência,
desmilitarização da Polícia Militar, legalização das drogas e ainda com
frases contra o racismo, machismo e homofobia. O ato teve início às 11h
com o show do cantor Chico César, e vai até às 18h. Ao longo da tarde,
além de blocos como o Acadêmicos do Baixo Augusta, a manifestação prevê
apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Pitty e Péricles, entre
outros artistas.
Estadão Conteúdo / POLÍTICA LIVRE
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