MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Andrea Neves está em presídio em que suposto cartel dos Perrella atuou


Apesar de processos, empresa continua em atuação e fornece alimentação para 36 presídios mineiros; servidoras mantinham esquema em troca de ingressos e brindes do Cruzeiro

BAHIA.BA
Foto: Carlos Alberto/Secom MG
Foto: Carlos Alberto/Secom MG

A irmã do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), Andrea Neves, está presa desde o dia 18 de maio no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, na zona leste de Belo Horizonte, unidade onde, segundo o Ministério Público de Minas Gerais, um cartel liderado pelo irmão de Zezé Perrella (PMDB-MG), Alvimar de Oliveira Costa, fraudava licitações da alimentação dos presos.
O esquema consistia em licitação irregular, corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e fraude processual. Alvimar responde a uma ação civil pública por improbidade administrativa. Outras 17 pessoas também estão envolvidas na suposta fraude.
A investigação aponta que a Stillus Alimentação Ltda, de propriedade de Alvimar, e outras cinco empresas do setor combinaram preços para dividir entre si 32 licitações no valor de R$ 81 milhões, entre janeiro de 2009 e agosto de 2011. O irmão de Zezé venceu concorrências que somavam R$ 32,4 milhões.
Jogos do Cruzeiro – A manutenção do esquema dependia da colaboração de duas servidoras estaduais que fiscalizavam as licitações e os contratos. Para não formalizar irregularidades no serviço, como entrega de refeições em menor quantidade ou de pior qualidade, elas ganhavam como vantagens ingressos para jogos e brindes do Cruzeiro, time que Perrella já presidiu.
A Stillus continua em atuação e fornece alimentação para 36 presídios mineiros. Neste ano, o governo de Minas empenhou pagamentos de R$ 27,1 milhões para a empresa. O Ministério Público pediu a suspensão das atividades dos denunciados, mas a Justiça não acatou. Uma liminar bloqueou bens dos acusados no valor do prejuízo estimado (R$ 81 milhões).
Em conversa interceptada pela Polícia Federal entre Aécio e Zezé, o tucano menciona Alvimar e suas “quentinhas”. A ligação aconteceu após a divulgação da lista de políticos mencionados na delação da Odebrecht.

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