Por Redação BNews
A Operação Panatenaico, desencadeada na manhã desta terça-feira (23)
pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal, enviou à PGR
(Procuradoria Geral da República), um relatório que enumera indícios de
que o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) também é suspeito de
recebimento de vantagens indevidas da construtora Andrade Gutierrez
durante a construção do estádio Mané Garrincha, em Brasília. No ano
passado, Rosso foi o presidente da Comissão Especial de Impeachment
instaurada pela Câmara dos Deputados contra a presidente Dilma Rousseff,
que concluiu pelo afastamento da petista.
Os indícios não foram divulgados porque o relatório é sigiloso e Rosso
tem direito, por ser deputado, a foro privilegiado no STF (Supremo
Tribunal Federal). A reportagem apurou que as principais suspeitas
surgiram em depoimentos prestados por executivos da empreiteira Andrade
Gutierrez, responsável pela construção do estádio, que fizeram acordos
de delação premiada homologados pelo STF.
Entre 2010 e 2011, após a prisão do então governador do DF José Roberto
Arruda (ex-DEM) na Operação Caixa de Pandora, Rosso tomou posse como
governador do DF, eleito por votação indireta na Câmara Distrital do DF,
o equivalente às Assembleias Legislativas nos Estados. Parte da obra do
estádio foi tocada nessa fase de seu governo.
OUTRO LADO
Procurado, Rosso não atendeu às chamadas para seu telefone celular. A
PGR não havia informado se encontrou indícios suficientes para a
abertura de procedimento a fim de investigar o parlamentar. À TV Globo,
Rosso diz não ter conhecimento das suspeitas e sugeriu que tenha
ocorrido algum erro. "Não tenho nenhuma informação sobre isso. Muito
pelo contrário. Minha vida pública é muito correta e sempre muito
diligente em relação à legislação e à conduta ética. Deve ser algum
equívoco."
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