No ranking dos beneficiários, PT e PMDB lideram a lista, seguidos pelo PSDB. A empresa é a maior concorrente da Odebrecht no propinoduto
BAHIA.BA
A empresa JBS, dos irmãos Joesley e
Wesley Batista, afirmou ter entregue R$ 1,4 bilhão em propinas nos 42
anexos de seu acordo de delação premiada. Os valores nominais de 214
pagamentos constam dos depoimentos e planilhas apresentados pelos
delatores e envolvem nada menos que 28 partidos.
A principal concorrente da empresa, em valores de propina, é a
Odebrecht, cuja delação listou R$ 1,68 bilhão em repasses para 26
partidos. Porém, os repasses envolvendo a JBS podem ser subir se forem
consideradas todas as doações eleitorais legais. O total relatado no
anexos é mais que o triplo do que Joesley Batista havia admitido ter
pago como propina – R$ 400 milhões – e mais do dobro do que afirmara
Ricardo Saud, ex-diretor de relações institucionais da empresa: R$ 600
milhões.Na preferência dos repasses, a JBS privilegiou mais o governo que a Odebrecht. Segundo os delatores, o grupo direcionou R$ 616 milhões a integrantes do PT (43,5% do total) e R$ 453 milhões a peemedebistas. Já a Odebrecht havia reservado 25,4% de seus repasses para os petistas e 14,7% ao PMDB.
Em ambas delações, o PSDB – até 2016 na oposição – aparece em terceiro lugar como beneficiário de propinas. Do dinheiro da JBS, os tucanos ficaram com R$ 90 milhões (6,3% ), um pouco menos do que receberam da Odebrecht (8,9% do total).
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