Por Redação BNews | Fotos: Reprodução
Neste domingo (14), Emmanuel Macron assumiu como presidente da França.
Aos 39 anos, o político pretende liderar esforços para reformar a
economia francesa e consolidar a força da União Europeia. Conforme a
Agência Estado, no início de uma cerimônia no Palácio do Eliseu, Macron
caminhou em um tapete vermelho na direção de François Hollande, o
presidente que deixa o cargo. Hollande, que ficou no poder entre 2012 e
2017, foi mentor de Macron quando este foi ministro da Economia
(2014-2016). A dupla seguiu para dentro para uma reunião, onde
discutiram as questões mais sensíveis do posto.
Após 45 minutos, Macron acompanhou Hollande até um carro que o
esperava, que retirou o agora ex-presidente do palácio. Macron então
prosseguiu para a cerimônia do outro lado do palácio, onde os resultados
da eleição da semana passada foram lidos e ele se tornou oficialmente
presidente.
"O mundo e a Europa precisam hoje da França mais do que nunca", afirmou
Macron em seu discurso logo após a posse. "Eles precisam de uma França
forte e com certeza de seu destino", argumentou.
A cerimônia consolida a ascensão de Macron, que conseguiu um resultado
notável em sua missão de realinhar a ordem política da França.
Trabalhando como um banqueiro de investimentos há apenas cinco anos, ele
chegou ao poder alijando os principais partidos políticos do país, que
há décadas abrigavam os líderes da França. Macron decidiu formar seu
próprio partido, o En Marche (Em Marcha), 13 meses atrás. Agora o
partido apresenta centenas de candidatos para a próxima eleição
legislativas de junho, metade dos quais caras novas na políticas. Há uma
semana, Macron ganhou com folga a eleição presidencial contra Marine Le
Pen, nacionalista de extrema-direita que ameaçava tirar a França da UE e
fechar suas fronteiras. O candidato se apresentou como um forte
defensor do bloco e um centrista amigo dos negócios, com a intenção de
defender a fortemente regulada economia francesa.
Ainda conforme a Agência Estado, a primeira decisão de Macron é voltada
para fortalecer a relação com a Alemanha, principal aliado de Paris. O
novo presidente deve voar a Berlim nesta segunda-feira para se reunir com
a chanceler da Alemanha, Angela Merkel. Sob um forte esquema de
segurança, após ataques terroristas nos últimos anos, o carro de Macron
deixou seu apartamento na manhã de hoje e seguiu pelas margens do rio
Sena até o palácio. Macron recebe também hoje os códigos nucleares
franceses e será informado sobre as medidas de contraterrorismo em vigor
no país.
A França permanece em estado de emergência, decretado pouco após
ataques terroristas em novembro de 2015. O estado de emergência permite
que as forças de segurança monitorem pessoas consideradas uma ameaça à
segurança e possam decretar prisão domiciliar deles, além de realizar
buscas sem autorização judicial e tomar outras medidas proibidas pelas
Constituição francesa sob circunstâncias normais.
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