Por Redação Bocão News
O ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo
Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quinta-feira (18) a abertura de
um inquérito para investigar o presidente Michel Temer, após as delações
dos donos da JBS. O pedido de investigação foi feito pela
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Com a decisão de Fachin, Temer passa formalmente à condição de investigado na Operação Lava Jato.
Veja o que pode acontecer após a abertura de inquérito, no passo a passo feito pelo portal G1
• Temer é investigado em um inquérito. Nesta fase, são colhidos depoimentos e provas pela Procuradoria Geral da República
• Se as investigações coletarem elementos suficientes de provas, Temer pode ser alvo de uma denúncia
• A
denúncia é encaminhada pela Procuradoria ao Supremo, mas, como se trata
do presidente, a abertura de processo precisa ser autorizada pela Câmara
dos Deputados
• Na Câmara, a continuidade da ação precisa ser aprovada por dois terços dos deputados (ou seja, 342 dos 513)
• Se aprovada, o presidente pode ser julgado pelo Supremo. Se não, o procedimento é encerrado
• O STF
decide, então, se aceita ou não a denúncia. Se sim, começa a fase de
processo penal e Temer é afastado do cargo por 180 dias. Nessa fase, são
ouvidas testemunhas, apresentadas provas e também ouvido o depoimento
do agora réu
• Se não houver julgamento em 180 dias, cessa o afastamento provisório do presidente
• Se ao fim
desse processo for confirmada a culpa, Temer é afastado
definitivamente, perde seus direitos políticos e pode até ser preso, se a
pena pelo crime for a de prisão. Segundo a Constituição, assume
interinamente o presidente da Câmara, que deve convocar eleições
indiretas, a serem feitas pelo Congresso, em 30 dias
• Se não
for confirmada a culpa, o processo é encerrado e Temer continua como
presidente. Durante a investigação e eventual denúncia, a Procuradoria
também pode entender que não houve crime e arquivar o caso
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