MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 21 de maio de 2017

Empresa de submarinos é investigada na França por corrupção no Brasil



Por Folhapress | Fotos: Reprodução
Promotores abriram uma investigação na França sobre um contrato de 6,7 bilhões de euros (cerca de R$ 22,9 bi) entre a fabricante naval francesa DCNS e o Brasil, que incluía a venda de cinco submarinos, de acordo com a agência Reuters.
A investigação, iniciada em outubro de 2016, trata de "corrupção de funcionários estrangeiros", disse uma pessoa próxima às investigações.
Esse trabalho tem ligação com a Operação Lava Jato, que desde 2014 investiga a corrupção envolvendo políticos e empresas no Brasil.
Desde 2015, a Polícia Federal brasileira investiga potenciais irregularidades no projeto militar de construção de um submarino nuclear, feito em parceria com a França.
Delatores da Odebrecht apontaram que uma parte do dinheiro investido no projeto do submarino foi desviada para caixa dois de campanhas eleitorais. Também houve propina para um lobista e para um oficial graduado da Marinha, segundo eles.
PARCERIA
Em 2008, os presidentes Lula e Nicolas Sarkozy assinaram um acordo entre Brasil e França para a troca de conhecimentos sobre submarinos nucleares.
No ano seguinte, foram assinados os contratos para a construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear.
O preço de partida foi de 6,7 bilhões de euros (R$ 22,9 bilhões atualmente), para que o Brasil fosse um dos seis países no mundo a contar com um equipamento desses.
A DCNS condicionou sua entrada no negócio à contratação da Odebrecht como parceira. Caberia à empreiteira a construção da base naval de Itaguaí (RJ) por 1,7 bilhão de euros (R$ 6,2 bilhões).
Não houve licitação, o que provocou críticas à época. Até então, o Brasil vinha desenvolvendo submarinos com tecnologia alemã, vista por especialistas superior à dos franceses.
A DCNS ainda é acusada de propina em negócios envolvendo os mesmos submarinos para Índia e Malásia.
A empresa tem 62% de suas ações controladas pelo governo francês e 35% pelo grupo francês Thales SA, que atua na área de defesa.
"Não temos nada com relação à Lava Jato. A DCNS escrupulosamente respeita as regras da lei ao redor do mundo", disse um porta-voz da empresa.

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