Por Redação BNews | Fotos: Reprodução
A
ex-presidente Dilma Rousseff assistiu aos vídeos dos depoimentos de
Mônica Moura e, por diversos momentos, ficou enfurecida com a narrativa
da mulher de João Santana, de acordo com a coluna Painel, do jornal
Folha. A aliados, xingou a delatora.
Segundo a publicação, a pessoas próximas,
a petista se disse indignada com o que chamou de “cinismo” de Mônica.
Dilma sustentou que nunca teve intimidade com ela, e que sua relação de
confiança sempre foi com João Santana.
Em depoimento à Lava Jato, Mônica disse
que o marido dela, o publicitário João Santana, exigiu em contrato na
eleição de 2010 autonomia para tomar as decisões da primeira campanha
presidencial de Dilma. Mônica afirmou aos procuradores da República que,
à época, a avaliação era de que a petista ia perder. "Era impossível,
era um poste para eleger", avaliou a marqueteira.
Ao Ministério Público Federal, Mônica
entregou a reprodução de uma mensagem trocada no e-mail que ela disse
ter usado para se comunicar com a ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo
ela, a conta de e-mail foi criada para que a ex-presidente pudesse
avisar com antecedência sobre avanços da Operação Lava Jato. Mônica
afirma que tanto ela quanto Dilma tinham acesso à conta.
A mensagem, que foi registrada em
cartório pela empresária, diz o seguinte: "Vamos visitar nosso amigo
querido amanhã. Espero não ter nenhum espetáculo nos esperando. Acho que
pode nos ajudar nisso, né?".
Mônica explicou no depoimento que enviou
essa mensagem a Dilma para avisar que a mensagem foi escrita por ela
quando deixou a República Dominicana para se entregar à Polícia Federal
no Brasil. Em nota, Dilma Rousseff afirmou que afirmações delação é
mentirosa.
O casal João Santana foi o responsável
pelas duas campanhas eleitorais de Dilma, em 2010 e 2014. Afilhada
política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a petista venceu,
em 2010, o tucano José Serra (SP) no segundo turno com a assessoria de
comunicação de João Santana.
O marqueteiro e a mulher dele foram
presos em 23 de fevereiro do ano passado, na 23ª fase da Lava Jato –
batizada de Acarajé. Eles foram soltos seis meses depois por ordem do
juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira
instância.
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