Pelo título, até parece a Operação Carne Fraca. Porém, não. É a Citrus,
de Ilhéus, deflagrada em março deste ano e responsável por desmantelar
esquema que movimentou, ilegalmente, mais de R$ 25 milhões no município
sul-baiano, de 2009 a 2016, segundo o Ministério Público Estadual da
Bahia (MP-BA). As investigações da promotoria ilheense e da Polícia
Civil detectaram que empresas forneciam carne vencida há mais de dois
anos para a merenda escolar na rede municipal de Ilhéus. Quem fez a
revelação foi o promotor público Frank Ferrari em entrevista que vai ao
ar no próximo domingo (14), Dia das Mães, no Fantástico, da Rede Globo.
É o quadro Cadê o dinheiro que tava aqui?. No último dia 13 de abril, o
site Pimenta antecipou que Eduardo Faustini, o “repórter
secreto”, preparava reportagem especial sobre o esquema de corrupção que
levou para trás das grades o vereador Jamil Ocké, ex-secretário de
Desenvolvimento Social de Ilhéus, além do empresário Enoch Andrade e o
também ex-secretário Kácio Brandão, que comandou a secretaria quando
Jamil retornou à Câmara. Outras três pessoas presas já estão livres.
Kácio, Jamil e Enoch continuam no Presídio Ariston Cardoso, em Ilhéus. O
trio foi preso na Operação Citrus no dia 21 de março. Segundo o MP, o
esquema movimentou o dinheiro com licitações fraudulentas, compras
superfaturadas e, sabe-se agora, entregando mercadorias vencidas há dois
anos. A matéria do Fantástico, além de mostrar todo o esquema de
corrupção, também revela as condições de escolas municipais de Ilhéus.
Estruturas de madeira e em ruína e móveis velhos, com a rede oferecendo
péssimas condições de aprendizagem para os alunos.
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