domingo, 30 de abril de 2017
Brani, secretário de luxo de Palocci, agora se tornou a peça-chave na Lava-Jato
O sociólogo Branislav Kontic passa seus dias em casa, na zona oeste da capital paulista, com uma tornozeleira eletrônica presa à perna, relendo pensadores clássicos como Max Weber. Assessor do ex-ministro Palocci, Brani, como o filho de iugoslavos é conhecido, tem se tornado uma figura chave para a Operação Lava-Jato. Ele passou a figurar com cada vez mais frequência e importância nas delações de executivos da Odebrecht. Em seu depoimento, Marcelo Odebrecht o apontou como o responsável por operar a conta “Amigo”, que abasteceria o ex-presidente Lula. Brani teria inclusive, no relato do empreiteiro, levado R$ 13 milhões em espécie ao petista, acusação que Lula reputa de “surreal”.
Com pouca atuação dentro do partido e abatido por uma depressão que o levou a uma tentativa de suicídio, por ingestão excessiva de remédios, no fim do ano passado, quando ainda estava preso, Brani se tornou foco de pressões. Em audiências judiciais, mantém os ombros encurvados, a cabeça baixa.
VULNERABILIDADE -“Os investigadores perceberam a vulnerabilidade e têm jogado pesado para que ele fale” — afirmou um dirigente petista que o conhece desde que militava na organização trotskista Liberdade e Luta (Libelu) e era estudante de filosofia da USP. Foi naquele momento, no fim dos anos 1970, que ele e Palocci, também integrante da Libelu, se conheceram.
Ao fim da faculdade, Brani passou a trabalhar com o pai — com quem costumava falar em sérvio — em uma malharia da família na região do Brás, centro de São Paulo. O negócio cresceu nos anos 1980. Ele assumiu a direção da malharia, incorporou a ela uma tinturaria, viajava para a Europa a cada estação para copiar das vitrines de lá o que seria tendência aqui. No começo dos anos 1990, seu plano empresarial foi traído pela conjuntura econômica: os produtos têxteis chineses inundaram o mercado brasileiro e o Plano Real equiparou o real ao dólar. Brani faliu.
TESE DE DOUTORADO – A falência marca o retorno dele à vida acadêmica e à atividade política. Da experiência empresarial, produziu sua tese de doutorado, “Inovação e redes sociais: a indústria da moda em São Paulo”, sob a orientação do ex-presidente do IPEA Glauco Arbix, outro ex-colega da Libelu e amigo de Palocci.
Em 2000, quando Marta Suplicy ganhou a prefeitura de São Paulo, ele foi alocado no gabinete dela e produziu um projeto urbanístico para a zona leste, que ainda hoje rende votos a Marta. Em 2007, foi trabalhar para Palocci, eleito deputado federal. Em 2006, o até então todo poderoso ministro de Lula tinha sido abatido pelo escândalo da Casa do Lobby.
Brani continuava ao lado de Palocci quando ele retomou a posição de poder, como ministro-chefe da Casa Civil de Dilma, e não o deixou na nova queda do petista, quando se converteu em seu “secretário de luxo”, como definem amigos, na consultoria empresarial. A lealdade do assessor aprofundou a relação de confiança entre ambos.
ERA O MAIS “POBRE” – Ao juiz Sergio Moro, Brani afirmou receber entre R$ 8 mil e R$ 15 mil mensais enquanto trabalhou para Palocci. Na consultoria, dizia atuar pontualmente, em projetos de urbanismo ou em temas que lhe fossem afeitos. Mas circulava entre os donos da caneta e os donos do dinheiro e tentava influenciá-los. Buscou convencer a Odebrecht a investir em infraestrutura na Sérvia, sem sucesso. Emplacou o mesmo projeto com a Andrade Gutierrez, a mando de quem teria feito duas viagens ao leste europeu.
Entre seus amigos, no entanto, há a convicção de que a atividade não o levou à riqueza. Quando as contas dele, de Palocci e dos demais acusados na ação penal foram congeladas, Brani era o mais “pobre”: tinha R$ 1,5 mil na conta corrente. Conhecidos relatam que ele vive pressionado pela preocupação com o sustento da família caso passe muito tempo preso.
SERÁ CONDENADO – Com a certeza de que será condenado, Brani afirma aos amigos que acreditava fazer parte de uma consultoria para empresários que queriam ter sucesso na relação com a máquina pública. Considerava-se um lobista, prática não regulamentada no Brasil. Nega que soubesse da obtenção de propinas em contratos públicos.
“A princípio, ele não é um sujeito que faria uma delação. Mas chegou ao limite. Numa situação dessas, qualquer pessoa pode fazer qualquer coisa” — relatou um ex-colega de trabalho.
O PT monitora o estado de espírito de Brani por meio do advogado dele e de Palocci, José Roberto Batochio. Enquanto o defensor estiver presente, o partido sabe que Brani não irá delatar. Na semana passada, no entanto, Palocci incluiu na defesa o escritório de Adriano Bretas, especialista em colaboração premiada. O movimento detonou uma nova leva de pressões. Procurado, ele não quis falar ao Globo.
Operadoras de telefonia transformaram os brasileiros em reféns
Aqui na Tribuna da Internet já foi denunciado pelo Dr. Jorge Béja o abuso dos telefonemas da operadora Oi para as casas dos assinantes, a pretexto de oferecer supostas vantagens. Infelizmente, não é a única irregularidade. Somos reféns das operadoras, que têm feito celebrado contratos (ou simulado contratos) apenas com menção do nome e do número de CPF, sem exigir carteira de identidade nem conferir assinatura.
Desde o início de dezembro do ano passado eu comecei a receber ligações de cobrança da operadora Claro me informando que eu estaria devendo uma conta de R$ 2.180,63 (nos valores da época) no número 62-99218-6414. Como prova de “boa vontade”, até aceitavam que parcelasse o passivo em mais de duas vezes. E todo o santo dia eu tinha que repetir para a atendente que nunca possuíra linha telefônica da Claro!
LIGAR PARA 1502 – Sempre que eu procurava saber mais detalhes do que se tratava, já que não uso essa operadora, as atendentes diziam não estarem a par da situação (pois não tinham acesso aos dados cadastrais) e pediam que eu ligasse para o número 1052.
Bem, quando ligava para o número 1052, a atendente desse número dava de ombros e mandava que ligasse para o 0800 7236626. Mas quando eu ligava para o 0800 7236626, me indicavam o número 106-21. Ao ligar no 106-21, diziam que o meu problema deveria ser resolvido no número 1052… E tudo se iniciava e findava em uma enorme perda de tempo e de paciência.
Tentando resolver o problema, fui a uma loja da empresa Claro e soube que o referido número fora adquirido na cidade goiana de Uruana, onde nunca estive, nem sei onde fica, cujo endereço estava no cadastro da fatura da conta.
SEM CONTRATO – O funcionário da loja, ao fazer a pesquisa “no sistema”, confirmou que, embora a conta estivesse com o meu nome e o meu CPF, realmente não havia contrato feito ou assinado, o que, segundo ele, caracterizava uma fraude. Mas não tomou providência alguma, pois não era de sua competência.
Mesmo sabendo tratar-se de uma fraude e após eu ter comparecido à loja, as ligações de cobrança continuaram a acontecer pelo menos uma vez por dia na parte da manhã, de segunda a sábado, e outras vezes pela manhã e à tarde durante os meses de janeiro e fevereiro.
Em março eles diminuíram as ligações e neste mês ainda não recebi nenhuma, provavelmente por já terem incluído o meu nome no Serasa, SPC etc…
Delação de Palocci vai começar pela corrupção na empresa Sete Brasil
IstoÉ
O ex-ministro Antonio Palocci, depois de procurar ao menos três escritórios de advocacia, Palocci acertou com uma dupla de criminalistas que se especializaram em conduzir acordos com a Justiça em troca de reduções das penas. Além do advogado Adriano Bretas, foi contratado também Tracy Reinaldet dos Santos. Após a primeira etapa de conversas com o novo time de defensores, ficou definido que Palocci vai começar a abrir sua caixa de Pandora pelo escândalo da Sete Brasil, uma empresa criada em 2010 para construir as sondas (navios de exploração de petróleo) para a Petrobras.
Além do capital da estatal, a Sete tinha dinheiro de bancos, como o BTG e de três fundos de estatais (Petros, Previ e Funcef). As seis primeiras sondas da empresa foram construídas pelo estaleiro Enseada Paraguaçu (com capital da Odebrecht, OAS e UTC). Cada sonda ao custo de US$ 800 milhões. As seis, portanto, estavam orçadas em US$ 4,8 bilhões (ou R$ 15,3 bilhões), embora a Sete Brasil estimasse um investimento de US$ 25 bilhões para construir 29 sondas até 2020.
PROPINAS AO PT – Na delação, Palocci pretende contar que o PT exigiu que a Sete Brasil e as empreiteiras do estaleiro Enseada Paraguaçu pagassem propinas de 1% do contrato de US$ 4,8 bilhões, ou seja, US$ 48 milhões (R$ 153 milhões). Desse total, dois terços, ou R$ 102 milhões, ficariam para o partido e um terço (R$ 51 milhões) para diretores da Petrobras. Sem medo de ser feliz, Palocci vai entregar que Lula exigiu metade das propinas. Não para o partido, nem para a companheirada, mas para ele, Lula.
O depoimento de Rogério Araujo, ex-executivo da Odebrecht que acabou de celebrar um acordo com a Procuradoria-Geral da República, fornece o caminho das pedras sobre a tentativa do PT de embolsar ilegalmente R$ 153 milhões desviados da Sete Brasil. Araujo disse que o PT exigiu que 1% do contrato das sondas da Sete Brasil, assinado em 2012, fosse fixado como propina. O valor havia sido pedido pelo “sapo barbudo”, numa referência a Lula.
SAPO BARBUDO – “O Pedro Barusco (ex-gerente da Petrobras e dirigente da Sete Brasil), voltou para mim e falou: ‘Olha, esse 1%… vocês vão ser procurados por um interlocutor do PT, o sapo barbudo deu instrução. Ele me disse que 1% vai ser todo pago para o PT, porque não querem empresas estrangeiras pagando esses dois terços para o PT. Eles têm confiança na Odebrecht”, relatou Araújo na sua delação.
A conversa de Araújo com Barusco aconteceu em 2012, depois da assinatura do contrato com o consórcio formado pela Odebrecht, OAS e UTC, além da japonesa Kawasaki. “A conversa foi no Rio. Normalmente eu almoçava com o Pedro Barusco. Só eu e ele”, asseverou Araújo, explicando que as seis sondas da Sete Brasil para a Petrobras custariam US$ 4,8 bilhões.
Barusco disse, então, a Araújo que estava acertado que 1% das seis sondas era na proporção de um terço para a “casa” (dirigentes da Petrobras) e dois terços para o PT (R$ 102 milhões). Quem receberia essa propina seria o então tesoureiro João Vaccari, preso em Curitiba. É aí que Palocci entra em cena. O superior de Rogério Araújo, o executivo Marcio Farias disse que o ex-ministro Palocci havia lhe pedido uma reconsideração na propina da Sete Brasil. Ou seja, que os 100% de 1% fossem destinados para o PT, pois Lula entrou no negócio e estava pleiteando a metade do valor.
Cláudio Lopes, ex-procurador do Rio, é investigado por vazar informações
O Globo
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) abriu um processo para investigar a conduta do ex-procurador-geral do Rio Cláudio Lopes, como responsável por ter vazado em 2010 uma operação de busca e apreensão na casa do advogado Cesar Romero, que na época era subsecretário-executivo da Saúde. Romero fez delação premiada e em seu depoimento disse ter sido foi avisado da operação pelo seu chefe, o então secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, que fora informado pelo então procurador-geral.
O procedimento de número 1.00314/2017-30 é mantido em sigilo no CNMP, o mais importante órgão disciplinar da categoria. Na última quarta-feira, o Conselho Superior do Ministério Público do Rio já havia aberto um inquérito para apurar a acusação contra o ex-procurador.
PUNIÇÕES – Se for instaurado um processo administrativo disciplinar, a punição pode variar desde uma advertência até a demissão e cassação de aposentadoria, como está previsto na Lei Orgânica do Estado do Rio de Janeiro. Se a punição for perda do cargo, é o Procurador-Geral de Justiça do Estado que fica responsável pelo ajuizamento de ação civil para decretação de perda da função.
Embora as investigações apontassem que Cláudio Lopes tenha em três ocasiões avocado o processo para si, ou seja, colocado sob sua jurisdição, ele sempre negou isso. E afirmou desconhecer os fatos porque estava afastado do cargo de procurador-geral desde o início de outubro até meados de dezembro de 2010, por exigência legal, uma vez que disputaria a reeleição.
Porém, o GLOBO teve acesso a uma cópia de um pedido da defesa de Romero analisado e assinado por Lopes no dia 4 de outubro de 2010, no qual pede que o procurador-geral examine o pedido da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf) sobre irregularidades no contrato de licitação de R$ 5 milhões com a empresa Toesa Service para a manutenção de 111 ambulâncias da rede estadual.
NÃO LEMBRA MAIS – Novamente questionado, Cláudio Lopes mudou sua versão e disse não se lembrar se assinou o documento.
“Eu não me lembro direito. Eu tinha muitas coisas no meu gabinete. Passavam 500 processos pela minha mão todos os dias, era processo pra lá, processo pra cá, isso é a coisa mais corriqueira de acontecer na procuradoria-geral. E, além do mais, eu não lembro se saí no início ou lá pelo dia 8 ou 10 de outubro” — afirmou.
Segundo ele, não tinha como saber se haveria diligência, uma vez que isso só aconteceu um mês depois. Ao responder se sabia do processo, Cláudio Lopes se irritou. “O Brasil inteiro sabia desse caso. A torcida do Flamengo toda sabia. O que está acontecendo é que há um monte de promotores vagabundos que estão vazando documentos com o intuito de prejudicar a imagem da instituição”.
A revelação sobre o vazamento da operação é contada à força-tarefa do Ministério Público Federal e da PF no minuto 33 da delação premiada de Romero. No dia 10 de novembro de 2010, agentes da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal (Coesf) cumpriram mandados de busca e apreensão nas empresas Toesa, Multi Service e Scar Rio, e também nas casas de Romero e de outros dois servidores públicos, Ricardo Wilson Pereira Domingues e Michelle Costa Fonseca.
PROVAS DESTRUÍDAS – A investigação começou a partir de uma reportagem do RJTV. Quando os agentes chegaram à casa de Romero, que já havia sido exonerado seis meses antes da operação por suspeita de superfaturamento, os documentos já estavam todos triturados.
Reportagem do RJTV mostrou ontem que a delação de Romero cita a chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Jorge Picciani (PMDB). Fabiani Gil teria recebido mesada de R$ 5 mil no esquema de corrupção na Secretaria de Saúde. À época, ela trabalhava na equipe de Côrtes. Hoje diretora de RH da Alerj, Ana Paula Liberal também é citada por receber mesada do mesmo valor. Ambas negam as irregularidades e dizem que Romero mentiu por vingança. Picciani afirmou ao RJTV que as duas têm conduta correta.
Não tentem subestimar a opinião pública, manipulando as informações
Está acontecendo um fenômeno no mínimo intrigante no que diz respeito ao contexto político do país. Tentam confundir a opinião pública, associando determinadas situações específicas como se correspondessem a uma posição maniqueísta, como se no país houvesse apenas dois grupos que se opõem: os governistas e os antigovernistas; os petistas e os temeristas. Estão subestimando a inteligência e a heterogeneidade do povo, de maneira oportunista.
Colocam no mesmo barco os petistas, todos os sindicalistas e contrários às reformas governamentais, e isso tem apenas um objetivo: tumultuar, confundir e lucrar de algum modo.
SEPARAR AS COISAS – É preciso deixar claro, mesmo que seja repetitivo, que quem é contra as reformas não necessariamente defende a pseudo esquerda brasileira. Vamos separar as coisas. Há cidadãos independentes neste país! Pessoas que pensam por conta própria, e a imprensa elitista não vai nos convencer do contrário!
Muitos foram para as ruas contra o governo Temer, mas sem com isso deixar de criticar grupos políticos partidários de oposição.
Não somos “obrigados” a tomar posição sobre Lula ou Temer! Muitos são contra as reformas desumanas, abusivas, mas sabem que o governo do PT vinha caminhando para implementar essas mesmas reformas (existem dados sobre isso).
MILITANTISMO – Não se pode ignorar a história em nome de um militantismo irrefletido. Temer, PMDB e Cia. eram o braço direito do governo anterior; para bem ou para mal é preciso assumir isso.
Não estamos em uma guerra santa entre o bem e o mal. Estamos em uma séria disputa entre poderosos grupos políticos que tentam manipular e modelar mentes em seu favor.
Não conseguirão! Não subestimem a opinião pública nem a população, embora a grande maioria ainda não se interesse por política.
Pousio apresenta dois brancos
Herdade do Monte da Ribeira sugere Colheita e Escolha
Depois da chegada ao mercado do Pousio
Colheita rosé 2016, a Herdade do Monte da Ribeira anuncia mais um
lançamento e apresenta uma sugestão para os dias quentes: Pousio
Colheita branco 2016 e Pousio Escolha branco 2014, respetivamente.
Produzido a partir das castas Antão Vaz,
Roupeiro e Verdelho, Pousio Colheita branco 2016 é fresco e leve, com
aromas a frutos tropicais. Tem o PVP de 4,25€. Pousio Escolha branco
2014 foi elaborado a partir de Antão Vaz, Arinto e Alvarinho. Com notas
de frutos citrinos e tropicais, apresenta-se como um vinho complexo e
requintado e tem o PVP de 8,95€.
As propostas da Herdade do Monte da
Ribeira, localizada na Vidigueira, harmonizam com os pratos leves
próprios dos dias de veraneio que se avizinham.
Redação | Revista de Vinhos – A Essência do Vinho
Verdelho e 2 Castas com novas colheitas
Vinhos brancos do Esporão
Chegam ao mercado as colheitas de 2016
dos vinhos brancos Verdelho e 2 Castas. Os enólogos David Baverstock e
Sandra Alves assinam as novas referências do Esporão.
O vinho 2 Castas é elaborado,
anualmente, a partir do melhor lote de duas variedades brancas. Roupeiro
e Viosinho foram as escolhidas para o Esporão 2 Castas branco 2016, um
vinho com notas cítricas e ligeiras nuances florais. Tem o PVP
recomendado de 8€.
Já Esporão Verdelho branco 2016 revela
notas frutadas de maracujá, tangerina e lima, e está à venda com o PVP
recomendado de 10€.
Redação | Revista de Vinhos – A Essência do Vinho
Barca Velha 2008 com nota máxima
Norte-americana “Wine Enthusiast” atribui 100 pontos
O mais recente Barca Velha, da vindima
2008, recebeu classificação máxima da revista norte-americana “Wine
Enthusiast”. A publicação atribuiu 100 pontos, fazendo do Barca Velha o
primeiro vinho português não fortificado a alcançar pontuação máxima
numa revista especializada norte-americana de referência.
“Esta distinção nunca antes alcançada
represente, acima de tudo, o reconhecimento do esforço constante que a
Casa Ferreirinha tem feito desde 1952 para assegurar a sustentada
melhoria dos vinhos DOC do Douro, cortando-se hoje como a marca de
referência da região junto da mais exigente crítica internacional e de
um crescente número de consumidores”, comenta o enólogo Luis Sottomayor.
“Estamos perante um Barca Velha de
grande gabarito, um vinho para conhecedores porque demora a mostrar-se. É
preciso tempo e paciência para revelar tudo o que vale. E é muito!”,
acrescenta.
Redação | Revista de Vinhos – A Essência do Vinho
“Vinho na Vila” estreia no Rio de Janeiro
De 19 a 21 de maio, na Praça Mauá
De 19 a 21 de maio, o Rio de Janeiro recebe, pela primeira vez,
“Vinho na Vila”. Durante três dias, cerca de 200 rótulos brasileiros
estarão em destaque na Praça Mauá, num evento que reúne produtores,
especialistas e público em geral. Vinícola Fin, Dal Pizzol, Casa Perini,
Rio Sil e Bueno Wines são alguns dos nomes já confirmados.
Para harmonizar, a gastronomia será também protagonista. Sud Dog (de
Roberta Sudbrack), Los Paderos, Dona Sebastiana e Devorarte marcarão
presença no evento. A programação inclui ainda palestras e animação
musical.
A entrada para “Vinho na Vila” custa a partir de R$50. De relembrar
que o evento já conheceu duas edições em São Paulo e uma em
Florianópolis, estreando-se agora no Rio de Janeiro.
Redação | Revista de Vinhos – A Essência do Vinho
Encontro com Vinhos e Encontro com Sabores em novembro
A Revista de Vinhos está a preparar a maior e melhor edição de sempre do “Encontro com Vinhos” (ECV) e “Encontro com Sabores” (ECS), com várias novidades.
A 18ª edição contará com cerca de 400 produtores, portugueses e estrangeiros, e a programação trará muitas surpresas e inovações, com um claro reforço de convidados internacionais e uma ponte mais firme entre o vinho e a gastronomia.
O ECV, o mais histórico dos eventos vínicos do país, será organizado em parceria pela Masemba e EV-Essência do Vinho e terá em prova aberta milhares de vinhos, decorrendo em paralelo um intenso programa de provas comentadas por conceituados especialistas, com vinhos raros e, em muitos casos, únicos. “A Escolha da Imprensa” avaliará e elegerá os vinhos mais entusiasmantes da iniciativa, com a particularidade de o painel de jurados ser reforçado com críticos internacionais convidados, de diferentes nacionalidades. Acentuando a vertente internacional, o ECV terá a presença de dezenas de especialistas estrangeiros (jornalistas e líderes de opinião), bem como de importadores de distintos mercados de todas as partes do mundo – Europa, África, Médio Oriente, Ásia, Oceania, América do Norte e América do Sul.
Nesta 18ª edição, o ECV vai também reforçar a ligação entre vinho e gastronomia com um ECS absolutamente diferente e inovador, que receberá o “Congresso dos Cozinheiros”, em parceria com as Edições de Gosto, o mais significativo momento anual de debate e reflexão dos profissionais da cozinha. Ainda no capítulo gastronómico, o ECS dará as boas-vindas a chefes portugueses e internacionais consagrados sem esquecer novos talentos, terá expositores de produtos alimentares e de mercearia fina e promoverá uma surpreendente iniciativa gastronómica, que oportunamente será divulgada.
“Encontro com Vinhos" e "Encontro com Sabores" 2017, no local habitual, o Centro de Congressos de Lisboa, na Junqueira, é dirigido a diferentes públicos: profissionais do vinho e da gastronomia e consumidores. A programação será detalhada brevemente.
Redação | Revista de Vinhos - A Essência do Vinho
Campanha de vacinação contra a febre aftosa começa na segunda
Expectativa é de que mais de 10 milhões de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos, sejam imunizadas em todo o estado durante o mês de maio
BAHIA.BAA primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a febre aftosa será iniciada nesta segunda-feira (1º) na Bahia.
A expectativa é de que mais de 10 milhões de cabeças de gado, entre bovinos e bubalinos, sejam imunizadas em todo o estado durante o mês de maio.
O estado, que registrou o último caso da doença em 1997, possui o oitavo maior rebanho do Brasil e é considerado “zona livre” desde 2001.
A meta, em todo o país, de acordo com o Ministério da Agricultura, é medicar 198 milhões de animais, o que representa mais de 90% do total brasileiro, estimado em 215,5 milhões.
Para tanto, a medida será realizada ainda em outros 22 estados e no Distrito Federal.
Papa pede respeito aos direitos humanos na Venezuela
Confrontos no país sulamericano resultaram em quase 30 mortes no mês; oposição ao presidente Nicolás Maduro exige realização de eleições diretas
BAHIA.BAO papa Francisco pediu, em seu pronunciamento semanal na Praça São Pedro, no Vaticano, neste domingo (30), respeito aos direitos humanos e fim da violência na Venezuela. Confrontos políticos no país sulamericano resultaram em quase 30 mortes no mês.
Na avaliação do pontífice, a nação comandada por Nicolás Maduro enfrenta uma “grave crise humanitária, social, política e econômica que está exaurindo a população”. “Faço um sincero apelo ao governo e a todos os componentes da sociedade venezuelana para evitar mais formas de violência, respeitar os direitos humanos e buscar solução negociada”, disse o líder da Igreja Católica.
A oposição ao regime exige a realização de eleições diretas, autonomia do Legislativo, onde tem maioria, um canal de ajuda humanitária do exterior para amenizar a crise econômica, além da liberdade para mais de 100 ativistas detidos pelo governo, entre eles Leopoldo Lopez, chefe do radical Partido Vontade Popular.
Em sua defesa, Maduro diz que todos os presos estão atrás das grades por crimes cometidos e alega que Lopez, de 45 anos, é o líder de um possível golpe.
CUT derruba liminar que proibia ato para comemorar Dia do Trabalho na Paulista
Por Agência Brasil
A Central Única dos Trabalhadores (CUT) conseguiu hoje (30) derrubar
parcialmente a liminar expedida ontem (29) pelo juiz Emanuel Brandão
Filho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que proibia a entidade de
promover ato em comemoração ao Dia do Trabalho, amanhã (1º), na Avenida
Paulista.
Após audiência com as partes – CUT e a prefeitura de São Paulo – o
juiz Alexandre David Malfatti decidiu que a central pode promover o ato
político na Avenida Paulista, sem a realização de shows. Segundo o
advogado da CUT, Vinicius Cascone, "a decisão teve com base a isonomia",
já que outras entidades organizaram atos políticos no local.
Ontem (29), o juiz Emanuel Brandão Filho havia expedido liminar
proibindo a CUT de promover o ato em comemoração ao Dia do Trabalho na
Avenida Paulista, e determinou multa de R$ 10 milhões caso a medida
fosse desobedecia.
Em nota, a CUT informou que o ato ocorrerá a partir das 14h na Avenida
Paulista e, na sequência, os manifestantes seguirão em caminhada até a
Praça da República, onde ocorrerão apresentações de artistas.
A Prefeitura de São Paulo manifestou, em nota, disposição em colaborar
com a central na realização de evento na Praça da República.
Datafolha: 32% acredita que corrupção foi maior na gestão de Lula
Por Redação Bocão News
A pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste domingo ( 30) revela
que o para 32% dos 2.781 ouvidos, a gestão do ex-presidente Lula
(2003-2010) foi a que mais registrou casos de corrupção. Em fevereiro de
2016, eram 20%; em dezembro de 2015, 17%; e em fevereiro de 2014, só
12%.
Em movimento inverso, a sucessora indicada por Lula, Dilma Rousseff
(PT), caiu para o segundo lugar nessa avaliação negativa. Seu governo,
eleito em 2010, reeleito em 2014 e impedido em 2016, foi o que mais teve
corrupção para 22% dos ouvidos –contra 34% em 2016, 37% em 2015 e 20%
em 2014.
Empresários em festa, trabalhadores preocupados
Gilson Jorge
A TARDEAs 100 mudanças previstas na reforma trabalhista, que agora segue para votação no Senado, foram recebidas com entusiasmo pelos empresários e executivos, que veem a chance de operar em um mercado de trabalho bem mais flexível do que o da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), criada por Getúlio Vargas em 1943. Já os sindicalistas, que veem flexibilizadas conquistas históricas dos trabalhadores, ainda vão ter que se adaptar ao fim da obrigatoriedade do imposto sindical.
O diretor de relações de trabalho da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, Homero Arandas, considera que mudança no sistema trabalhista não deve ser vista como uma agenda de crise.
“Eu mesmo adoraria trabalhar em casa e não ter que enfrentar o tráfego todos os dias”, afirma Arandas, que é executivo da Braskem em Camaçari, ao se referir à aprovação do home office e do trabalho intermitente, que permite à empresa remunerar pela produção e não pelas horas trabalhadas, desde que a remuneração não seja inferior, de acordo com o texto aprovado na Câmara.
Negociação
Ao comentar o artigo sobre as “horas in itinere”, Arandas avalia que atualmente as empresas se dispõem a oferecer serviço de transporte e, ao seu ver, são penalizadas por isso. “O transporte é melhor e mais confortável que o sistema de transporte público”, ressalta o executivo.
Sobre o ponto mais polêmico da reforma, o negociado sobre o legislado, Arandas discorda de que os sindicatos tenham perdido força para negociar com o patronato. “Eles acumularam muito dinheiro ao longo dos últimos 15 anos”, afirma, ao comentar o fim da obrigatoriedade do imposto sindical.
“Estou otimista. Quando o direito ignora a realidade, a realidade se vinga e ignora o direito” , afirma.
Vulnerabilidade
Presidente da Força Sindical na Bahia, Emerson Gomes considera que as negociações diretas com o patronato vão deixar os trabalhadores vulneráveis. “O profissional não vai contar com a assessoria jurídica que atualmente o sindicato disponibiliza”, afirma Gomes.
Para ele, uma das vantagens dos sindicatos é justamente evitar o embate direto entre patrão e empregados, a parte mais frágil na relação.
“As leis trabalhistas já vêm sendo atualizadas ao longo dos anos por diferentes governos”, afirma Gomes, que considera a reforma trabalhista péssima para quem oferece a sua mão de obra ao mercado.
O professor de direito do trabalho da Faculdade Baiana de Direito, Valton Pessoa, avalia que no geral a reforma será boa para a economia. “A CLT não reflete a realidade de hoje”, afirma o professor, que considera positivas as mudanças no que diz respeito ao negociado sobre o legislado, a flexibilização da jornada, o trabalho intermitente e o horas in itinere, que considera um custo injusto para as empresas.
“Um ponto que me preocupa é a redução do intervalo de almoço, que pode trazer consequências para a saúde do trabalhador”, afirma.
“Os empresários afirmam que o intervalo menor vai permitir a saída antecipada do trabalho, mas sabemos que isso não vai acontecer”, diz Gomes. da Força Sindical, para quem o almoço em casa ficará inviável.
A nova realidade do mercado
Negociado sobre o legislado - Com a aprovação do projeto, acordos feitos diretamente entre patrões e empregados tornam-se legais mesmo que estejam contra a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A legislação estabelece, por exemplo, uma jornada diária máxima de 8 horas. Agora, o dia de trabalho pode ter até 12 horas, desde que em um mês não se trabalhe além de 220h
Horas in itinere - Pela legislação atual, um trabalhador do Polo de Camaçari, por exemplo, que more em Salvador recebe pelo tempo em que está no ônibus da empresa. Agora, esse tempo não será remunerado
Demissão em comum acordo - Cria-se modalidade em que o empregador paga metade do aviso prévio e o demitido recebe 80% do FGTS, sem seguro-desemprego
Terceirização - Permite a contratação de terceirizados e de pessoa jurídica para atividade-fim
Doria consegue liminar contra 1º de Maio da CUT na Paulista
Decisão determina uma multa de R$ 10 milhões caso a Central Única dos Trabalhadores realize o evento no local
BAHIA.BAO prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), conseguiu na Justiça uma liminar que determina uma multa de R$ 10 milhões caso a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realize o seu ato de 1º de Maio na Avenida Paulista, de acordo com o Globo.
Ao conceder a liminar, o juiz de plantão Emanuel Brandão Filho acatou os argumentos da prefeitura de que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado como o Ministério Publico só autoriza a realização de três eventos por ano no local em feriados e finais de semana: a Parada do Orgulho LGBT, a Corrida de São Silvestre e a festa de Réveillon.
O magistrado afirmou ainda que a central tradicionalmente realiza o ato no Vale do Anhagabaú e “a partir deste ano simplesmente decidiu apoderar-se de espaço já tradicionalmente reservado ao escasso lazer do paulistano”.
A CUT informou que vai recorrer da decisão e que manterá o ato político na Paulista independentemente da posição da Justiça, já que tem convocado o evento há mais de um mês para o local.
Caso a central não consiga derrubar a liminar, somente não realizará os shows que acompanhariam os discursos políticos.
Investigar presidente não é ilegal, afirma Celso de Mello
Decano do Supremo Tribunal Federal menciona dois precedentes da própria Corte, em 1992
BAHIA.BADecano do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Celso de Mello afirmou, em entrevista ao Estadão, que uma eventual investigação do presidente Michel Temer em inquérito da Lava Jato não desrespeitaria a Constituição.
“O Supremo Tribunal Federal, em dois precedentes, entendeu que a imunidade constitucional dada ao presidente da República, protegendo-o contra a responsabilização em razão de atos estranhos ao exercício do mandato, não há de impedir a instauração de investigação criminal”, declarou Mello.
“É preciso fazê-la, porque as provas se dissipam, as testemunhas morrem e os documentos desaparecem”, acrescentou o ministro.
Os dois precedentes mencionados são de 1992 e envolvem o então presidente Fernando Collor de Mello.
“Eu fui relator de um, e o ministro Sepúlveda Pertence de outro. E o Supremo Tribunal Federal foi muito claro ao reconhecer a legitimidade da investigação policial ou da investigação criminal promovida pelo Ministério Público”, relembrou o decano.
O entendimento é contrário ao do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que não incluiu Temer na lista de possíveis investigados encaminhada à Corte em março.
Relator da operação no Supremo, o ministro Edson Fachin atendeu ao pedido de Janot, mas na última semana pediu para ouvir o procurador-geral da República, após o PSOL ingressar com um recurso para solicitar a inclusão de Temer na investigação.
Cantor e compositor Belchior morre aos 70 anos no RS
Por Redação BNews | Fotos: Reprodução
O governador do Ceará Camilo Santana decretou luto oficial de três dias no Estado e reconheceu a importância de Belchior para a música brasileira. Confira a nota na íntegra:
"Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no País, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias".
Homem é resgatado em alto mar, mas equipe do ferry é criticada por despreparo
Por Caroline Gois | Fotos: Reprodução
Uma situação inusitada e, no mínimo, desesperadora, aconteceu na noite e
sexta-feira (28), na Baía de Todos os Santos, próximo ao terminal de
Bom Despacho. Passageiros que estavam no ferry-boat Anna Nery, por volta
das 22h, registraram à reportagem do Bocão News o resgate de um homem e
os momentos que antecederam o socorro à vítima. Um dos passageiros que
preferiu não se identificar contou que "o corpo boiando estava próximo
ao ferry e ficou a maior confusão se jogava ou não a boia para saber se
estava vivo, depois de 20 minutos e muita insistência da população, a
tripulação jogou a boia e a pessoa estava viva". Ainda segundo o
passageiro, o homem não conseguiu pegar a boia e começou a se afogar.
"Um passageiro e dois tripulantes colocaram o colete e se jogaram no mar
para iniciar o resgate. Cerca de mais de 30 minutos depois do corpo ser
encontrado boiando. A tripulação informou à Capitania dos Portos que
depois de uma hora e trinta minutos não apareceu", denunciou.
Outro passageiro revelou que a embarcação estava vazia, com cerca de 18
carros e poucos pedestres. "O ferry zarpou no horário, mas o
afastamento do atracadouro foi interrompido, não sabíamos muito bem
porque, até que correu a notícia que um corpo fora avistado na água. De
fato, havia um corpo de um homem boiando poucos metros à frente da
embarcação, que se afastava de ré do atracadouro", afirmou.
De acordo com os leitores do site, "a embarcação estava completamente
desprovida de recursos: apenas algumas boias de salvamento (aquelas que
tem corda amarrada) e coletes. Em que pese toda a boa vontade da
tripulação, era notório o seu despreparo para gerenciar a crise. Não se
sabia o que fazer, como fazer, nem muito menos que a ação deveria ser
rápida. Sequer se sabia no armário onde ficam os coletes salva-vidas,
onde estavam os coletes de maior tamanho. Dois dos marinheiros se
lançaram ao mar, acompanhados de um dos passageiros que numa luta
inglória tentavam salvar o homem. Estávamos ainda muito próximos do
terminal em Bom Despacho, onde não havia um bote, lancha, barco de
salvamento, nada", criticou o leitor. "Um passageiro então sugeriu usar
um dos botes salva vidas do ferry e nada foi feito. Mais tarde, já
navegando depois de todo o ocorrido, estávamos sentados junto às caixas
onde estes equipamentos são acondicionados. Fiquei a pensar se é que
naquelas caixas há mesmo algum bote", relatou o passageiro.
Ainda segundo os passageiros, o homem foi resgatado por dois
pesacadores que estavam em uma catraia. No terminal de Bom Despacho uma
ambulância do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) atendeu a
vítima.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da Internacional
Marítima, que administra o sistema ferry-boat. Através de nota, ela
informou que "por volta das 22h da última sexta-feira (28), interrompeu a
viagem da embarcação Anna Nery para prestar socorro a um senhor que foi
identificado no mar, ainda próximo ao terminal Bom Despacho. O
náufrago, que não era passageiro deste ferry, foi resgatado pela
tripulação, recebeu os primeiros socorros e foi atendido em seguida, já
no terminal da Ilha de Itaparica, pela equipe do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU), acionado pela empresa. A administradora
esclarece que todos os procedimentos necessários ao resgate foram
realizados e que sua equipe está apta e treinada para todas as
providências necessárias, em atendimento ao que determinam as Normas das
Autoridades Marítimas Brasileiras e convenção internacional. Todas as
embarcações que compõem o sistema Ferry-Boat dispõem de todos os
equipamentos de segurança, também em conformidade com as exigências dos
órgãos de fiscalização". Não há informações sobre o homem que se
afogou, nem o estado de saúde dele.
A Marinha também foi procurada, mas até o fechamento desta matéria nenhuma resposta foi enviada.
Temer: reformas geram "incompreensões típicas da democracia plena"
Por Agência Brasil
O presidente Michel Temer disse hoje (30) que as reformas propostas
pelo governo federal são fundamentais para o país e, citando a reforma
trabalhista, gera "incompreensões, objeções, contestações, mas que são
típicas da democracia plena". O presidente disse ainda que país vai
continuar a trabalhar com ou sem protesto.
"Quero aproveitar para contar a todos, especialmente à imprensa
brasileira, que eu acabei de transmitir ao senhor
vice-primeiro-ministro, as reformas fundamentais que nós estamos fazendo
no Estado brasileiro, dentre elas a trabalhista que gera, em um
primeiro momento, naturalmente incompreensões, objeções, contestações,
mas que são típicas da democracia plena que nós vivemos em nosso país",
disse Temer, na capital paulista, na cerimônia de abertura da Casa
Japão, ao lado do primeiro-ministro do Japão, Taro Aso.
No discurso, o presidente disse que o Brasil continuará a funcionar com
ou sem protestos. "O Judiciário, o Executivo, o Legislativo e o
brasileiro é naturalmente um povo otimista, um povo que não tem
pessimismo em nenhum instante. Por isso é que nós dizemos: aconteça o
que acontecer, haja protestos, não haja protestos, o Brasil continua e
continuará a trabalhar".
Na última sexta-feira (28), foram realizados atos e greve geral de
várias categorias no país em protesto contra as reformas trabalhista e
da Previdência.
“Lanço essa mensagem especialmente para os investidores brasileiros e
naturalmente os investidores japoneses, que como mencionou o governador
Geraldo Alckmin [também presente na cerimônia], já vem aplicando
intensamente no nosso país. É para dar tranquilidade e a segurança de
que nós estamos desobstruindo os caminhos da economia para alcançar a
tranquilidade de todo o povo brasileiro e especialmente eliminar o
desemprego, que aflige a muito nesse momento”, acrescentou Temer.
MAIS DA METADE DOS SENADORES RESPONDE A ACUSAÇÕES CRIMINAIS NO STF
Na lista da Odebrecht, Lídice da Mata, é fichada como a “Feia” |
VAL CABRAL
Conheça os mitos e verdades na obesidade de cães e gatos
O sobrepeso e a obesidade causam outros problemas de saúde, reduzindo a longevidade do pet
por
Acorda Cidade, site parceiro da Tribuna da Bahia Online
Publicada em TRIBUNA DA BAHAI
A obesidade em cães e gatos é muito
mais comum do que se parece, é um problema intimamente relacionado com
os hábitos alimentares e o sedentarismo dos tutores.
O sobrepeso e a obesidade causam outros problemas de saúde, reduzindo a longevidade do pet, assim como nos humanos, a obesidade está relacionada ao alto consumo de alimento e a baixa atividade física (descartando-se problemas endócrinos). Renato Zanetti apresenta os mitos e verdade em relação ao que já se ouviu falar sobre obesidade animal
1. Obesidade causa outros problemas de saúde para o animal.
VERDADE. Cães e gatos obesos têm um risco maior de apresentar outros problemas de saúde: diabetes, doenças pulmonares e de coração, problemas na articulação, de pele, problemas reprodutivos, intolerância ao exercício, maior estresse calórico, maior risco em anestesias.
2. A castração engorda o animal.
VERDADE. Animais castrados têm probabilidade 2x maior de se tornarem obesos em função de alterações hormonais e a redução da atividade física. PORÉM, isto não deve ser motivo para não castrar, pois é possível minimizar o problema com o aumento das atividades físicas e o controle da alimentação.
3. A obesidade está relacionada APENAS ao excesso de comida.
MITO. Há duas causas da obesidade: metabólica (menor incidência, cerca de 5%) e comportamental (mais frequente).
Causas metabólicas: problemas endócrinos (disfunção da glândula tireoide, das adrenais, do pâncreas, da hipófise e do hipotálamo.
Causas comportamentais: fornecimento excessivo de comida, espaço físico reduzido, sedentarismo, hábitos alimentares prejudiciais.
4. Atividade física colabora com a redução de peso.
VERDADE. Aumentar o gasto calórico colabora com a redução de peso SE estiver relacionada com uma reeducação alimentar (tal qual para humanos).
5. Cães comem por ‘gula’.
VERDADE. Fome (necessidade fisiológica decorrente do déficit nutricional) é diferente de apetite (disposição em comer sempre). Cães conseguem ingerir uma quantidade de alimento em uma única refeição muito superior ao necessário para sua manutenção. Como não sabem quando será sua próxima refeição, estão sempre dispostos a ingerir alimentos.
6. Existe um peso ideal para cada raça (cães e gatos).
VERDADE. Mesmo havendo uma variação de indivíduo para indivíduo, há um padrão de peso para cada raça que pode ser usada como referência para se definir se o Pet está gordinho.
7. Existem alimentos que são proibidos para cães e gatos.
VERDADE. Alguns alimentos são apenas tóxicos para cães e gatos, outros são proibidos, podendo ser letais se ingerido em grandes quantidades.
8. Posso dar frutas e legumes para cães e gatos.
VERDADE. Sim, frutas e legumes (que não estiverem na lista dos tóxicos ou proibidos) podem ser oferecidos aos cães e gatos.
O sobrepeso e a obesidade causam outros problemas de saúde, reduzindo a longevidade do pet, assim como nos humanos, a obesidade está relacionada ao alto consumo de alimento e a baixa atividade física (descartando-se problemas endócrinos). Renato Zanetti apresenta os mitos e verdade em relação ao que já se ouviu falar sobre obesidade animal
1. Obesidade causa outros problemas de saúde para o animal.
VERDADE. Cães e gatos obesos têm um risco maior de apresentar outros problemas de saúde: diabetes, doenças pulmonares e de coração, problemas na articulação, de pele, problemas reprodutivos, intolerância ao exercício, maior estresse calórico, maior risco em anestesias.
2. A castração engorda o animal.
VERDADE. Animais castrados têm probabilidade 2x maior de se tornarem obesos em função de alterações hormonais e a redução da atividade física. PORÉM, isto não deve ser motivo para não castrar, pois é possível minimizar o problema com o aumento das atividades físicas e o controle da alimentação.
3. A obesidade está relacionada APENAS ao excesso de comida.
MITO. Há duas causas da obesidade: metabólica (menor incidência, cerca de 5%) e comportamental (mais frequente).
Causas metabólicas: problemas endócrinos (disfunção da glândula tireoide, das adrenais, do pâncreas, da hipófise e do hipotálamo.
Causas comportamentais: fornecimento excessivo de comida, espaço físico reduzido, sedentarismo, hábitos alimentares prejudiciais.
4. Atividade física colabora com a redução de peso.
VERDADE. Aumentar o gasto calórico colabora com a redução de peso SE estiver relacionada com uma reeducação alimentar (tal qual para humanos).
5. Cães comem por ‘gula’.
VERDADE. Fome (necessidade fisiológica decorrente do déficit nutricional) é diferente de apetite (disposição em comer sempre). Cães conseguem ingerir uma quantidade de alimento em uma única refeição muito superior ao necessário para sua manutenção. Como não sabem quando será sua próxima refeição, estão sempre dispostos a ingerir alimentos.
6. Existe um peso ideal para cada raça (cães e gatos).
VERDADE. Mesmo havendo uma variação de indivíduo para indivíduo, há um padrão de peso para cada raça que pode ser usada como referência para se definir se o Pet está gordinho.
7. Existem alimentos que são proibidos para cães e gatos.
VERDADE. Alguns alimentos são apenas tóxicos para cães e gatos, outros são proibidos, podendo ser letais se ingerido em grandes quantidades.
8. Posso dar frutas e legumes para cães e gatos.
VERDADE. Sim, frutas e legumes (que não estiverem na lista dos tóxicos ou proibidos) podem ser oferecidos aos cães e gatos.
Ajuste-se à justa justiça
Coluna de Carlos Brickmann, publicada hoje em vários jornais:
Este colunista
discorda de uma das principais reivindicações da oposição: a que rejeita
modificações na Previdência e exige uma aposentadoria mais justa.
Aposentadoria mais justa, acha o colunista, seria uma pensão equivalente
ao último salário recebido na ativa, mais uma porcentagem que compense o
aumento inevitável de gastos dos idosos.
O problema é que não
há dinheiro para isso. A questão sai da esfera da justiça e passa ao
setor a que efetivamente pertence, o econômico. Há dois tipos de
aposentadoria: o que usamos, de repartição simples (quem trabalha paga, e
os aposentados recebem. Cada geração paga a aposentadoria da anterior);
e o de capitalização (o desconto de cada assalariado vai para uma conta
em seu nome e é investido. Como num fundo de pensão, os rendimentos são
somados ao capital. Na aposentadoria, o cidadão passa a receber
parcelas de seus investimentos).
Cada sistema tem
virtudes e defeitos. Ambos são limitados pelo comportamento da economia.
Ambos podem ser bem ou mal geridos. Na capitalização, os aposentados
recebem mais, ou menos, conforme a gestão. No nosso caso, quem cobre os
buracos é o Tesouro, e surgem as reformas para que a Previdência
sobreviva. No Governo Fernando Henrique, houve o fator previdenciário;
agora, é o aumento do tempo de contribuição para se aposentar. Nos dois
casos, não se fala em justiça. Nos dois casos, a correia sai do couro.
Do aposentado.
Inúmeros números
As centrais sindicais
dizem que 40 milhões de brasileiros cruzaram os braços em adesão à
greve geral. O Governo, extraoficialmente, fala em meia dúzia de gatos
pingados, que bloqueou os transportes para impedir que a população
chegasse ao trabalho. Ambos os lados têm sua parcela de razão: houve
sindicatos que fizeram greve, muitas escolas de classe média alta que
aderiram; houve agressões a quem queria trabalhar (no aeroporto de
Santos Dumont, no Rio, por exemplo), e ações de combate urbano na
tentativa (quase sempre fracassada) de bloquear o trânsito.
Em boa parte dos casos, não houve greve, mas violência para bloquear não grevistas.
Greve de cima
O mais curioso na
greve foi a adesão, disfarçada ou não, de entidades de Estado. Os
tribunais regionais do trabalho de Minas, Bahia e Rio Grande do Sul
suspenderam o expediente, liberaram servidores, adiaram os prazos que
venceriam na sexta para o primeiro dia útil seguinte (terça-feira). O
TRT baiano suspendeu o expediente em todo o Estado, “por segurança
institucional de magistrados, servidores, advogados e cidadãos”.
Desobedeceram à ordem expressa do presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, Ives Gandra, para que os TRTs funcionassem normalmente.
O TRT gaúcho foi
além: explicou sua decisão de não funcionar “levando em conta as
manifestações de entidades que expressaram repúdio às reformas”.
Maldade
Mas a participação na
greve nada tem a ver, com certeza, com o feriadão que vai até amanhã,
1º de Maio. Com a greve, o feriadão acabou virando um super feriado, com
quatro dias de duração.
Cuidado com a festa
O foro privilegiado,
alvo de tantas queixas nos últimos tempos, sofreu duro golpe nesta
última semana: foi derrubado no Senado, em primeira votação, mantendo-se
apenas para os chefes dos três poderes. Mas ainda não é hora de
festejar: eliminado o foro privilegiado, quem está sendo processado em
tribunais superiores será enviado aos juízes de primeira instância. Pode
ser bom para os processados, com reabertura de prazos, etc., e a
possibilidade de recorrer à segunda instância e, eventualmente, de
chegar ao Supremo de novo, passados alguns anos.
Há outros problemas,
de hierarquia: pode um ministro do Superior Tribunal de Justiça ser
processado por um juiz hierarquicamente inferior? Talvez essas questões
atrapalhem o bom andamento da Justiça ainda mais que o foro
privilegiado– e talvez esse tipo de problema seja levado ao Supremo.
Quem cai com a Odebrecht
A situação financeira
do grupo Odebrecht vem sendo discretamente acompanhada e discutida pela
área econômica do Governo. A preocupação não é exatamente com a
Odebrecht, mas com sua dívida superior a R$ 100 bilhões. Se a empresa
não conseguir pagar esses débitos, vai atingir pesadamente o balanço dos
bancos que lhe fizeram empréstimos. E as despesas continuam altas: os
77 executivos que concordaram em fazer delações premiadas receberam, em
troca de seu afastamento da empresa, a promessa de indenizações
substanciais. Enfrentando problemas e multas no Brasil e no Exterior,
onde irá a Odebrecht buscar mais dinheiro?
Não é no BNDES, que
já deu R$ 100 bilhões de subsídios, nos últimos nove anos, às empresas
“campeãs nacionais” escolhidas pelo Governo.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
Por que Gleisi disse que no PT “não tem bandido”, somente “pessoas que podem ter errado”?
CETICISMO POLITICO
A
líder petista no Senado, Gleisi Hoffmann, disse o seguinte em um
seminário petista nesta segunda (24): “Aqui não tem bandido, aqui tem
pessoas que podem ter errado. Aqui tem gente que se preocupa com o
Brasil (…) Não é na primeira denúncia que abaixamos a cabeça, que vamos
para o exterior”.
Vale lembrar que Gleisi é ré na Lava Jato, sendo acusada de receber R$ 5 milhões da Odebrecht. E ainda temos o escândalo envolvendo a senadora e seu marido Paulo Bernardo com o sumiço de dinheiro de aposentados. Qual a razão para ela tentar convencer os outros de que isso é “um erro”?
O motivo é simples. Fraudadores possuem
dois modos de operação. No primeiro, eles se beneficiam diretamente com a
fraude. Já quando usam o segundo modo é porque foram pegos. Daí
precisam convencer os outros de que cometeram “erros de julgamento”.
Este é mais um motivo para que a direita
pare de uma vez por todas com a narrativa de que os socialistas são
“tolos enganados”, quando na verdade são enganadores de tolos.
Não houve “erros” no esquema de
corrupção do PT. Esse era o plano à risca. Na verdade, o único erro foi o
de terem sido pegos. Eles nunca se preocuparam com o Brasil, mas apenas
com o projeto de poder.
No PT não existem apenas bandidos, mas algo muito pior: bandidos totalitários.
Violência fascista das milícias pró-PT tira todo o restinho de moral do imposto sindical
CETICISMO POLITICO
As
fracassadas ações das milícias pró-PT mostraram principalmente que o PT
já não representa as massas coisíssima nenhuma. Representam seus
interesses corporativistas e suas mamatas, sempre às custas do suor do
povo.
As manifestações de hoje foram feitas
contra os trabalhadores, muitos deles impedidos de trabalhar. Se a greve
é legítima, impedir alguém de não participar destas greves é tão
antidemocrático como nos últimos estágios do marxismo, do fascismo e do
nazismo. A regra é clara: que se danem os trabalhadores desde que sejam
mantidas as mamatas de uma elite sindical.
Os sindicatos atuais do Brasil são
mantidos por um imposto sindical, que, por sua natureza, é obrigatório. O
resultado disso só poderia ser o desapego total dos sindicatos com os
interesses reais do trabalhador. Foi por isso que alguns trabalhadores
apanharam hoje das milícias pró-PT. Aquele que bate em trabalhador só
porque este quer ir trabalhar é um inimigo da classe trabalhadora. E
assim os sindicatos pró-PT se mostraram como os grandes inimigos da
classe trabalhadora.
A partir de agora, o Senado só tem uma
opção moral: dar sequência à reforma trabalhista, e não mover um dedo na
direção de mexer em aspectos como a eliminação do imposto sindical. A
manutenção desta forma coercitiva de adquirir “contribuições” sindicais é
simplesmente a manutenção do status quo dos sindicatos, que continuarão
a defender seus interesses, deixando os interesses do trabalhador em
último lugar.
Só teremos sindicatos que não pratiquem
terrorismo contra os trabalhadores no dia em que eles tiverem que
efetivamente servir aos trabalhadores. Isso só vai acontecer no dia em
que a contribuição sindical for uma efetiva contribuição, ou seja, livre
e totalmente voluntária. Assim que os trabalhadores puderem decidir se
pagam ou não para um sindicato, eles serão obrigados a respeitar os
trabalhadores ou então serão abandonados.
Imagine que existisse uma lei obrigando
todos obrigados a pagar um “imposto de fast food”, que seria destinado à
todas as empresas de fast food. Ora, essas empresas não precisariam
mais tratar bem seus clientes. Poderiam até bater neles. Mas sem o
“imposto de fast food”, elas precisam correr atrás dos clientes, ao
invés de bater neles. Precisam tratá-los bem e servi-los da melhor
maneira possível.
É disto que se trata acabar com o
imposto sindical: fazer com que os sindicatos passem a representar os
trabalhadores, ao invés de esmagá-los.
Piada do Ano: Cabral diz que não recebia propina e tenta isentar Adriana Ancelmo
O Globo
O ex-governador Sérgio Cabral admitiu em depoimento nesta quinta-feira, que usou, para benefício próprio, dinheiro de caixa 2 destinado para abastecer sua campanha eleitoral ao governo do Rio. Ao ser questionado por sua defesa se teria usado os recursos para comprar algumas das mercadorias citadas no inquérito – como termos de grifes e jóias, por exemplo -, Cabral disse que sim e que tal prática “é um fato da vida nacional”. (VÍDEOS: assista à íntegra dos depoimentos de Cabral e Adriana Ancelmo)
– Vossa Excelência tem ouvido aqui muitas observações a respeito de caixa 2, sobras de campanha. Isso é um fato. É um fato da vida nacional. Reconheço esse erro. São recursos, recursos próprios e recursos de sobra de campanha, de caixa 2. São com esses recursos, nada a ver nem com a minha mulher e muito menos a ver dessa acusação de Comperj – disse ele, negando que tivesse recebido dinheiro de propina referente ao esquema de corrupção no complexo.
DEFESA DO DEBATE – Abatido, mas algumas vezes sem esconder o sorriso, o ex-governador disse defender o debate que se faz hoje contra o caixa 2 nas campanhas.
“Acho até que o trabalho feito nesse momento de ter uma outra visão sobre financiamento de campanha, como financiar as campanhas eleitorais… A questão democrática é vital, fundamental. Eu não posso negar que houve uso de caixa 2 e uso de sobras de campanha, de recursos. Em função de eu ter sido um político com desempenho eleitoral forte no estado e esses fatos são reais”.
Cabral defendeu a mulher o tempo todo: “Minha mulher não tem responsabilidade sobre esses gastos. Não tem ligação nenhuma com as pessoas que estão aí. Me sinto indignado com o nome dela vinculado a esses fatos”.
EM SILÊNCIO – Por orientação de seus advogados, Cabral ficou em silêncio quando perguntado pelo juiz e pelo procurador Athayde Ribeiro Costa. Moro formulou três perguntas, e o procurador, apenas uma.
“O senhor está arrependido das condutas que cometeu?” — perguntou Ribeiro Costa.
Em sua resposta, o ex-governador afirmou que iria apenas responder às perguntas de seus advogados. Moro optou por fazer suas perguntas mesmo após o advogado de Sérgio Cabral afirmar que o ex-governador não as responderia. Inadvertidamente, Cabral respondeu a primeira pergunta de Moro, se havia cobrado valores indevidos da empreiteira Andrade Gutierrez. “Não é verdade” — disse Cabral.
RELAÇÃO DIFÍCIL – O interrogatório, que durou meia hora, foi ocupado boa parte pelas perguntas formuladas pela defesa. Em sua defesa, Sérgio Cabral afirmou que seu governo tinha uma relação muito difícil com a Petrobras, em razão de várias ações judiciais entre o governo do estado e a empresa.
Questionado sobre sua relação com o ex-diretor de Abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, que teria autorizado os pagamentos de propina a Cabral, respondeu que era apenas institucional. “Jamais tratei de qualquer assunto de apoio a campanha com o senhor Paulo Roberto. Jamais solicitei a ele qualquer tipo de apoio financeiro” — disse.
Parar o Congresso Nacional, pelo bem da democracia
Folha
Você deixaria o seu futuro e o futuro de seus filhos ser decidido por criminosos ou por pessoas com fortes suspeitas de crimes? Pois é isso que está acontecendo agora. Questões fundamentais para o seu futuro, como o sistema de aposentadorias e as leis trabalhistas, estão sendo decididas por pessoas indiciadas na participação em crimes milionários ou que são réus em ações penais correndo no STF. Só na última lista da Lava Jato são 24 senadores e 39 deputados indiciados, inclusive os atuais presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Além disto, quatro senadores e 50 deputados respondem atualmente por ações penais no STF.
Como se isso fosse pouco, ficou claro como todo o sistema político-eleitoral brasileiro é a expressão de uma máquina criminosa de financiamento visando preservar uma oligarquia cuja maior função é defender interesses de seus financiadores. Isso não é uma democracia, mas uma simples plutocracia violenta, com um braço policial descontrolado, que vê agora desnudada suas redes de corrupção e cooptação.
PRESIDINDO A CÂMARA – O mesmo presidente da Câmara, sr. Rodrigo Maia, que afirmava há alguns dias que a Justiça do Trabalho não deveria nem sequer existir, foi acusado por um delator da Odebrecht de receber R$ 350 mil diretamente em casa. Como alguém com tais acusações nas costas, em qualquer reles democracia liberal no mundo, poderia continuar presidindo a Câmara e decidindo modificações constitucionais?
Depois que o país viu exposto o grau de corrupção de seu sistema, toda e qualquer legitimidade de seus Poderes, em especial o Legislativo e o Executivo (já que do Judiciário até agora a população brasileira não teve o direito de saber nada), acabou.
Independentemente de ser um sistema presidencialista ou não, o mínimo a fazer seria dissolver esse Congresso, parar toda tramitação de qualquer tipo de emenda constitucional e discutir a única coisa que realmente importa agora, a saber, a reinstauração da institucionalidade política brasileira. Esse Congresso não existe mais.
FARSA DEMOCRÁTICA – No entanto, de nada adiantam novas eleições, pois o que está em questão não são apenas os ocupantes atuais do poder mas o caráter completamente farsesco do que se convencionou chamar de “democracia” no Brasil.
É certo que estes indiciados e réus procurarão se defender dizendo serem “representantes” do povo. Mas, se 93% do povo é contrário à reforma previdenciária tal como está, e 80% contrário à terceirização irrestrita (Instituto Vox Populi), então quem exatamente essas pessoas “representam”? Como é possível que a vontade da maioria seja “representada” por algo que não é a vontade da maioria? Na verdade, esse sistema é claramente um mero processo de “espoliação da vontade”.
De toda forma, talvez seja o caso de lembrar que a soberania popular, o único fundamento possível de um regime democrático, não se representa. Um povo livre nunca delega sua soberania para quem quer que seja. Ele a conserva sempre junto a si. Passar sua soberania para outro é perdê-la. É como passar minha vontade a um outro e esperar que a vontade de um outro tenha alguma forma de identidade absoluta com a minha. Nem no amor isso é possível, quanto mais na política.
“COMISSÁRIOS” – Deputados, presidentes não são “representantes” do povo. No máximo, eles são seus “comissários”, como dizia Jean-Jacques Rousseau. Por isso, uma verdadeira democracia deveria ter, ao lado dos Poderes Executivo e Legislativo, a figura da assembleia popular a ratificar leis e apor seu aceite ou sua recusa. O povo deve ter as estruturas institucionais que lhe permitam continuamente se defender de quem procura lhe usurpar o poder.
Alguns dirão que questões econômicas são muito complexas para serem decididas pela soberania popular. No que eles mostram como seu conceito de governo não é uma democracia, mas uma tecnocracia. Só que as tecnocracias que conhecemos atualmente são tecnocracias da catástrofe, responsáveis normalmente pela pauperização crescente da população.
Contra isso, há de sempre se lembrar: quem paga a orquestra escolhe a música. Mas no caso brasileiro a pergunta que fica é: quem paga atualmente a orquestra?
(artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)
Renan diz desconhecer nova operação da PF que também mira ligados a Jucá
O Globo
O senador Renan Calheiros afirmou nesta sexta-feira que não havia sido informado sobre a operação deflagrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que mira um ex-assessor, o advogado Bruno Mendes. A ação, mais uma etapa da Satélite, também faz busca em endereços do senador Romero Jucá (PMDB-RR). Renan, que está fora de Brasília, falou por telefone ao Globo: “Não estou sabendo de nada disso” – afirmou.
As buscas foram pedidas pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, a partir da delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O procurador-geral quer acesso a documentos que comprovariam denúncias de corrupção, lavagem de dinheiro e até mesmo de organização criminosa. Além de Brasilia, a polícia cumpre mandados de busca em São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte.
OPERADOR – Para PF, advogado ligado a Renan marcava jantares e intermediava pagamentos a campanhas. O nome do advogado Bruno Mendes apareceu pela primeira vez nas investigações da Lava-Jato a partir de um relatório da Polícia Federal ao qual o Globo teve acesso, em fevereiro do ano passado. Ele é suspeito de agendar jantares com Ricardo Pessoa, dono da UTC, e realizar pagamentos como doações de campanha.
No documento, a PF apontava indícios de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em pedidos de doação de campanha em 2014 feitos pelo senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR).
CONTINUIDADE – A nova fase da Lava-Jato proveniente do STF dá continuidade à primeira operação com base na delação de executivos da Odebrecht, deflagrada em março e batizada de Satélites, onde também envolveu endereços ligados a Renan, ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e os demais senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e Humberto Costa (PT-PE).
Efeito Temer/Meirelles: Contas do governo registram pior resultado em 20 anos
Correio Braziliense
Em março, as contas do governo central, que reúne o Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, ficaram no vermelho em R$ 11 bilhões, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Fazenda nesta quinta-feira (27/04). É o pior resultado para o mês desde 1997, início da série histórica. A receita líquida somou R$ 87,5 bilhões no mês passado, registrando queda real de 1,4% em relação a março de 2016, conforme os dados do Tesouro. Na contramão, as despesas totais cresceram 1,6% na mesma base de comparação, em termos reais, somando R$ 98,5 bilhões.
No acumulado do primeiro trimestre do ano, o governo também não conseguiu gastar menos do que arrecadou, apesar de registrar queda de 4,9% nas despesas, que somaram R$ 293,8 bilhões. Os investimentos ficaram entre os gastos que mais encolheram no trimestre. Somaram R$ 5,8 bilhões, volume 61,3% menor que o registrado no mesmo período de 2016.
A receita líquida despencou 5% na mesma base comparativa, para R$ 275,5 bilhões. Uma das maiores quedas foi na arrecadação de concessões, que encolheram 95%, para R$ 560,2 milhões Com isso, o rombo de janeiro a março também foi recorde. Somou R$ 18,3 bilhões, o maior para o período em 20 anos.
ROMBO DA PREVIDÊNCIA – A Previdência Social continua consumindo a economia que o Tesouro vem conseguindo fazer no ano. Em março teve um rombo de R$13,1 bilhões, enquanto o Tesouro registrou superavit de R$ 2 bilhões. E, no trimestre, o saldo positivo de R$ 21,7 bilhões do Tesouro foi consumido pelo rombo previdenciário de R$ 40 bilhões. O BC registrou superavit de R$ 35 milhões em março e acumula saldo negativo de R$ 28 milhões no trimestre.
A meta fiscal do governo central prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para este ano é de R$ 139 bilhões. No acumulado em 12 meses, o deficit foi de R$ 156,5 bilhões, o equivalente a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB), conforme os dados do Tesouro Nacional.