A
apresentação do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia, que
vai funcionar dentro da Universidade Estadual Santa Cruz (Uesc), na
rodovia Ilhéus-Itabuna, marcou as comemorações dos 60 anos da
implantação da Comissão Executiva da Lavoura Cacaueira (Ceplac). O
evento foi realizado da manhã desta segunda-feira (20), na sede regional
da instituição, e contou com as presenças dos secretários estaduais de
Agricultura, Vitor Bonfim; Ciência e Tecnologia, José Vivaldo Mendonça;
Meio Ambiente, Geraldo Reis; e Desenvolvimento Rural, Jerônimo
Rodrigues.
Articulado pela secretaria estadual de Ciência e Tecnologia e a Uesc, o
Parque vai funcionar dentro da Uesc com foco na criação e inovação da
cadeia produtiva do cacau e chocolate no Sul da Bahia. Foram três anos
de estudos para o desenvolvimento do projeto do Parque que irá auxiliar,
ainda, na qualificação dos ensinos Técnico e Superior da região. O
Parque tem previsão de investimentos de R$ 6,5 milhões até 2019 e possui
ainda como metas o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental,
produtividade e competitividade do cacau e do chocolate, fomento à
produção agroindustrial, agroecologia e agricultura familiar e manejo e
conservação dos recursos florestais.
A primeira estrutura do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia
será inaugurada no mês de março. Trata-se do Centro de Inovação do
Cacau, instalado em uma área dentro do Instituto Nacional de Pesquisa e
Análises Físico-quimicas da Uesc.
De acordo com José Vivaldo Mendonça, “a Ceplac é uma referência mundial
em pesquisa de cacau. Com o apoio do Governo do Estado, atuando em
parceria com a Ceplac, a Universidade Estadual de Santa Cruz, e a
Universidade Federal do Sul da Bahia, vamos ampliar o processo de
geração de tecnologia voltada para o desenvolvimento regional, que passa
pelo fortalecimento da cadeia produtiva do cacau”.
O superintendente regional da Ceplac, Antonio Zugaib, destacou que “a
parceria com o Governo do Estado é importante porque envolve não apenas
recursos, mas difusão do conhecimento entre as instituições, tendo o
Parque Científico e Tecnológico como agente catalizador para o
desenvolvimento regional”.
Para o secretário Jerônimo Rodrigues, “o grande desafio é adotar um
modelo que garanta a retomada econômica do cacau e, para isso, o Governo
do Estado tem estabelecido parcerias que fortaleçam a cadeia produtiva
do chocolate e programas de diversificação como agroindústria e
fruticultura”.
O secretário Geraldo Reis afirmou que haverá investimentos em técnicas
de produção que permitam a conservação ambiental, já que o cacau, por
suas características de cultivo, contribui para a preservação da Mata
Atlântica.
Já o secretário Vitor Bonfim disse que o Governo está trabalhando em
conjunto com a Ceplac para ampliar a produção de cacau e reduzir a
dependência da importação de amêndoas da África e da Ásia, que oferecem
riscos de introdução de pragas.
A comemoração dos 60 anos da Ceplac foi encerrada com a entrega de
placas homenagens a funcionários e de uma palestra sobre a história da
instituição, criada por Juscelino Kubitschek e que nas décadas de 1970 e
1980 elevou a produção de cacau na Bahia para 400 mil toneladas/ano.
Atualmente, em processo de retomada, a produção é de cerca de 130 mil
toneladas/ano e, além das amêndoas, estão sendo feitos investimentos na
produção de chocolate, com a criação de cerca de 20 marcas, que já
atingem os mercados nacional e internacional de chocolates finos.
VERDINHO DE ITABUNA
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