MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 14 de janeiro de 2017

Para atrair votos da bancada da corrupção, Jovair promete anistia ao caixa 2


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Jovair Arantes alega que a decisão será dos deputados
Daniel Carvalho
Folha
Líder do PTB há dez anos e candidato à presidência da Câmara, o deputado Jovair Arantes (GO) disse à Folha que, se eleito, pautará a votação do projeto que prevê anistia ao crime de caixa dois e que, no âmbito da Operação Lava Jato, vai buscar “o direito dos deputados”. Questionado se levaria adiante eventuais processos de cassação de deputados, ele adotou discurso corporativista. “Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei”, disse o candidato do PTB.
Jovair aponta interferência do Planalto a favor do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e diz não haver risco de não disputar a eleição no próximo dia 2.
Sua candidatura é um projeto pessoal?
É um projeto de um grupo de deputados que está sofrendo a baixa que a Câmara sofreu diante da comunidade. É o pior momento desde a redemocratização. Um exemplo claro disso é a tentativa de se rasgar a Constituição para fazer uma candidatura objetivando um interesse pessoal. Não podemos expor à Casa para ela ficar tutelada pela Justiça.
Sua eventual gestão vai ser de valorização do baixo clero?
Não acredito que existe o baixo clero. Você tem que levar em consideração que qualquer deputado que for eleito em qualquer canto do país tem que ter protagonismo porque representa o desejo de uma comunidade.
Vai pautar a reforma da Previdência?
Vamos botar para votar, para discutir. Todo projeto chega aqui como uma joia bruta. Você tem que lapidar. É preciso discutir de uma forma efetiva para amaciar a votação em plenário.
O Planalto está interferindo na eleição?
De certa forma, interferiu. No momento em que o presidente da República diz que não vai interferir, que não aceita interferência, e no outro dia tem uma reunião do possível candidato Rodrigo Maia no Recife e vão ministros que não são do partido dele, acho que há uma interferência. [Após a entrevista, Jovair se reuniu com Michel Temer em São Paulo e disse à Folha ter ouvido dele que não há preferência por nenhum candidato].
O sr. diz que sua candidatura não é pelo centrão. É uma tentativa de se descolar de Eduardo Cunha?
Não existe o centrão. Sou candidato do PTB. Meu partido me deu total respaldo.
Sua proximidade com Cunha quando ele era presidente é uma sombra na sua candidatura?
Longe disso. Sou líder do PTB há dez anos. Passaram nesse tempo vários presidentes e minha proximidade foi com todos. É minha função como líder ter proximidade com todos os presidentes.
Sua candidatura vai até o fim? Há alguma chance de desistir?
Se Deus me tirar antes disso, não serei candidato, evidentemente. Fora dessa possibilidade, nenhuma chance.
Vai levar adiante eventuais processos de cassação?
Isso faz parte da convivência de independência e de respeito com a Casa e com a sociedade. Não está fora do contexto de independência e não está fora do contexto da coragem para estabelecer defesa intransigente dos deputados. Eu vi alguém de um Poder dizer recentemente: “Mexeu com alguém daqui, mexeu comigo”. Se eu for presidente e mexer com alguém daqui injustamente, vai mexer comigo. Como presidente da Casa, não permitirei. Vou buscar os direitos que os deputados têm que ter no livre exercício do seu mandato.
O sr. pode ser presidente em um biênio tumultuado por causa da Lava Jato. Como pretende administrar isso?
Com a serenidade, a independência e o respeito que o caso merece. Isso não será, com certeza, uma matéria da ordem do dia.
Vai pautar temas reforma política e anistia de caixa dois?
A Casa tem que funcionar num colegiado. Tudo o que for necessário votar para estabelecer a transparência junto da sociedade brasileira será votado. Seja ácido ou seja doce. Temos que votar. Não dá para deputado votar qualquer matéria aqui e não ser respeitado.
Não ficou claro. Anistia a caixa dois, o sr. vai votar ou não?
Se tiver algum projeto nesta direção e for necessário colocar para votar, vai ser votado. Não vou dizer agora que vou ou que não vou votar projeto A ou B.
É um tema polêmico e o sr. não foi claro.
Eu sou claro. Todos os temas que dizem respeito à Casa que precisar votar serão votados. Quem tem que dizer se vai votar a favor ou contra são os deputados.
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