MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 15 de janeiro de 2017

Haff: conheça a doença que causa dores e provoca urina escura



Por Alexandre Galvão
Relatada pela primeira vez nos anos 20, a doença de Haff é definida como uma rabdomiólise - quebra rápida de músculo esquelético devido à lesão no tecido muscular - não explicada em uma pessoa que consumiu pescado nas 24 horas que antecedem início dos sintomas.
 
Doença de sintomas bem parecidos com as de Haff tem feitos vítimas na Bahia e no Ceará. Duas, inclusive, fatais. Relatos de pacientes baianos infectados relatam dores fortes e com a urina de uma cor diferente. Apesar disto, não se é capaz de afirmar que a “doença misteriosa” e a doença de Haff sejam as mesmas. 
 
Até agora, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde da Bahia, foram 52 casos da doença. O governo confirmou duas mortes. Um homem que apresentava os sintomas faleceu no dia 31 de dezembro, no município de Vera Cruz. A vítima, no entanto, tinha outros problemas de saúde, como hipertensão, além de idade avançada.
 
De acordo com estudo publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva, Entre 1934 e 1984, foram descritos outros surtos similares da doença de Haff na Suécia e na antiga União Soviética. s primeiros dois casos relatados nos Estados Unidos ocorreram no Texas, em junho de 1984. Entre 1984 e 1996, apenas quatro outros casos foram relatados nos Estados Unidos, dois em Los Angeles e dois em San Francisco (ambas as cidades no Estado da Califórnia). Em 1997, foram relatados, nos Estados Unidos, cinco casos da doença de Haff (nos Estados da Califórnia e Missouri) em um período de cinco meses (entre março e agosto); todos os casos foram associados à ingestão da espécie Ictiobus sp.Em 2001, foram relatados mais casos nos Estados Unidos, que envolviam a ingestão de peixes de água doce pertencentes à família Cambaridae no Missouri e salmão na Carolina do Norte. Em setembro de 2010, foram relatados, na China, alguns casos de doença de Haff associada ao consumo de peixes de água doce da família Parastacidae.
 
Em outubro de 2008, foi relatado um surto de 27 casos de doença de Haff associada com o consumo de Mylossoma duriventre (pacu-manteiga), Colossoma macropomum (tambaqui) e Piaractus brachypomus (pirapitinga), peixes do norte da região amazônica. A doença de Haff é considerada uma doença emergente, cuja importância tende a aumentar com o crescimento populacional, levando a um incremento do consumo de peixes de água doce, particularmente oriundos da região amazônica.
 
TRATAMENTO – Como não há uma confirmação das causas, o tratamento é feito com hidratação e analgésico. É importante que o paciente não tome anti-inflamatório para não piorar a situação dos rins. O tempo para um quadro um pouco mais suave dos sintomas varia de três dias até uma semana.

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