Por Alexandre Galvão
Relatada
pela primeira vez nos anos 20, a doença de Haff é definida como uma
rabdomiólise - quebra rápida de músculo esquelético devido à lesão no
tecido muscular - não explicada em uma pessoa que consumiu pescado nas
24 horas que antecedem início dos sintomas.
Doença de sintomas bem parecidos com as de Haff tem feitos vítimas na
Bahia e no Ceará. Duas, inclusive, fatais. Relatos de pacientes baianos
infectados relatam dores fortes e com a urina de uma cor diferente.
Apesar disto, não se é capaz de afirmar que a “doença misteriosa” e a
doença de Haff sejam as mesmas.
Até agora, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde da Bahia,
foram 52 casos da doença. O governo confirmou duas mortes. Um homem que
apresentava os sintomas faleceu no dia 31 de dezembro, no município de
Vera Cruz. A vítima, no entanto, tinha outros problemas de saúde, como
hipertensão, além de idade avançada.
De acordo com estudo publicado na Revista Brasileira de Terapia Intensiva,
Entre 1934 e 1984, foram descritos outros surtos similares da doença de
Haff na Suécia e na antiga União Soviética. s primeiros dois casos
relatados nos Estados Unidos ocorreram no Texas, em junho de 1984. Entre
1984 e 1996, apenas quatro outros casos foram relatados nos Estados
Unidos, dois em Los Angeles e dois em San Francisco (ambas as cidades no
Estado da Califórnia). Em 1997, foram relatados, nos Estados Unidos,
cinco casos da doença de Haff (nos Estados da Califórnia e Missouri) em
um período de cinco meses (entre março e agosto); todos os casos foram
associados à ingestão da espécie Ictiobus sp.Em 2001, foram relatados
mais casos nos Estados Unidos, que envolviam a ingestão de peixes de
água doce pertencentes à família Cambaridae no Missouri e salmão na
Carolina do Norte. Em setembro de 2010, foram relatados, na China,
alguns casos de doença de Haff associada ao consumo de peixes de água
doce da família Parastacidae.
Em outubro de 2008, foi relatado um surto de 27 casos de doença de Haff
associada com o consumo de Mylossoma duriventre (pacu-manteiga),
Colossoma macropomum (tambaqui) e Piaractus brachypomus (pirapitinga),
peixes do norte da região amazônica. A doença de Haff é considerada uma
doença emergente, cuja importância tende a aumentar com o crescimento
populacional, levando a um incremento do consumo de peixes de água doce,
particularmente oriundos da região amazônica.
TRATAMENTO – Como não há uma confirmação das causas, o
tratamento é feito com hidratação e analgésico. É importante que o
paciente não tome anti-inflamatório para não piorar a situação dos rins.
O tempo para um quadro um pouco mais suave dos sintomas varia de três
dias até uma semana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário