LAMA – E mar se juntaram no Espírito Santo quando do rompimento da barragem em Mariana, em 2015
Com a medida, serão 10 mil vacinas mensais a mais para o Estado, que conta atualmente com 5 mil, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). O temor é o de que o surto da doença em Minas chegue ao estado vizinho.
A Secretaria de Estado de Saúde do Espírito Santo informou que 54 macacos com suspeita de febre amarela foram encontrados mortos em território capixaba desde o início deste ano. Os macacos são um dos transmissores da doença.
As mortes foram registradas nas cidades de Colatina (11), Governador Lindenberg (4), Ibatiba (10), Irupi (8), Baixo Guandu (4) e Pancas (17), conforme a Secretaria de Estado da Saúde.
As amostras de sangue coletadas nos animais foram encaminhadas para análise no Instituto Evandro Chagas, no Pará. A estimativa é a de que o resultado saia em 20 dias.
No Espírito Santo, 54 macacos foram encontrados mortos com suspeita da doença. Bióloga aponta relação com rompimento de barragemMas, como medida de prevenção, a partir desta segunda-feira, O Ministério da Saúde vai enviar também 350 mil doses da vacina contra febre amarela para imunizar a população de cidades capixabas que fazem limite com municípios de Minas Gerais.
Vinte e três municípios vão receber as doses extras. “Esta é uma medida preventiva diante dos casos crescentes em Minas Gerais, uma vez que, até o momento, não há confirmação da doença no Estado”, informou por meio de nota a Secretaria.
Óbitos em grande número de macacos em curto período de tempo são considerados como indício da ocorrência da febre amarela e funcionam como alerta para evitar que a doença atinja humanos.
Ontem, a bióloga da Fiocruz, Márcia Chame, levantou a hipótese de que o aparecimento de muitos casos da doença está relacionado com o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, em novembro de 2015. Isto porque a tragédia ambiental deixou os macacos mais estressados, susceptíveis a doenças. Também pode ter provocado a fuga para áreas ao entorno daquelas urbanas.
A Fundação Renova, criada pela Samarco, não comentou o assunto.
Minas
Minas Gerais registrou só este ano a morte de 38 pessoas com suspeita da doença. E o número de casos investigados chega a 133, segundo balanço mais recente da Secretaria de Estado de saúde.
O surto de febre amarela levou o governo do Estado a decretar Situação de Emergência em Saúde Pública Regional nas áreas em que foram registrados casos suspeitos. (Com Agência Estado)
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