Já está valendo: em vez de Caesalpinia echinata, como muitas gerações
aprenderam na sala de aula, escreve-se agora Paubrasilia echinata. A
árvore que batizou o país tem nova denominação científica, com
publicação internacional e aval de especialistas. A polêmica sobre o
gênero da planta começou em 1987 e perdurou até se tornar, no ano
passado, tese de doutorado defendida por uma estudante no Canadá,
explica o professor de botânica Luciano Paganucci, da Universidade
Estadual de Feira de Santana (BA). Na última quinta-feira, o artigo foi
publicado no periódico científico Phytokeys e assinado por pesquisadores
de diferentes instituições, incluindo o baiano Paganucci, a estudante
canadense e um profissional do Instituto de Pesquisas do Jardim Botânico
do Rio de Janeiro (RJ). No mesmo trabalho, os autores descreveram três
outros gêneros de planta e redefiniram o tamanho de mais sete gêneros.
“O pau-brasil é agora de uma linhagem única, não está nais relacionado a
outras”, informa Paganucci, ressaltando que o trabalho de correta
classificação taxonômica só foi possível graças ao estudo de sequência
do DNA da planta típica da mata atlântica e que, devido a uma série de
fatores, está ameaçada de extinção. De acordo com o artigo, menos de 7%
do bioma se encontra intacto no Brasil. Nos trabalhos de campo recentes,
os pesquisadores testemunharam evidências de tráfico da madeira de cor
avermelhada.(EM)
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