João Luiz Mauad aborda, em artigo publicado no Instituto Liberal,
a nefasta ideologia de gênero, comentando a experiência de um casal
paulista, que transformou seu filho numa verdadeira cobaia de
laboratório. É uma negação brutal da biologia e da natureza. Esses pais
são crápulas que merecem cadeia:
Antes da
mais nada, gostaria de alertar para o fato de que o comentário abaixo
não tem nada a ver com liberalismo, conservadorismo ou esquerdismo, mas
com psicologia, sociologia, antropologia e biologia. Sim, eu sei que a
ideologia de gênero é uma tese abraçada por alguns setores da esquerda,
mas não é disso que pretende tratar esse texto.
O UOL publicou ontem uma matéria
em que destaca um casal e seu filho (ou filhx, como alguns gostam de
dizer) de dois anos, criado de acordo com a mais estrita igualdade de
gênero. Segundo a matéria,
“Mica
tem dois anos e apenas os cuidadores, como os seus pais biológicos
preferem ser tratados, sabem o seu sexo. Um dia, a criança sai com um
vestido rosa cheio de babados e, no seguinte, com um bermudão azul. Fora
o visual, nem mesmo o nome de Mica entrega seu gênero de nascimento,
porque a educadora Mariana Vieira Carvalho, 29, escolheu um nome que
soasse neutro.
(…)
Mariana,
ao lado de Raul Almeida Carvalho, 31, decidiu que a neutralidade tinha
de vir desde o nome de registro. “Foi difícil porque não há muitas
opções contemporâneas. E a gente teve o cuidado de não colocar nenhum
nome que pudesse causar um constrangimento futuro.””
Para dar
respaldo à matéria, a reportagem foi buscar a palavra do terapeuta
sexual Breno Rosostolato, professor da Faculdade Santa Marcelina, em São
Paulo. De acordo com o especialista, nomear uma criança com um termo
que não entregue o sexo de nascimento ajuda a criar uma pessoa mais
livre dos estereótipos de gênero, mas não é o bastante.
“A criança precisa ter condições de se representar do jeito que ela quiser e principalmente ter essa representação respeitada”.
O
terapeuta diz ainda que, aos cinco anos, uma pessoa já tem compreensão
de si para se dizer homem ou mulher. “E se a criança cresce em um
ambiente que respeita essa expressão dela por um gênero, isso dá forças
para enfrentar preconceitos. A criança eventualmente vai sofrer, mas com
o apoio dos pais tudo se torna mais fácil.”
Ora,
independentemente de qualquer argumento científico e do wishfull
thinking dos experts, é inegável que (ainda) vivemos numa sociedade
repleta de padrões e vinculada a um sem número de tradições. Viver fora
desses padrões ou desrespeitar certas tradições pode ser muito difícil,
até doloroso, eu diria, principalmente para as crianças, que ainda não
desenvolveram defesas suficientes contra o preconceito – principalmente o
preconceito oriundo da convivência com outras crianças, as quais ainda
não desenvolveram freios que impeçam a discriminação escancarada.
Portanto,
o que os pais daquela criança estão fazendo é uma violência contra seu
filho/filha, não importa quão bem intencionados estejam – sim, eu me
recuso a pensar que estejam fazendo isso com aquela criança apenas para
obter seus 15 minutos de fama, como afirmam alguns.
No mais,
pesquisas científicas sérias (não citadas nem de raspão na matéria)
comprovam que as escolhas individuais relacionadas a profissões,
brincadeiras, etc. são influenciadas principalmente por aspectos
biológicos (genéticos e hormonais), além da cultura e da educação. Quem
tiver interesse em aprofundar-se no tema, sugiro que comece assistindo a
este documentário, não por acaso produzido na Noruega, pátria mãe da chamada ideologia de gênero. Vale cada minuto.
Ademais,
fica aqui o meu apelo: independentemente das suas certezas, pensem no
sofrimento que vocês podem impor aos seus pequeninos quando resolverem
educá-los muito fora dos padrões e tradições de determinado lugar.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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