Matéria de Ary Filgueira, publicada no blog de meu caro amigo Paulo Roberto de Almeida,
denuncia a atuação petista no centro de pesquisas agropecuárias que é
referência internacional. O pior de tudo é que os petistas continuam lá,
esfacelando com sua incompetência o que ainda resta. A diretora de
Administração e Finanças, indicada pela senadora Gleisi "Narizinho"
Hoffmann - investigada na Lava-Jato -, mantém o cargo, praticando
"barbeiragens" devastadoras. Malditos petistas:
A
Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) sempre foi
considerada uma ilha de excelência técnica. Depois de mais de 13 anos
sob administrações petistas, transformou-se em mais uma estatal que o PT
teve a proeza de desmantelar. E essa não é a única má notícia para os
que zelam pela aplicação correta dos recursos públicos. A ascensão de
Michel Temer à Presidência não impediu que os petistas permanecessem até
hoje no comando dos postos-chave da estatal. Ou seja, o horizonte é
ainda mais nebuloso. Documentos obtidos por ISTOÉ retratam um cenário
caótico. Desde dívidas tributárias milionárias, devido a uma péssima
administração, a denúncias graves por desvios de recursos. A unidade da
Embrapa em Brasília, por exemplo, até hoje paga parcelas de uma multa
milionária por descumprir a legislação tributária. Uma auditoria interna
do órgão também apontou que o dinheiro obtido com a venda das safras de
milho cultivadas anualmente simplesmente tem desaparecido. O desfalque
pode chegar a quase R$ 6 milhões.
O
aparelhamento do PT na Embrapa começou no governo Lula, foi ainda mais
acentuado com Dilma Rousseff e resiste até hoje, mesmo com a gestão do
novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP). O presidente da estatal
Maurício Antônio Lopes foi nomeado a pedido da própria Dilma. Já sua
subordinada Vânia Beatriz Castiglioni, diretora de Administração e
Finanças, não esconde de nenhum funcionário que é filiada ao PT e
afilhada política da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Vânia é
personagem principal em uma dessas irregularidades na gestão da Embrapa.
Uma de suas decisões grosseiras custou aos cofres da empresa pública R$
20 milhões referentes à multa por não recolhimento de tributos à
Receita Federal. A dívida, originalmente, foi estipulada em R$ 40
milhões, mas a assessoria jurídica da Embrapa conseguiu reduzir para R$
23 milhões. O montante foi parcelado em 60 vezes e, até agora, foram
pagas cerca de 20 parcelas. Porém, por desleixo com os recursos
públicos, as parcelas são sempre pagas com atraso e, por isso,
corrigidos com juros altíssimos. Conforme está descrito no Documento de
Arrecadação de Receitas Federais (Darf) de 22 de agosto de 2016 a dívida
principal era de R$ 399 mil. Mas, devido ao atraso, passou para R$ 873
mil, mais que o dobro. Procurada para explicar o motivo da multa, a
Receita Federal explicou que "devido ao sigilo fiscal, não comentaria o
caso de contribuintes específicos".
A negligência petista
A
Embrapa devia R$ 23 milhões em tributos à Receita que deveriam ser
pagos em parcelas de R$ 399 mil, mas devido ao desleixo da diretora
petista do órgão, que pagava com atraso, a prestação subiu para R$ 873
mil. Em sindicâncias internas, verificou-se também o desaparecimento de
dinheiro arrecadado com a venda de alimentos produzidos nos campos
experimentais
BARBEIRAGEM:
Vânia Beatriz Castiglioni, diretora de Administração e Finanças da
Embrapa, é afilhada da senadora Gleisi Hoffmann. Suas decisões
equivocadas geraram um prejuízo de R$ 20 milhões à estatal
Móveis na fogueira
Em
um episódio anterior, Vânia chegou a ser investigada pela
Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades na criação da
Embrapa Internacional, nos Estados Unidos, que acabou interrompida pelo
Ministério da Agricultura. A iniciativa foi feita sem ser submetida ao
conselho de administração da estatal. No relatório, a CGU lança suspeita
sobre uma empresa que financiou o projeto, a Odebrecht na Venezuela,
que bancava as ações da Embrapa no país vizinho. O negócio teve apoio
dos ex-presidentes Lula e Hugo Chávez. A CGU apontou a iniciativa como
irregular.
Mesmo
quando não aparece sua digital nas irregularidades, Vânia acaba pagando
por omissão. Um parecer da assessoria jurídica da Embrapa obtido por
ISTOÉ culpou a diretora por não acompanhar a sindicância que detectou
desvio de recursos da venda de safras de milho cultivada em 70 hectares
da Embrapa Hortaliças, situada na cidade do Gama. Além de desaparecer
com o dinheiro, o chefe-geral da unidade, Jairo Vidal Vieira, este
ligado ao grupo do ex-ministro Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete
de Lula, também não revelava o montante arrecadado por ano com a venda
do alimento. Servidores do setor contaram que cada hectare produz 150
sacas. Cada uma é vendida a R$ 50. Sob essa conta, o total vendido por
ano seria de R$ 525 mil. A prática delituosa ocorre desde 2006, quando
Lula era presidente.
Como
se não bastassem esses prejuízos, a administração do departamento de
hortaliças da Embrapa ainda queimou em uma fogueira, durante três dias,
peças do mobiliário antigo que iria para leilão, como mesas, cadeiras e
bancadas de laboratórios. A ordem era limpar o galpão para receber a
ilustre visita da senadora Kátia Abreu,à época ministra da Agricultura. A
PF investiga o caso – mais um exemplar, entre tantos, da delituosa
gestão petista.
BLOG ORLANDO TAMBOSI
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