MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Salvador ganha primeira escola hospitalar domiciliar do Brasil


Programa vai atender cerca de 2 mil crianças este ano

por
Chayenne Guerreiro
Publicada em TRIBUNA DA BAHIA
Foto: Romildo de Jesus
A partir de agora, Salvador passa ter a primeira Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar, batizada de Irmã Dulce. A iniciativa é pioneira do segmento no Brasil e consolida o Programa de Classe Hospitalar e Domiciliar da capital baiana, que tem como objetivo assegurar o atendimento escolar durante o período de hospitalização ou internação domiciliar de crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Apesar de ter surgido há 14 anos, somente agora a ideia ganha cara de escola: Terá unidade fixa em Amaralina, que servira de ponto de encontro para cerca de 47 professores, diretora e programação pedagógica.
A ideia é oferecer ensino as crianças internadas em cerca de 13 hospitais da capital baiana, que estão incapacitadas de irem a escola. “Estamos concretizando um sonho de mais de mil crianças que todo ano dependem de tratamento hospitalar e com o ensino conseguem renovar a esperança da vida. Falando com as crianças conseguimos ver o quanto essas aulas tem a força de estimular na recuperação e garantir que possam ter suas vidas preservadas com arte, educação e musica.
O melhor de tudo, é que com a inauguração da Escola Municipal Hospitalar e Domiciliar, Irmã Dulce, esse programa passa a ser fixo, ninguém nunca vai conseguir acabar. É uma escola reconhecida pelo MEC, com sua diretora, seu programa pedagógico, e 47 educadores somente dedicados a ela. São R$ 5 milhões por ano e pretendemos ampliar cada vez mais o programa,”
São oferecidas aulas a aqueles alunos que não podem ir à escola. Pela manhã, acontece o atendimento individualizado nos leitos, onde o conteúdo passado a criança é aquele indicado pela escola que ele já frequentava. “O objetivo é que o pequeno não sofra defasagem quando voltar a sala de aula habitual. Muitas vezes suprimos aqui deficiências de alfabetização que a escola não supriu,” conta a coordenadora pedagógica do programa, Anaildes Bonfim.
Programa vai atender cerca de 2 mil crianças este ano
No período da tarde as aulas são realizadas nas salas dos hospitais participantes. O programa atinge desde crianças a jovens e adultos. As series são divididas por faixa etária, a educação infantil, que vai de 4 a 6 anos, e ensino fundamental, do primeiro ao nono ano. “São 45 professores que estão na Escola Irmã Dulce, que formalmente está em Amaralina, mas que na prática está em todas as classes hospitalares de Salvador. É iniciativa pioneira. Salvador passa à frente à política nacional de atendimento de educação em ambientes hospitalares. Se fosse só uma criança, o projeto já valeria à pena, porque é uma criança, que já está sofrendo por algum problema de saúde, uma situação atípica para o mundo infantil,” declarou o secretário de Educação Municipal, Guilherme Bellintani.
O programa de ensino hospitalar vai atender cerca de 2 mil crianças apenas nesse ano. Todos os professores foram qualificados para poder lidar com as dificuldades causadas pelas patologia. “São  professores que tem um histórico de experiência, de formação na área de atendimento domiciliar hospitalar, que agora passam a ser reconhecidos oficialmente.
A seleção das crianças que participam da escola é feita na própria instituição hospitalar, ou seja, dentro da coordenação de saúde do hospital, junto com nossa coordenação pedagógica, identificam a criança que precisa desse atendimento, por que vão ficar muito tempo internada,” explicou Bellintani.
Além do Hospital Irmã Dulce, outras instituições participam como: Martagão Gesteira, Santa Izabel, São Rafael, Roberto Santos, Aristides Maltez, Hospital do Subúrbio, entre outros.

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