Sete delas alegam a crise de falta de água como principal motivo.
Muitas afirmam enfrentar problemas financeiros por falta de verba.
Segundo dia de Carnaval em Oliveira teve desfile
do bloco Cain'água (Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
A Região Centro-Oeste é a que teve o maior número de desistência da festa. Foram 12 até o momento. Carmo Da Mata Itapecerica, Oliveira, Passa Tempo e São Francisco de Paula consideraram a crise hídrica como principal motivo. Sobre a questão, o prefeito de Passa Tempo,
Antonio Julio Costa (PSD), explicou que a cidade não possui represa.
“Se a água baixar demais, nós podemos ficar sem água. Imagina se
dobrasse a população?”, comentou ele, considerando migração de foliões
para o município.do bloco Cain'água (Foto: Anna Lúcia Silva/ G1)
Já Arcos, Cláudio, Carmópolis de Minas, Formiga e Moema não descartaram a economia de água, mas consideraram os baixos repasses de verbas ao município, por parte do governo, problema mais grave para justificar a suspensão. Além disso, o aumento significativo de público poderia afetar a segurança dos locais.
Outro exemplo é a cidade de Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Segundo a prefeitura, o local recebe, em média, dez mil foliões por ano. Com os reservatórios funcionando na capacidade mínima e política de racionamento adotada deste setembro de 2014, fazer uma festa carnavalesca poderia agravar os problemas de falta de abastecimento. Ainda na Região Central do estado, Itaguara e Santa Maria de Itabira também optaram pela suspensão da folia. A primeira diz enfrentar a “mais grave crise hídrica da história”, já Santa Maria de Itabira credita o impedimento ao déficit financeiro.
Mateus Leme suspendeu o carnaval.
(Foto: Divulgação/Prefeitura de Mateus Leme)
Mateus Leme, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, decidiu suspender o carnaval de rua na cidade por falta de recursos.
De acordo com a prefeitura, a cidade vai economizar cerca de R$ 300 mil
com a medida. O prefeito Marlon Guimarães (PDT) afirma ter priorizado a
conclusão de unidades de saúde e o pagamento do salário dos servidores,
ao invés do investimento na festa.(Foto: Divulgação/Prefeitura de Mateus Leme)
No Triângulo Mineiro, a cidade de Sacramento realiza os desfiles carnavalescos desde 1978. A arrecadação do município, segundo o Executivo, é insuficiente para arcar com o gasto de aproximadamente R$ 1 milhão, custo estimado da festa.
Na Zona da Mata, Santos Dumont também suspendeu o carnaval por falta de recursos.
Outras questões
Campina Verde, no Triângulo, cancelou a festa por determinação judicial. O Ministério Público proibiu gastos com o carnaval. Ainda assim, a prefeitura recorreu da decisão.
Em São Gonçalo do Pará, na Região Centro-Oeste, a folia sequer entrou no cronograma de festividades da cidade. A decisão de não fazer o carnaval veio da crise financeira que a cidade enfrenta. Conforme cita a prefeitura, a festa que no ano passado custou cerca de R$ 60 mil ao município.
* Com informações do G1 Triângulo Mineiro, do G1 Centro-Oeste e do G1 Zona da Mata.
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