Aluguel de laje por 2h em frente à Arena da Amazônia custa até R$1.500

Visão privilegiada do estádio da Copa em Manaus tem atraído turistas.
Estabelecimento registrou aumento de 50% no número de clientes.

Adneison Severiano Do G1 AM

Restaurante fica localizado a pouco metros da Arena da Amazônia (Foto: Muniz Neto/G1 AM)

A visão privilegiada da Arena da Amazônia - que recebe quatro jogos da Copa do Mundo em Manaus - tem favorecido um restaurante situado no entorno do estádio. O local tem atraído turistas nacionais e estrangeiros, que chegam a pagar até R$ 1.500 para permanecer por duas horas na laje do prédio. Enquanto o último pavimento do imóvel se tornou mirante para os visitantes, na parte inferior, a gastronomia típica da Região Amazônica é apreciada antes dos confrontos das seleções. O fluxo de clientes já cresceu 50% somente na estreia da capital amazonense no Mundial.

Apesar de não ter sido criada com foco na Copa há um ano e três meses, a peixaria Lapdus é um dos estabelecimentos comerciais que tem se beneficiado pelo evento esportivo, principalmente por ficar a poucos metros da Arena da Amazônia, na Rua Loris Cordovil, bairro Alvorada. (Veja vídeo ao lado)
A proprietária da peixaria, Elcinete Rolim, contou que apenas uniu o útil ao agradável durante o evento. No térreo e no primeiro andar do restaurante, pratos da culinária amazônica são os serviços oferecidos. Já a laje do prédio de dois andares tem sido usada como mirante, pois fica de frente para a Arena da Amazônia.

Empresária disse que não investiu diretamente
para Copa, mas juntou o útil ao agradável
(Foto: Muniz Neto/G1 AM)

"Antes do início do jogo entre Inglaterra e Itália, no dia 14, um grupo de italianos alugou a laje durante duas horas e cobrei R$ 1.500, que é um valor simbólico em relação aos preços que tem sido cobrado em outros estabelecimentos. Uma emissora estrangeira também quis alugar o espaço por mais tempo, mas preferi ficar alugando dessa forma. Só cobro para o pessoal de fora. Quando as pessoas daqui pedem para tirar uma foto eu libero, mas tem gente que exige pagamento de R$ 50 por uma foto", revelou.
Embora esteja usufruindo de um novo serviço, o estabelecimento manteve os preços dos pratos do cardápio mesmo ao longo do Mundial. "Investi na peixaria e na reforma do prédio não para Copa do Mundo. As pessoas pensam que vão ficar ricas com o Mundial, mas estamos aproveitando essa fase com o que surge. Não aumentamos os preços", comentou Elcinete Rolim.
O reflexo positivo da Copa em estabelecimentos, que comercializam bebidas e produtos alimentícios, já são percebidos desde primeiro jogo do Mundial, quando houve um aumento de 50% no fluxo de clientes. "Tive até que retirar móveis do restaurante para ter mais espaço para receber os clientes", acrescentou a proprietária da peixaria.

Localização tem favorecido restaurantes do entorno da Arena da Amazônia (Foto: Muniz Neto/G1 AM)