Lixo toma conta dos locais onde deveriam ter Ecopontos em Palmas

O planejamento da prefeitura previa cinco unidades na capital.
Galpão chegou a abrigar 30 mil pneus porque não foram reciclados.

Do G1 TO

No lugar de um dos Ecopontos de Palmas, lixo e
entulhos podem ser encontrados
(Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

A área localizada no fim da avenida NS-6, perto da quadra 404 Norte, e que deveria ser um dos Ecopontos de Palmas, se transformou em um depósito de lixo clandestino. Restos de um sofá, vidro quebrado e galhos de árvores, podem ser encontrados onde deveria ser um local de entrega voluntária de pequenos volumes de entulho. "Aqui é uma avenida, e não um aterro sanitário", reclama um dos moradores, o motoboy Ronisclay Vieira.
Na quadra 307 Norte, a situação é a mesma. O mato esconde um pouco da sujeira e é possível encontrar água parada se acumulando em pneus e até mesmo em uma panela. Os moradores se posicionaram contra a implantação do ponto de coleta de materiais para a reciclagem, dentro da quadra. A prefeitura suspendeu o projeto, mas o lixo continua sendo depositado irregularmente, sem fiscalização.

"Quando fiscalizar e punir as pessoas que jogam lixo de forma irregular, com certeza a população vai ficar com medo de jogar [lixo]", afirma o presidente da Associação dos Moradores da 307 Norte, Valmir Evangelista.
A Prefeitura de Palmas chegou a anunciar a construção de cinco Ecopontos. Três deles seriam implantados só na região norte. Mas o único que foi instalado e que fica perto da TO-050, está de mudança.
Próximo da rodovia, o galpão no qual funciona o Ecoponto tem 650 metros quadrados e chegou a armazenar cerca de 30 mil pneus de todos os tamanhos, recolhidos em oficinas e borracharias. Uma parceria entre a prefeitura e o Instituto Social Padre Magalhães. A entidade ficou responsável pelo aluguel da estrutura. A proposta era armazenar os pneus e reciclá-los, mas a dona do galpão disse que não foi isso que aconteceu.

Ecoponto de Palmas recebe pneus, mas também
tem problemas (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

"Os pneus estavam aqui cheios de água, jogados à mercê do tempo. No dia 20 de novembro completa sete meses que não recebo o aluguel. A prefeitura disse que vai pagar três meses, os outros quatro não sei quem vai pagar", explica Maria de Sousa Martins, dona do galpão.
Por conta disso, parte do material agora está sendo levado para o aterro sanitário e o restante para um novo galpão, que fica na quadra 1.102 Sul, alugado pelo município. O local será usado exclusivamente para guardar pneus.