Diária média na Copa é R$ 1,1 mil, aponta levantamento; no verão, R$ 438.
Presidente da Associação de Hotéis contesta e nega preços abusivos.
Levantamento da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) obtido pelo G1
mostra que os preços praticados por hotéis do Rio de Janeiro para a
Copa do Mundo do próximo ano chegam a ser duas vezes e meia superiores à
diária média da alta temporada de verão e quase 50% maiores que os
cobrados para o período do Réveillon 2013-2014.
O presidente da Associação Brasileira de Hotéis contesta as informações e nega que os hotéis estejam praticando preços abusivos (veja mais abaixo). Nesta quinta-feira (7), o Ministério da Justiça informou que notificou as principais redes hoteleiras e associações de hotéis para explicar em 48 horas os indícios de preços abusivos cobrados para o período da Copa do Mundo.
Para fazer o levantamento, a Embratur informou que consultou pela
internet, nesta quinta-feira (7), os preços de 16% da rede hoteleira da
cidade (128 hotéis de todas as categorias). A empresa mensura a cada 15
dias os valores das diárias dos dez principais destinos de lazer no
Brasil e dos dez principais destinos de negócios.
A consulta foi motivada pelo argumento da rede hoteleira, que, procurada pela Embratur para negociar a redução de preços, justificou que as tarifas na Copa serão as mesmas da alta temporada.
Segundo o levantamento da Embratur, a média da diária cobrada para janeiro de 2014, durante o verão carioca, é de R$ 438,03. Para o Réveillon, pico de demanda dos turistas, é de R$ 739,87. Na Copa, R$ 1.105,11.
Para o presidente da Embratur, Flávio Dino, a exorbitância dos preços pode estigmatizar o Brasil como um destino turístico caro. “A vantagem de sediar a Copa é atrair turistas e fidelizá-los. Com preços altos, isso não acontece”, afirma.
Segundo o presidente da estatal, o principal fator para o aumento dos preços foi o início das atividades da Match, operadora da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que está comercializando quartos de hotéis para os turistas que virão ao Brasil para assistir os jogos. A empresa contratou os quartos dos estabelecimentos e centraliza a oferta em um site.
De acordo com a Embratur, a Match está concentrando entre 19% e 45% da oferta de quartos, a depender da cidade. Se consideradas as acomodações de três, quatro e cinco estrelas, o percentual varia entre 60% e 70%.
“Eles estão numa posição de monopólio. A solução ideal seria um acordo para devolverem esses quartos para o mercado, porque isso ampliaria a oferta”, sustentou Dino.
Procurada por intermédio da assessoria da Fifa, a assessoria da Match informou por e-mail que responderá neste fim de semana.
Hoteleiros contestam
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Fermi Torquato, contestou os argumentos da Embratur e disse que não há preços abusivos. "Dizer isso, que vai subir preço, é coisa de quem não tem informação direito", afirmou Torquato.
Segundo ele, ao contrário do que diz a Embratur, a Match evitou que os preços fossem reajustados à revelia dos proprietários dos hotéis.
Torquato disse que a operadora da Fifa procurou os estabelecimentos em 2007, assim que as cidades-sede da Copa 2014 foram escolhidas e fechou um pré-contrato, tomando por base os preços praticados à época definindo quais seriam os percentuais de reajuste.
“Eles já fazem isso há oito Copas. Sabem como fazer para evitar essas exorbitâncias”, afirmou.
Torquato questiona também a metodologia utilizada nos levantamentos da Embratur. Ele disse que já teve problemas com outros levantamento da instituição e que falou sobre o assunto tanto com Flávio Dino quanto com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, mas que não houve consenso.
O presidente da Associação Brasileira de Hotéis contesta as informações e nega que os hotéis estejam praticando preços abusivos (veja mais abaixo). Nesta quinta-feira (7), o Ministério da Justiça informou que notificou as principais redes hoteleiras e associações de hotéis para explicar em 48 horas os indícios de preços abusivos cobrados para o período da Copa do Mundo.
A consulta foi motivada pelo argumento da rede hoteleira, que, procurada pela Embratur para negociar a redução de preços, justificou que as tarifas na Copa serão as mesmas da alta temporada.
Segundo o levantamento da Embratur, a média da diária cobrada para janeiro de 2014, durante o verão carioca, é de R$ 438,03. Para o Réveillon, pico de demanda dos turistas, é de R$ 739,87. Na Copa, R$ 1.105,11.
Para o presidente da Embratur, Flávio Dino, a exorbitância dos preços pode estigmatizar o Brasil como um destino turístico caro. “A vantagem de sediar a Copa é atrair turistas e fidelizá-los. Com preços altos, isso não acontece”, afirma.
Segundo o presidente da estatal, o principal fator para o aumento dos preços foi o início das atividades da Match, operadora da Federação Internacional de Futebol (Fifa), que está comercializando quartos de hotéis para os turistas que virão ao Brasil para assistir os jogos. A empresa contratou os quartos dos estabelecimentos e centraliza a oferta em um site.
De acordo com a Embratur, a Match está concentrando entre 19% e 45% da oferta de quartos, a depender da cidade. Se consideradas as acomodações de três, quatro e cinco estrelas, o percentual varia entre 60% e 70%.
“Eles estão numa posição de monopólio. A solução ideal seria um acordo para devolverem esses quartos para o mercado, porque isso ampliaria a oferta”, sustentou Dino.
Procurada por intermédio da assessoria da Fifa, a assessoria da Match informou por e-mail que responderá neste fim de semana.
Hoteleiros contestam
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Fermi Torquato, contestou os argumentos da Embratur e disse que não há preços abusivos. "Dizer isso, que vai subir preço, é coisa de quem não tem informação direito", afirmou Torquato.
Segundo ele, ao contrário do que diz a Embratur, a Match evitou que os preços fossem reajustados à revelia dos proprietários dos hotéis.
Torquato disse que a operadora da Fifa procurou os estabelecimentos em 2007, assim que as cidades-sede da Copa 2014 foram escolhidas e fechou um pré-contrato, tomando por base os preços praticados à época definindo quais seriam os percentuais de reajuste.
“Eles já fazem isso há oito Copas. Sabem como fazer para evitar essas exorbitâncias”, afirmou.
Torquato questiona também a metodologia utilizada nos levantamentos da Embratur. Ele disse que já teve problemas com outros levantamento da instituição e que falou sobre o assunto tanto com Flávio Dino quanto com o ministro do Turismo, Gastão Vieira, mas que não houve consenso.
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