MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Em festival no RS, diretor na OMT defende regionalização do turismo


Brasileiro Márcio Favilla atua há quase quatro anos no órgão da ONU.
Economista apresentou painel sobre sustentabilidade no Festuris.

Felipe Truda Do G1 RS

Economista mineiro Márcio Favilla vê o setor turístico brasileiro em um bom ritmo de desenvolvimento (Foto: Felipe Truda/G1)Economista mineiro Márcio Favilla vê o setor turístico
brasileiro em um bom ritmo de desenvolvimento
(Foto: Felipe Truda/G1)
Há quase quatro anos atuando como diretor executivo de Competitividade, Relações Externas e parcerias da Organização Mundial do Turismo (OMT) das Nações Unidas, o economista mineiro Márcio Favilla vê o setor turístico brasileiro em um bom ritmo de desenvolvimento. Após apresentar um painel sobre sustentabilidade no Festival de Turismo de Gramado (Festuris), na cidade da Serra do Rio Grande do Sul, Favilla se mostrou empolgado com a situação do setor no país.
Para ele, um dos grandes exemplos de iniciativas é a regionalização do turismo, como ocorre na serra gaúcha, onde as cidades combinam atrativos com características em comum para atrair visitantes. O diretor explica que se procura desenvolver destinos associando cidades de várias regiões.
“O turismo vem se desenvolvendo muito nos últimos 10 anos. O brasileiro viaja cada vez mais pelo país e ao exterior. A situação econômica e também as ofertas de produto turístico que se busca fazer contribuem com isso. Desde a criação do Ministério do Turismo, são realizadas iniciativas que antes não eram feitas, de diversificação de destinos no país”, disse Favilla, que atuou na pasta do governo federal como secretário executivo entre 2003 e 2007.
Em comparação com outros países de alto potencial turístico, o economista acredita que ainda há um caminho a ser percorrido. O atalho, para ele, é a realização da Copa do Mundo. Otimista com os andamentos das obras, Favilla destaca o legado que permanecerá nas cidades-sede depois do Mundial.
“Ninguém se organiza para um momento de pico em termos de investimento permanente para que eles fiquem o resto do tempo sem uso”, afirmou. “É um momento de mobilização de recursos para que os investimentos que não seriam realizados o sejam, e os que seriam realizados no futuro sejam antecipados”, destacou.
O economista acredita que os benefícios para o setor turístico e a população andam juntos. “O turismo só pode ser bom para o turista, seja do mesmo país ou de fora, quando é bom para a população que lá vive”, destacou.
Favilla vê o Brasil no mesmo caminho de países que vêm se desenvolvendo no turismo graças a políticas de longo prazo, como Malásia e Turquia. No entanto, não relaciona a situação do país com nações europeias.
“É uma comparação que não se coloca. A Europa é o principal emissor de turistas do mundo, em que se levar em consideração a posição geográfica”, afirmou.
Natural de Belo Horizonte e formado em economia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Fabilla tem mestrado em estudos de desenvolvimento pelo Instituto de Estudos Sociais de Haia, na Holanda.
No painel apresentado no congresso da Festuris, ele destacou a importância do setor turístico nacional na preservação da natureza. “O Brasil tem a maior biodiversidade do planeta, e tem neste atrativo ambiental algo próprio. E o turismo é um veículo para ajudar a preservar e conservar”, afirmou.
Ele disse ainda que um estudo elaborado pela OMT em conjunto com o órgão ambiental da ONU apontou que ações pró-natureza rendem. “O relatório aponta que o investimento em sustentabilidade é um dos que mais retorno dão”, disse.

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