MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Divulgador acreano diz ter investido quase R$ 300 mil na Telexfree


Jailson Lira espera que atividades da empresa sejam liberadas.
Telexfree e Ministério Público participam de audiência nesta quinta (14).

Rayssa Natani e Yuri Marcel Do G1 AC

Jailson telex acre  (Foto: Rayssa Natani/G1)Jailson acredita que liberação das atividades da empresa está próxima (Foto: Rayssa Natani/G1)
"Investi quase R$300 mil", contou o divulgador da Telexfree Jailson Lira, enquanto esperava a chegada do diretor da empresa Carlos Costa, ao Acre, nesta quarta-feira (13). Ele era uma das centenas de investidores que foram ao Aeroporto Internacional Plácido de Castro, em Rio Branco, para receber a comitiva que veio ao estado para acompanhar a audiência de conciliação entre os advogados da empresa e o Ministério Público do Acre (MP-AC), na quinta-feira (14).

Lira disse ter esperança que as atividades da empresa, bloqueadas desde junho de 2013, sejam liberadas logo. Assim, como muitos divulgadores, ele repete como um mantra que a empresa realizou 'sonhos' de muitas pessoas e que é um projeto 'grandioso' presente em vários países.

"Não tenho dúvida [que a empresa seja liberada]. É uma empresa que tem realizado sonhos de muitos divulgadores. O Brasil se tornou pequeno, hoje ela está em mais 171 países pelo mundo. Hoje minha confiança dobrou, antes eu confiava pelo que fez principalmente em minha família. Agora é uma certeza que quem trabalha faz com que ela cresça e vai ter sucesso", diz.

O homem acredita ainda que problemas como o da Telexfree devem ser resolvidos com a regulamentação das empresas de marketing multinível no país. Ele pede ainda que outros divulgadores não percam a esperança de ver a empresa novamente. "Não é legalizado, mas com certeza o país vai rever isso aí e muita coisa vai mudar", conclui.
Centenas de investidores da Telexfree recebem, no Aeroporto Internacional de Rio Branco (AC), o diretor da empresa, Carlos Costa. Um dos principais acionistas da Telexfree, ele está no Acre para acompanhar audiência de conciliação na Justiça. (Foto: Odair Leal/Folhapress)Centenas de investidores da Telexfree recebem, no Aeroporto Internacional de Rio Branco (AC), o diretor da empresa, Carlos Costa. Um dos principais acionistas da Telexfree, ele está no Acre para acompanhar audiência de conciliação na Justiça. (Foto: Odair Leal/Folhapress)
Audiência
Um dos principais acionistas da Ympactus Comercial LTDA, razão social da empresa conhecida como Telexfree, o empresário Carlos Costa chegou ao Acre, nesta quarta-feira (13), para participar de uma audiência de conciliação a ser realizada pela 2ª Vara Cível no Fórum Barão do Rio Branco. Com ele vieram, além dos advogados da empresa, líderes de diversos grupos da Telexfree no país.

Ao sair da sala de desembarque, o diretor foi ovacionado pelos divulgadores locais que o esperavam no saguão. Costa considerou sua chegada ao Acre como um bom sinal para a empresa, impedida pela Justiça de operar desde o último dia 18 de junho. "É uma vitória", comentou.

Entenda o caso
A Telexfree está impedida de realizar pagamentos e cadastros de divulgadores, como são chamadas as pessoas que investem na Telexfree, desde o dia 18 de junho de 2013. A empresa é acusada pelo MP-AC de realizar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível.

O bloqueio às atividades causou descontentamento e alguns dos divulgadores realizaram diversas manifestações de protesto em todo o país. No Acre, eles chegaram a fechar as pontes que ligam o primeiro ao segundo distrito da capital, Rio Branco.
Nos meses seguintes ao bloqueio, os advogados da Telexfree entraram com uma série de recursos na Justiça acreana pedindo a liberação das atividades. Todos, no entanto, foram negados.

No final de setembro, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) Cezarinete Angelim, deferiu o pedido para que o caso fosse analisado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Com o intuito de dar preferência à Ação Civil Pública que está sendo movida pelo Ministério Público do Acre, a juíza Thaís Borges, tem indeferido os pedidos individuais de ressarcimento que estão sendo movidos por diversos divulgadores.

A juíza ainda indeferiu o pedido de inversão do ônus da prova, que havia sido feito pelo Ministério Público. Dessa forma, o MP-AC é que terá que apresentar provas de que a Telexfree funcionaria como esquema de pirâmide.

A última decisão da magistrada tomada na última sexta-feira (18) foi de liberar parte do dinheiro da empresa Telexfree, para que sejam pagas parcelas da construção de um hotel no Rio de Janeiro de posse da empresa. A quantia liberada não foi revelada.

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