MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 10 de novembro de 2013

Diante do valor da consulta, pediatras param de atender por plano de saúde


Unimed confirma descredenciamentos, mas fala em renovação de médicos.
Sociedade Paranaense de Pediatras diz que valor por consulta é baixo.

Do G1 PR, com informações da RPC TV Curitiba

A Sociedade Paranaense de Pediatria afirma que médicos estão deixando de atender pelos planos de saúde porque o valor repassado é insuficiente para manter o consultório. Em média, por consulta, o pediatra recebe de R$ 40 a R$ 50. Essa quantia, de acordo com a entidade, representa menos da metade do valor necessário.
A falta de especialistas já foi percebida pelos usuários dos planos de saúde. Em muitos casos, o paciente precisa esperar mais de um mês para conseguir agendar um horário. E, conforme avaliação do presidente da Associação Paranaense de Pediatria, Gilberto Pascolat, a tendência é que a dificuldade aumente já que alguns optaram por fechar os consultórios.
“Esse custo que está agregado ao valor da consulta, que eles acham que estão economizando pagando uma remuneração muito baixa, está saindo muito caro porque está agregando valores de procedimento, valores de exames laboratoriais, exames de imagens que acabam encarecendo muito mais para o plano de saúde”, disse Pascolat.
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Se você consultar o seu filho dez vezes por mês com dez médicos distintos, podem ser ótimos médicos, mas não será a mesma coisa"
Donizetti Gianberardino, diretor do Hospital Pequeno Príncipe
A Unimed, a maior operadora de planos de saúde em Curitiba, confirmou o descredenciamento de pediatras, mas informou também que o número de médicos que ingressam tem sido maior do que o dos que saem.
O que se percebe é que a falta de pediatras, que atendem nos consultórios, obriga os pais a procurarem os setores de emergência ou ambulatórios dos hospitais. Nesses locais, portanto, aumenta a procura por médicos, e as consultas também costumam demorar mais.
O hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, é referência no atendimento infantil. O local tem um setor que atende somente crianças com plano de saúde. São vários pediatras, mas, em dias de grande movimento, a espera pode chegar a quatro horas. Nas áreas de emergência, quase sempre o médico não conhece a história do paciente, ao contrário de um pediatra que acompanha o crescimento da criança cada vez que ela vai ao consultório.
“Se você consultar o seu filho dez vezes por mês com dez médicos distintos, podem ser ótimos médicos, mas não será a mesma coisa”, afirmou o diretor do Hospital Pequeno Príncipe, Donizetti Gianberardino.

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