MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

COMO SERÃO OS NOSSOS FUTUROS MÉDICOS ESCOLHIDOS PELO MINISTÉRIO DA SAÚDE?


         Sou funcionário público de estado. Sei que muitos pensam que funcionário público de carreira manda  em alguma coisa no governo, mas isto é um grande engodo....Lá em cima no topo, quem normalmente manda é um funcionário de confiança-indicado que muitos chamam de públicos. Estes indicados viram autoridades, que em alguns casos, pelo que percebemos na mídia, se preocupam mais em atender aos interesses restritos das elites políticas governamentais e dos grupos de empreiteiras e prestadoras de serviço.  Pelo menos, reitero, é o que vemos nos jornais, suas notícias e conclusões, como por exemplo, aquele de um rombo de 450 milhões que o Secretario executivo não percebeu, mas a Polícia Federal sim; outro dia vimos uma funcionária indicada federal em São Paulo, ter os seus advogados pagos por um amigo oculto no valor de R$ 50.000,00 reais ao mês ou mais em um processo da Justiça Federal/PF contra ela; além de que os índices sociais para a sétima nação mais rica do mundo quanto a saúde, educação e segurança são lastimáveis. Países da América do Sul, Central e até da África tem índices de desenvolvimento humano – IDH  melhores que os nossos.
      Mas e isto tem a ver com nossos futuros médicos?
      Façam uma comparação:
      1-  Os Conselhos de Medicina são formados por médicos eleitos por outros médicos, e estes após verem os documentos de outros – talvez ou não médicos, formados em outros países  lhes dariam  ou não o famoso CRM. Às vezes tais novos médicos fazem uma prova chamada REVALIDA. Às vezes vemos setores das universidades federais envolvidos no processo. Estes conselhos defendem a classe médica, seus interesses e assim contribuem de fato para a qualidade dos médicos que chegam ao mercado – eles tem poder de influência na mídia até para exigir um ensino melhor de nossas faculdade particulares. Se não o fizerem dão um tiro no pé quanto a respeitabilidade que  devem ter. Há uma boa credibilidade no processo, sem dúvida. Além disso, os órgãos judiciais podem vir a ser questionados no caso de disparidades.
      Mas como será agora – e daí nasce  minha preocupação.
      Vejam bem, eu não estou dizendo que vai ser como abaixo. Mas  leitor, isto pode ou não pode vir a acontecer?
       2- Os futuros médicos receberão seu CRM do Governo Federal.  Um funcionário do ministério da saúde dirá se o doutor "A" pode vir a trabalhar no Brasil.  Lá nesta secretaria, a ser criada, um funcionário (provavelmente de confiança - indicado) público terá a sua frente uma série de pastas com diplomas, requerimentos e provavelmente cartões de pedidos ou informações de uma secretaria ou assessoria.
     O que provavelmente deveria acontecer é:
a - toda a documentação apresentada em língua estrangeira haveria de ser traduzida por tradutor juramentado para  se saber se o que está escrito em Russo, Coreano, Chinês, Senegalês, Africanês, indiano e espanhol é realmente aquilo que o propenso diploma diz ser.
b- Que o Ministério da Saúde deveria ter uma relação atualizadíssima das faculdades de medicina pelo mundo, isto englobando grade curricular, horário integral, laboratórios, nível acadêmico dos professores, estágio em hospitais etc.
c- Depois disso o futuro doutor vindo do exterior deveria sofrer uma entrevista  por dois ou três médicos de fato, professores de faculdade para uma avaliação subjetiva e OBJETIVA da capacidade do futuro doutor... Estes médicos deveriam fazer o revalida – que dizem ser uma prova para conhecimentos básicos em emergência  e assim depois desta “via crucis”  receberiam por dois anos o CRM provisório e iriam trabalhar na rede pública onde a realidade brasileira o avaliaria finalmente.   
     Agora vocês acham que isto acima será feito pelo governo na pressa de colocar médicos no mercado?
     Lembrem-se as eleições estão próximas......... E o congresso nacional apoiou.
    Olhando para a situação dos hospitais públicos, das escolas, da violência generalizada da baixa qualidade dos nossos serviços públicos, aqueles que pagamos com os nossos gigantescos impostos, você acha que o processo meticuloso acima, que talvez seja feito em parte pelas  universidades federais e conselhos de medicina, será feito por uma secretaria de um ministério  se nem sabemos se tais funcionários indicados por questões políticas e partidárias tem  tempo e capacidade técnica/ profissional de julgar os pedidos de CRM?
      Em  breve estes futuros médicos invadirão para sempre as redes de plano de saúde, hospitais públicos, consultórios.... E como ficamos? Todos os lúcidos do Brasil sabem que o nossos problemas nos hospitais públicos são três: baixos salários para a carga horário, extrema violência em alguns locais pela superlotação  entre outros fatores  e a falta de remédios e equipamentos.
     O problema é que em tempo de eleição em vez de se investir na qualidade dos serviços se investe em uma solução imediatista  diante de uma massa pública que não tem grande capacidade de avaliar os novos médicos na rede pública e, dizem, também se resolverá uma série de problemas  de amigos dos governo que querem ser médicos no Brasil.
     Finalizando, é certo que nesta multidão de médicos que irão adentrar no Brasil haverá bons médicos, talvez excelentes, porém vamos esperar para ver se existirão bons futuros médicos... e quantos serão bons? 
      E como ficaremos nós brasileiros no final?   
      COLABORAÇÃO DO CMG FN RRM EDUARDO S. MUNIZ  - http://sociedademilitar.com.br  

Nenhum comentário:

Postar um comentário