Renato Alban
A TARDEAproveitando esse crescimento, empresas organizadoras de solenidades, missas e festas de formatura têm se consolidado e colocado a celebração dos diplomas no topo do mercado de eventos. Na Bahia, empresas tradicionais, como a Orttis Formaturas e Eventos, a Cadu Formaturas e a 3º Grau Formaturas, dominam os principais eventos do setor na Bahia.
Juntas, elas organizam a formatura de 4,5 mil a 6 mil alunos por ano. As três se beneficiaram do boom das faculdades particulares, promovido pela ascensão da classe C. "Os formandos da classe C estão muito ativos no mercado de formaturas. Os familiares deles vibram muito com essa conquista, mais do que os de alunos das classes A e B", diz Emília Chaves, sócia da 3º Grau.
As empresas tradicionais souberam aproveitar o momento e diminuir o número de parceiras e associadas, como empresas de fotografia e filmagem, de bufês e de convites. "Temos que verticalizar - e não mais terceirizar - os serviços", diz o gerente da Cadu, Rômulo Júnior. O plano do músico e empresário Paulo Orttis, sócio da Orttis, é que, em alguns anos, a empresa só alugue o mobiliário.
Apesar do amadurecimento das empresas mais tradicionais, novas organizadoras de formaturas conseguiram crescer e se consolidar no campo. Esse foi o caso da Caco de Telha Formaturas, do grupo da cantora Ivete Sangalo. Fundada há sete anos, a empresa começou com 600 formandos e, no ano passado, fez a formatura de 3,5 mil alunos na Bahia. Em todo Norte-Nordeste, foram 11 mil.
"Fazemos a colação de grau nos moldes da formatura americana, com todas as turmas da faculdade juntas", diz o diretor da empresa, Kleber Sangalo. A Caco de Telha aposta em faculdades particulares que ofertam muitos cursos com turmas pequenas - com até 20 alunos.
Mas a Caco de Telha não foi a única a se beneficiar dessas instituições. "Um estudo nosso mostrou que há 28 empresas que fazem formatura na Bahia", diz Kleber. Uma das novas organizadoras é a Salvador Formatura.
Com uma média de 600 a 1,2 mil alunos por ano, a empresa já amplia a sede para prestar mais serviços. Para o diretor, Jeferson Vieira, o que permitiu a sobrevivência do negócio foi a Vídeo Close Produções, estúdio dos mesmos donos que tem 20 anos de experiência no ramo.
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