MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Bienal do Livro entretém visitantes com debates e obras

Thalita Lima
A TARDE
  • Margarida Neide | Ag. A TARDE
    Entre os 385 expositores, há editoras conhecidas e menos populares, universitárias, stands de revist
Com um horizonte cheio de obras para explorar, os corredores da XI Bienal do Livro, no Centro de Convenções, oferecem espaço para quem quiser pesquisar com calma seus títulos preferidos.
Entre os 385 expositores, se apresentam editoras conhecidas e menos populares, universitárias, stands de revistas, de quadrinhos e uma área específica para as editoras baianas. O vazio dos corredores muitas vezes pode ser justificado pela concentração nos espaços dedicados aos debates e atividades interativas.

No dia da abertrura, sexta-feira, o ambiente que reuniu mais pessoas foi o Território Jovem, com a participação do poeta e cronista Fabrício Carpinejar, que deu conselhos amorosos para os presentes no bate-papo Borralheiros e Borralheiras: consultório sentimental.
Na plateia, estavam desde adolescentes até os que já possuíam cabelos grisalhos. Todos interessados em contar ou ouvir  aflições amorosas. "Foi mágico porque todo mundo se abriu. A crônica tem esse poder coloquial de aproximar, entender, humanizar, ser sincero sem usar firulas ou meias palavras", disse Carpinejar.

Os conselhos eram dados com irreverência e sinceridade pelo poeta. "Não é porque você não esquece que é amor. É vingança. O orgulho é uma espécie de amor de camelô, é amor fake. É só orgulho ferido", respondeu a uma das perguntas.

O estudante Alexandre Silva, que participou do bate-papo e passeava entre os expositores, disse que "a palestra expressa o que o homem sente e não tem coragem de dizer". E acrescentou que quer voltar para assistir ao Café Literário com João Ubaldo, que acontecerá na Gala de Encerramento do espaço, dia 17.
Esse mesmo espaço recebeu, em sua estreia, o poeta e músico José Carlos Capinam e o poeta e antropólogo Antônio Risério, que debateram sobre a influência da cultura baiana na cultura brasileira, com destaque para as ideias do político baiano Edgard Santos e para as experiências vividas na Ufba dos anos 60.

Na Praça de Poesia e Cordel, pode-se contemplar a simplicidade e as rimas da cultura nordestina. Os poetas Alberto Lima e Pilô Pires declamavam seus cordéis de versos populares acompanhados do som da flauta. Os cordéis tratam das labutas  nordestinas, fazem  críticas sociais e podem ser comprados por R$ 2.
Alberto Lima lembra que também é possível encontrar cordelistas nos ônibus vendendo suas poesias. "A pessoa dá mais valor quando você diz que foi você que escreveu", afirma.

A literatura se mistura com música e teatro no espaço Baú de Histórias, onde a criançada dos grupos escolares se senta no chão para ouvir a narração das  histórias infantis, com duração de 30 minutos cada.

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