Empresa não aceitou proposta do Ministério Público do Acre.
Juíza do caso deve proferir uma decisão saneadora em 10 dias.
Carlos Costa fala com a imprensa e divulgadores após audiência (Foto: Yuri Marcel / G1)
Terminou sem acordo a audiência de conciliação entre o Ministério
Público do Acre (MP-AC) e a direção da Telexfree, realizada na tarde
desta quinta-feira (14), na 2ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco.
O Ministério Público propôs à Telexfree um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC), por meio do qual a empresa apresentaria um novo modelo de
negócio, como venda direta de Voip e com bonificação de revendedores
que indicarem novos consumidores, além de devolver imediatamente o
dinheiro dos divulgadores que aderiram ao negócio por último e não
receberam nada.O pagamento seria feito com o dinheiro que está
bloqueado, porém a proposta foi recusada pela empresa.O diretor da Telexfree, Carlos Costa, explica que foram apresentadas duas propostas, também recusadas pelo MP.
"Uma proposta foi a do seguro, que nós temos condições de adquirir sim, está na mão da juíza decidir. A outra seria dar continuidade aos nossos contratos pela Ympactus até o final, com o último divulgador e depois ele teria a opção de tocar o negócio pela Telexfree americana. Não tem muito mistério", diz.
Costa disse ainda que a proposta do MP previa a extinção da Ympactus e algumas modificações na forma de ganho dos divulgadores. Pontos cruciais para que a empresa não aceitasse o acordo. "O ganho diferenciado é nosso segredo, essa é a nossa revolução e queriam amputar isso e não aceitamos", diz.
O diretor também delegou toda a confusão na justiça à falta de uma legislação que defenda o marketing multinível no Brasil e garante que a 'batalha é boa' e espera uma decisão da juíza até o fim deste mês.
Agora, o processo volta para as mãos da juíza Thaís Borges, que vai proferir uma decisão saneadora em 10 dias. Ela diz que primeiro vai apreciar as preliminares que os réus trouxeram nas defesas.
"Acatar preliminar significa extinguir o processo sem analisar o mérito, sem decidir se é pirâmide ou não. Se eu acatar a preliminar de ilegitimidade do MP, eu extingo o processo e as atividades voltam. Se eu declarar incompetência do juízo teria que remeter a uma outra vara, outra justiça. Se eu negar todas as preliminares, o passo seguinte é iniciar a produção de provas", explica.
Entenda o caso
A Telexfree está impedida de realizar pagamentos e cadastros de divulgadores desde o dia 18 de junho de 2013. A empresa é acusada pelo MP-AC de operar um esquema de pirâmide financeira sob o disfarce de empresa de marketing multinível.
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