Produtores estão reclamando do baixo preço pago pelo fruto.
Por causa da valorização, muita gente ampliou as áreas de plantio.
Em uma lavoura em Goianápolis, na região central do estado, foram plantados 60 mil pés das variedades saladete e dominador. A colheita deve chegar a 25 mil caixas e cada uma está sendo negociada entre R$ 15 e R$ 20, preço que cobre apenas os custos de produção.
Na fazenda Larga Grande, em Luziânia, região leste do estado, foram plantados 580 hectares da variedade rasteira, tipo mesa, 100 hectares a mais do que no ano passado.
O problema é que nesta safra, o excesso de chuva favoreceu o ataque de pragas, como a mosca branca e a lagarta helicoverpa armígera e para garantir a qualidade dos frutos e uma boa produção, os gastos com agrotóxicos aumentaram. Segundo Maurício Bakalarczyk, o gerente da propriedade, o custo da produção está sendo maior do que o preço de venda.
Os produtores contam que todo ano o preço do tomate sofre alterações, mas desta vez, a queda foi maior porque muitos agricultores que não plantavam o fruto, resolveram aproveitar a fase em que o preço estava alto. O resultado agora é uma produção maior que a demanda.
Além de Goiás, São Paulo e Minas Gerais também se destacam no cultivo de tomate.
Nos quatro primeiros meses do ano, o tomate chegou a ter alta de mais de 70% e foi apontado como um dos principais responsáveis pela alta da inflação. A caixa de 25 quilos chegou a ser vendida por R$ 80, quase oito vezes mais do que o preço atual.
Agora, com a queda no preço, a tentativa dos produtores é de negociar na hora da venda e evitar um prejuízo ainda maior.
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