MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

'Só tiro para tomar banho e dormir' diz jovem que ganhou Google Glass


Lucas Sperb, de apenas 19 anos, viajou aos EUA a convite da Google.
Após trazer produto ao Brasil, ele relata que o óculos mudou sua rotina.

Caetanno Freitas Do G1 RS

Lucas Sperb durante sua visita a sede da Google, nos EUA (Foto: Arquivo pessoal)Na viagem em busca do Glass, Lucas Sperb visitou a sede da Google, nos EUA (Foto: Arquivo pessoal)
Entusiasmado com o novo “brinquedo”, o estudante gaúcho que ganhou um Google Glass custa a acreditar no sonho realizado entre junho e julho deste ano. Lucas Sperb, 19 anos, foi um dos 8 mil selecionados no concurso da Google para testar um dos produtos mais aguardados no mundo da tecnologia em 2013. A convite da empresa americana, ele passou 24 dias em Nova York e Boston, nos Estados Unidos, onde começou a experiência ao lado de pessoas de diversas nacionalidades. De volta ao Brasil, o jovem diz ao G1 que o uso diário dos óculos já mudou hábitos básicos, como fazer ligações, mandar mensagens e acessar a internet. “É uma maravilha. Só tiro ele para tomar banho e dormir”, conta.
Lucas posa com o Glass na Times Square, em Nova York (Foto: Arquivo pessoal)Lucas posa com o Glass na Times Square,
em Nova York (Foto: Arquivo pessoal)
Foi a primeira viagem internacional do garoto natural de Camaquã, município do interior do Rio Grande do Sul com cerca de 63 mil habitantes. O embarque, com “frio na barriga”, ocorreu no dia 29 de junho. Em solo americano, Lucas conheceu a sede da Google e foi orientado por engenheiros da empresa durante as visitas.
“Foi muito legal, era o maior sonho da minha vida. Estava muito nervoso, aguardando ansiosamente pelo momento de pegar o meu Glass, o que foi acontecer no terceiro dia em Nova York. Cada um tinha seu guia que apresentava o aparelho, as funções e a sede da empresa”, relata. Apesar do nervosismo, ele garante que não teve nenhuma dificuldade no país, principalmente em relação ao idioma. “Falo inglês fluente, foi bem tranquilo. Foi além das minhas expectativas. Diria que foi fantástico”, resume.
Lucas conta que era assediado nas principais ruas e avenidas de Nova York. Todos queriam testar o Glass, diz ele. “Andava com o óculos para todos os lados. As pessoas me paravam e perguntavam como eu tinha conseguido, queriam testar. Eu sempre deixava as pessoas conhecerem porque me ponho no lugar delas. Eu também gostaria de experimentar se visse alguém usando. É incrível”, afirma.
Dentro do prédio da Google, no entanto, o jovem era apenas mais um sortudo, entre as tentas pessoas que circulavam em outra realidade, como define. “Tudo que se pensa sobre a Google se confirma. A empresa é diferenciada. Nos trataram muito bem.”
Explorando e cuidando do Glass
Inicialmente, Lucas se surpreendeu com as funções dos óculos. Agora, já domina o produto. Com 16 gigabytes de armazenamento, o jovem explica que a óculos é quase como se fosse  um smartphone colocado no rosto. “É um pouco mais técnico. Tem diversas funções, touchpad, sensor GPS, faz chamadas de voz, manda mensagens de texto, tem acesso à internet. Tudo centralizado em uma tela no seu campo de visão, onde acontece a interação com o usuário”, detalha.
Em pouco tempo de uso, sua rotina já foi alterada. “Parei de usar relógio, atendo minhas chamadas de voz nele, mando e recebo e-mails, vejo a previsão do tempo e acompanho notícias em tempo real. Eu acho que vai ser um grande diferencial para vídeos porque é uma experiência bem pessoal com a imagem.”
Lucas Sperb testa Google Glass em frente a espelho (Foto: Arquivo pessoal)Lucas testa óculos em frente a espelho, nos EUA
(Foto: Arquivo pessoal)
Desde que chegou ao Brasil, Lucas já apresentou o Glass a amigos e familiares e aos colegas da Feevale, em Novo Hamburgo, onde cursa biomedicina.  “Fui direto para a faculdade apresentar ao reitor e aos colegas. Todos adoraram. Deixei o pessoal experimentar, ver como funciona. Foi um baita presente de aniversário, na verdade”, diz Lucas, que completou 19 anos dias antes de embarcar aos Estados Unidos.
Porém, todo cuidado com os óculos é pouco, diz ele. “Lá (nos EUA) eu saía com o Glass na rua. Porém, aqui no Brasil é bem complicado de usar em qualquer lugar por causa da segurança. Tenho me resguardado muito quanto a isso para evitar problemas. O acesso ao Glass é difícil, então eu tenho bastante cuidado. Se perder, estragar ou roubarem, não sei se conseguirei outro.”
China, o próximo destino
Mal chegou ao Brasil, Lucas já tem destino certo no próximo mês. Ele foi selecionado no programa Ciências Sem Fronteiras, do governo federal, para passar dois anos na China, período em que vai estudar mandarim e biomedicina. O jovem vai morar em Wuhan e estudar na Central China Normal University. Lucas fala com a segurança e maturidade de um adulto sobre a etapa que se avizinha e minimiza o desafio de morar no Oriente, longe da família e dos amigos.
“Tive a sorte de ser selecionado. Não é todo mundo que consegue. Devo embarcar no fim de agosto ou início de setembro. Coragem eu tenho de sobra. Na verdade, o desafio faz parte da minha vida. Saí de casa aos 14 anos para morar no Rio de Janeiro. Vai ser muito bom pra mim, tenho certeza”, salienta. “Não posso parar. Estou louco para chegar logo, conhecer uma nova cultura, um novo povo. Tenho certeza que será um período de muito aprendizado. É uma grande sacada para a Educação do nosso país.”
Ainda sobre o futuro, Lucas adianta que deseja trabalhar e morar no exterior. “Ainda estou analisando a possibilidade de abrir uma empresa que crie aplicativos para o Google Glass. Já estou trabalhando em cima disso. Mas acho que se acontecer, vai ser no exterior, nos Estados Unidos, provavelmente. Lá é que está a tecnologia que eu preciso. Aqui no Brasil é difícil”, lamenta o jovem.

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