MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Sem segurança, escolas públicas do RS sofrem atos de vandalismo


De 11 escolas públicas visitadas, nenhuma contava com policiamento.
Brigada Militar afirma não ter patrulhamento específico para os locais.

Do G1 RS

Escolas públicas do RS sofrem com atos de vandalismo (Foto: Reprodução/ RBS TV)Escolas públicas do RS sofrem com atos de vandalismo (Foto: Reprodução/ RBS TV)
O início da manhã na Escola Estadual Alberto Bins, na Zona Sul de Porto Alegre, é bem movimentada. Os alunos começam a chegar para as aulas e, durante todo o dia, estudantes, pais e professores percorrem os corredores e a região do entorno do colégio. Quando os portões são fechados, porém, o cenário muda e a escuridão toma conta do local. Onze escolas foram visitadas na capital após o horário de fechamento, conforme matéria do Teledomingo (veja no vídeo), alarmando para a falta de segurança durante a noite.
Na última segunda-feira (12), a Escola Municipal La Hire Guerra, em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, foi incendiada durante a madrugada. Salas de aulas e materiais ficaram totalmente consumidos pelas chamas. Sem aula durante toda a semana passada, a prefeitura precisará gastar pelo menos R$ 700 mil para a reforma, e os alunos foram realocados para outras salas. A polícia trabalha com a suspeita de que quatro menores sejam os autores do crime.
Já na capital, o portão principal da escola Alberto Bins está pichado, os vidros das salas de aula estão quebrados e até mesmo o arame farpado, que deveria proteger a escola, não resistiu ao tempo e aos atos de vandalismo. À noite, um cadeado faz a segurança dos portões da escola, mas nem o muro é problema para vândalos e ladrões, que já entraram inúmeras vezes no prédio.
Vidros quebrados e paredes pichadas em escolas públicas de Porto Alegre (Foto: Reprodução/ RBS TV)Vidros quebrados e paredes pichadas em escolas públicas de Porto Alegre (Foto: Reprodução/ RBS TV)
“Eu acredito que, no mínimo umas 10 vezes. Levaram botijões de gás pelo muro, levaram geladeira pelo muro, levaram muita coisa, tudo o que a gente tem de valor, a não ser o que eu consegui trancar dentro da secretaria, que é o local mais seguro que a gente tem”, explica a diretora da escola, Katia Saldanha.
Outro colégio, o Rubem Berta, que fica no bairro Vila Jardim, na Zona Norte da cidade está em uma situação parecida: há pouca iluminação e, na rua, nada de policiamento. A segurança no colégio Dom João Becker, no bairro Passo D’Areia, não é muito melhor e um cartaz no local chama a atenção. Segundo o aviso, as aulas foram suspensas pela grande quantidade de pombos.
Os dois colégios públicos mais tradicionais de Porto Alegre também não escapam do perigo. Um deles é o Instituto de Educação, perto do Parque Farroupilha. O prédio tombado pelo patrimônio histórico e artístico do estado está cheio de pichações e, na entrada, não há segurança.
O aumento da segurança já foi uma exigência no colégio Júlio de Castilhos, no bairro Santana. Mesmo assim, grades altas e cadeado não evitaram as pichações e os vidros quebrados.
Para algumas escolas, portões fechados não são suficientes para conter a insegurança e os atos de vandalismo. Por isso, a escola de ensino médio Padre Reus investiu em câmeras de monitoramento.
De 11 escolas públicas visitadas em Porto Alegre, nenhuma contava com policiamento. Conforme o coronel João Diniz Godoi, comandante da Brigada Militar, a prioridade do patrulhamento é o dia. À noite, o atendimento é feito a partir de chamados.
Escolas são saqueadas durante a noite em Porto Alegre (Foto: Reprodução/ RBS TV)Escolas são saqueadas durante a noite em Porto
Alegre (Foto: Reprodução/ RBS TV)
“Não temos um patrulhamento específico para o segmento escolar. Nós temos o telefone de emergência, o 190, e, a partir de uma chamada em um estabelecimento de ensino, deslocamos um efetivo para o atendimento desta ocorrência”, explica Godoi.
A segurança das 11 escolas está por conta de muros e cercas, o que não parece ser suficiente para evitar roubos e depredações. "Nos sentimos inseguros, a gente se sente a mercê de qualquer coisa que possa acontecer. Ao mesmo tempo, a gente confia que as coisas não vão acontecer por conta do relacionamento que se tem com a comunidade. Eu acho que isso ainda é o que garante algumas coisas aqui”, afirma a diretora Katia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário