MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Seis ambulâncias poderiam ter socorrido idoso que morreu no RS


Veículos estavam disponíveis em diferentes regiões de Porto Alegre.
Família da vítima pensa em entrar na Justiça contra a prefeitura da capital.

Do G1 RS

O secretário da Saúde de Porto Alegre, Carlos Henrique Casartelli, disse na tarde desta quarta-feira (21) que pelo menos seis ambulâncias do Samu estavam disponíveis para atendimento no momento em que o idoso de 70 anos teve um mal súbito e morreu, nesta terça-feira (20), no Centro de Porto Alegre. Os veículos de socorro estavam nas regiões da Restinga, Belém Novo, Lomba do Pinheiro, Serraria e nas avenidas Baltazar de Oliveira Garcia, na Zona Norte, e Cavalhada, Zona Sul. As outras nove que a capital possui estavam em atendimento.
Casartelli afirma que a capital possui o número ideal de veículos de socorro, mas admite a falha do profissional. “Neste caso, especificamente, ele não seguiu o procedimento padrão. Ele não fez uma classificação adequada do paciente, ele não orientou o que deveria ser feito no paciente de forma adequada. Então, neste caso, nós somos obrigados a reconhecer que houve uma falha”, lamenta.
O idoso foi sepultado na tarde desta quarta-feira (21) no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre. Revoltada com o caso, a família da vítima pensa em entrar na Justiça contra a prefeitura da capital. Os filhos do homem contestam a falta de ambulâncias para atender a emergência e criticam a forma como o médico emergencista, afastado de suas funções, atendeu a ligação.
Secretário disse que seis ambulâncias estavam disponíveis para socorrer idoso (Foto: Cristiano Mazoni/RBS TV)Secretário disse que seis ambulâncias estavam
disponíveis para socorrer idoso em Porto Alegre
(Foto: Cristiano Mazoni/RBS TV)
“Ele era uma pessoa ativa, trabalhadora, não incomodava ninguém. Não é justo, sabe, a pessoa precisar das coisas e não ter. Não ter saúde, principalmente. Não ter socorro, né? Porque se tivesse socorro, quem disse que ele morreria naquela hora?” questiona a filha do idoso, Vera Regina Oliveira da Silva. “É a forma que foi tratada a coisa, o jeito que a pessoa atendeu. É brabo, né? Se um médico responde assim… Era para ter amor à profissão”, reclama.
O filho do idoso, Luciano César Oliveira, também reclama do atendimento. “Tudo a gente paga imposto, né? É maltratado ou tratado que nem animal. Não aconteceu isso aí só com o meu pai. Aconteceu com vários pais e várias mães e pode continuar acontecendo”, alerta.
O médico que atendeu a chamada do repórter Manoel Soares, da RBS TV, foi afastado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Ele não teve o nome divulgado. Uma sindicância interna foi aberta para investigar a conduta do profissional. O Conselho Regional de Medicina (Cremers) também adotou a mesma medida. Se o Cremers comprovar alguma irregularidade, o médico do Samu poderá responder a processo e até perder o diploma. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) também abriu uma investiagação para apurar o caso.

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