Enquanto a manifestação acontecia em frente ao Palácio Guanabara, professores da rede estadual disseram ter sido agredidos pela Polícia Militar no mesmo local, depois de audiência com o vice-governador
Felipe Werneck e Clarissa Thomé
Marcos Arcoverde/AE
Policiais reprimiram com bombas de gás os manifestantes que estavam nas ruas no entorno do Palácio
Os professores estão em greve desde o dia 9. Eles se reuniram com Pezão e o subsecretário de Educação, Antonio Neto. Insatisfeito, um grupo decidiu permanecer no prédio. Manifestantes que faziam passeata da Igreja da Candelária à Câmara Municipal decidiram ir até o Palácio e apoiar os professores.
Logo depois que chegaram, os professores foram expulsos. "Fui espancado e os policiais me jogaram para fora", disse o professor de História Fernando Pinheiro, que estava com a camisa rasgada. Colegas dele contaram que Pinheiro foi levantado e arrastado por sete policiais. "Arrastaram as pessoas, puxaram pelo cabelo, bateram em mulheres", afirmou Alex Trentino, coordenador geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe).
Às 21h30, o Batalhão de Choque dispersou o protesto e o tumulto se alastrou. Manifestantes lançaram pedras (um repórter da rádio BandNews FM foi atingido na cabeça), incendiaram lixeiras, destruíram pontos de ônibus e telefones públicos. Um banco Itaú teve a fachada danificada. Socorristas voluntários contabilizaram dezenas de atendimentos de pessoas afetadas por gás lacrimogêneo.
O governo do Estado divulgou nota, criticando a ação de "grupos radicais". "Esses grupos não estão interessados no diálogo e na democracia. Eles apostam no caos", informa o texto. / COLABOROU LUCIANA NUNES LEAL
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