MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 11 de agosto de 2013

Profissionais dizem que falta de medicamentos prejudica atendimentos.

Selecionados para Mais Médicos em RO reclamam de falta de infraestrutura


Salários e benefícios foram os motivos de inscrição de candidatos em RO.

Ivanete Damasceno Do G1 RO

Renato Garcia foi selecionado para trabalhar no SUS pelo Mais Médicos (Foto: Arquivo Pessoal)Renato Garcia foi selecionado para trabalhar no
SUS pelo Mais Médicos (Foto: Arquivo Pessoal)
Atraídos pelo salário e pelos benefícios, profissionais convocados para trabalhar no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo programa Mais Médicos, em Rondônia, dizem que problemas de infraestrutura podem atrapalhar o atendimento aos pacientes nos municípios para onde devem ser enviados.
O médico Evandro Rios Soté, de 26 anos, formado há sete meses, buscou o programa pelo valor do salário. “Eu resolvi participar pelo salário que é muito bom e os municípios não pagam isso aqui”, diz Evandro. O médico atualmente é contratado pela prefeitura de Ji-Paraná,  e recebe cerca de R$ 7 mil mensais.
Ele conta que trabalha no Programa de Saúde Familiar (PSF) do município e percebe que a falta de medicamentos e aparelhos para fazer exames de pacientes é o que mais prejudica o trabalho e não a falta de médicos. “Muitas vezes preciso sair do consultório para conseguir analisar um raio-x porque o aparelho para isso não funciona e não há claridade suficiente no consultório”, afirma Evandro que ressalta que em Ji-Paraná há médicos e falta infraestrutura.
Além disso, Evandro ainda diz discordar de alguns pontos do programa Mais Médicos, como por exemplo, a contratação de profissionais estrangeiros. Ele acredita que os brasileiros que estudam fora do país devem ser chamados no lugar dos estrangeiros. “Tem muitos profissionais no Brasil e estes devem conseguir atender a população. Há também os que saíram do país para estudar, mas que retornam e precisam de trabalho. Esses também devem ser convocados. Os estrangeiros não”, avalia o médico.
O médico e biomédico Renato Rubens Garcia, de 31 anos, se inscreveu no programa motivado pelos benefícios oferecidos. Segundo ele, o alto salário, a estabilidade e a possibilidade de contar o período de trabalho como residência foram os motivos. “Para eu ganhar os mesmos R$ 10 mil, terei que trabalhar muito mais. No programa eu tenho esse salário e ainda consigo tempo para ficar com minha família”, garante Renato.
Segundo ele, a falta de medicamentos é um dos principais problemas que afetam os atendimentos. "Eu não sou Deus. Não tenho como fazer milagre. Se o paciente chega e eu diagnóstico que ele precisa de uma dipirona, eu prescrevo e não tem, significa que eu não fiz o meu trabalho. Ele precisa tratar uma doença e eu não estou tratando por falta de medicamento", analisa o médico.
Renato atua como médico há seis meses e como biomédico há seis anos. Ele garante que o programa tem vantagens aos profissionais e por isso, pretende ficar por cerca de dois anos. "Tenho medo de não conseguir fazer meu trabalho por falta de estrutura, mas se eles prometeram, vamos lá. Já que dizem que está faltando médico nós vamos estar lá. Precisamos de infraestrutura agora", finaliza o médico Renato que é de Porto Velho e deve ser enviado para trabalhar em Ji-Paraná.

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