MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Professores fazem protesto por aumento de salário em Cuiabá


Centenas de professores percorreram avenidas do centro para protestar.
Classe quer 10,9% de aumento salarial e melhor infraestrutura escolar.

Do G1 MT

Professores protestam em Cuiabá (Foto: Gésseca Ronfim/G1)Professores carregaram faixas e cartazes durante mobilização em Cuiabá (Foto: Gésseca Ronfim/G1)
Centenas de professores da rede municipal de educação, com o apoio dos profissionais da rede estadual, fizeram um protesto na Praça Alencastro, na tarde desta quinta-feira (22), em Cuiabá. Com cartazes, faixas e apoio de um caminhão de som, os profissionais seguiram em passeata pelas Avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas e retornaram pela Avenida Tenente Coronel Duarte (Prainha) até a Praça Alencastro, localizada em frente à Prefeitura da capital. Os profissionais estaduais já completam 11 dias de paralisação, enquanto os municipais estão em seu primeiro dia de greve. Ambos reivindicam reajuste salarial e melhoria na estrutura das escolas.
Os professores da rede municipal anunciaram a greve no dia 14 deste mês, após reunião da categoria. Eles reivindicam aumento de 10,9% nos salários. A Prefeitura ofereceu 5,8% de ganho real e 6,97% de reposição, mas a classe alega que isso não significa ganho real, como afirmou o pedagogo Juscelino Dias de Moura. “O aumento é referente a um acordo feito com o prefeito ainda em época de campanha. Esses 5,8% são o que faltou no ano passado, então isso é referente a 2012. Agora, o que foi dado esse ano é só o que ele tem obrigação de dar, é perda inflacionária. Em ganho real não aumentou nada, em ganho real é o que nós estamos pedindo, esses 4%”, comentou, durante o protesto.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, subsede Cuiabá (Sintep), João Custódio, afirmou que a classe é desvalorizada e que a falta de negociação com a Prefeitura levou à paralisação por tempo indeterminado. “O prefeito nos levou à greve, não se propôs a negociar. A educação precisa ser valorizada”, afirmou. Ele também discorda da alegação da Prefeitura de que não há orçamento para aumentar o salário dos professores. “É possível sim aumentar os salários. O que faltou foi boa vontade do prefeito em nos oferecer uma proposta”, disse.
A principal alegação do Sintep é de que o salário-base inicial dos professores é abaixo do piso nacional de R$ 1.567. Atualmente, um professor municipal com magistério tem um salário inicial de R$ 1.134. Já um professor com ensino superior recebe inicialmente R$ 1.614. “Para todos chegarmos ao nível nacional é preciso um aumento de 10,9%. Com o aumento só do índice inflacionário ficamos com o salário defasado”, afirmou João Custódio. A classe reivindica também melhorias na estrutura das escolas e licenças-prêmio.
Professores protestam em Cuiabá (Foto: Gésseca Ronfim/G1)Professores percorreram avenidas da região central de Cuiabá (Foto: Gésseca Ronfim/G1)
O prefeito Mauro Mendes declarou que foram concedidos 5,8% de ganho real de salários este ano - nos meses de fevereiro e março - e mais 6,97% de reposição, no mês de julho. “Na verdade, os reajustes concedidos aos profissionais da educação este ano totalizam 12,77%, contra 4,9% concedidos em 2012. E no ano passado eles [professores] não fizeram greve”, destacou. Em nota, a Prefeitura também declarou que já concedeu mil licenças-prêmio na atual gestão.
Quanto às condições estruturais das escolas, Mauro Mendes admitiu que há precariedade. Ele disse que quando assumiu a gestão chovia dentro de mais de metade das escolas. “As condições das escolas são ruins. Mas em três ou quatro meses de governo não dá para resolver tudo. Tem escola de 30 anos que ainda não foi reformada”, disse.
De acordo com o Sintep, Cuiabá conta atualmente com 84 escolas e 48 creches. São mais de 50 mil estudantes da rede municipal de ensino e 7,6 mil servidores entre professores e técnicos. O presidente João Custódio informou que 70% das escolas confirmaram a paralisação a partir desta quinta.
Rede estadual
Os professores das escolas públicas do estado também estão em greve há 11 dias. Em Mato Grosso há 36 mil profissionais da educação e cerca de 430 mil alunos. A classe reivindica quatro pautas principais para realização de acordo. São elas: o reajuste salarial em 10,41%; inclusão da hora atividade para professores contratados; melhoria na estrutura das escolas; e a posse dos classificados no concurso de 2010. Esta é a segunda paralisação dos professores este ano no estado, já que em abril houve uma greve por reajuste salarial. Uma assembleia geral da categoria está agendada para o dia 26 de agosto.

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