Em algumas propriedades, já tem produtor em busca de outras culturas.
Superprodução e abastecimento das indústrias prejudicam o setor.
Enquanto o ano passado, o agricultor Sérgio Spagnolo colheu 3,2 mil toneladas, este ano, a produção caiu 30%. Os pomares ainda se recuperam do estresse provocado pelas duas últimas supersafras e mesmo com a oferta reduzida, o preço pago pela indústria não subiu.
Por causa dos prejuízos, citricultores do estado de São Paulo, têm apostado em alternativas. No sítio de Edgar Esteves, 500 pés de laranja foram arrancados este ano e deram lugar ao tomate. Já são 3,5 mil novos pés e o produtor conta que está bem mais fácil comercializar.
Em Araraquara, uma área de 120 hectares da fazenda de Élio la Laina era ocupada com laranja. Hoje só tem café, 630 mil pés. O agricultor conta que não se arrependeu de ter trocado de cultivo e ainda mantém uma outra área com 160 hectares de laranja, mas se o preço não melhorar, ele já sabe o que fazer, vai sair da cultura.
Ciro Pena, coordenador da Comissão de Citricultura da Federação do Estado de São Paulo, fala sobre o preço pago pela laranja abaixo do custo de produção e a dificuldade de comercialização.
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