Estudo revelou que 34% do lixo que é jogado fora poderia ser reciclado.
Com isso, R$ 372 mil são desperdiçados por mês, segundo a prefeitura.
População descarta duas toneladas de lixo reciclável por
mês no aterro sanitário de Paranavaí (Foto: Reprodução
RPC TV Noroeste)
Uma pesquisa realizada pela Prefeitura de Paranavaí, na região noroeste do Paraná,
revelou que mais de R$ 4,5 milhões, em materiais reciclaveis, são
despejados no aterro sanitário da cidade todos os anos. Por mês, duas
toneladas de resíduos que poderiam ser reaproveitados vão para o aterro,
um desperdício de R$ 372 mil por mês. O estudo divulgado nesta
terça-feira (27) pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente apontou
ainda que 34% dos resíduos que são jogados fora pela população poderiam
ser reciclados. A pesquisa foi realizada entre os dias 25 de julho e 1°
de agosto em 27 bairros.mês no aterro sanitário de Paranavaí (Foto: Reprodução
RPC TV Noroeste)
Para realizar o estudo, a Secretaria do Meio Ambiente recolheu o lixo nos bairros e analisou minuciosamente o que foi jogado fora para ver que tipo de resíduo estava indo para o aterro. A quantidade de lixo orgânico indicou quais setores estavam separando com mais frequência o lixo reciclável e em quais bairros os moradores ainda não separavam o lixo. “Quanto mais resíduos orgânicos encontramos e menos material reciclável, melhor estava sendo realizada a separação do lixo no setor”, explicou a técnica da Secretaria do Meio Ambiente, Sueli Mieko Miamoto.
Os moradores do Centro e do Antigo Aeroporto destinam quase 45% do lixo reciclável gerado para o aterro sanitário, em contrapartida apenas 43% do lixo orgânico é enviado para o espaço. Os bairros Campo Belo e Simone são os que menos separam – 40% de recicláveis param no aterro.
O secretário de Meio Ambiente de Paranavaí João Marques explica que a falta de comprometimento da população com o lixo gerado prejudica as pessoas que vivem da reciclagem do lixo, mas também as finanças do município. “Quanto mais materiais recicláveis chegam ao aterro, diminui a vida útil do espaço e mais investimentos são necessários”, conta o secretario.
Ainda segundo o secretário, os maiores prejudicados são os recicladores independentes e da cooperativa de reciclagem. “Cerca de 50 pessoas que trabalham na cooperativa vivem da renda que é gerada pelo lixo e por isso é ainda mais importante que a população separe os materiais corretamente”, declara.
Para conscientizar a população, a prefeitura tem feito campanhas de conscientização nas escolas e multado grande geradores de resíduos que não separam o lixo.
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