Bicicleta chama atenção por visual diferente, leveza e questão ecológica.
Processo de feitura é todo artesanal, segundo criador.
Há seis anos um colega seu da orquestra comprou uma bicicleta na Holanda e Volkmann se encantou por ela. “Eu queria uma pra mim. Daí eu fiz a primeira bicicleta", conta.
Repaginada, a bike de bambu conquista novos fãs a cada curva. "Antes eu tinha uma bicicleta normal. Eu ia no posto, enchia os meus pneus e ninguém falava comigo. Agora eu chego com uma bicicleta de bambu, e o posto de gasolina para inteiro”, diz o artesão Thiago Alves Rempel.
Volkmann sempre pesquisou sobre coisas relacionadas ao meio ambiente e um certo dia ele encontrou o material certo: o bambu. “Um dia eu encontrei algumas varas num sítio, muito lindas. E aí fiz a primeira bicicleta. Ela deu certo. Subi a serra, desci e tudo com a primeira bicicleta”, lembra.
E foi só começar que o músico e agora artesão não parou mais. Nos últimos seis anos foram nove bicicletas e muita aventura por lugares com o Chile, Peru, Bolívia e o litoral baiano.
Uma bicicleta com formato único
Cada bicicleta é totalmente única segundo o músico e hoje artesão. E isso porque é impossível encontrar dois bambus iguais. “Eles têm as suas marquinhas, eles têm a sua história. Nós vamos lá, escolhemos a vara perfeita, na época perfeita, com um tempo de vida perfeito. A gente tenta respeitar isso. Procuramos sempre reforçar bastante, porque sabemos que é um veículo e que vai estar uma vida pedalando”, comenta Rempel.
Entretanto, se engana quem pensa que é fácil fazer uma bicicleta segura e com o estilo do dono. É preciso serrar o bambu nas dimensões certas, fazer o tratamento com fogo e aplicar uma resina protetora para depois fazer os ajustes necessários. “O que a gente faz em bambu é justamente a parte principal, que é o quadro. São os dois triângulos: o dianteiro, que têm o bambu mais grosso e o triângulo traseiro. E a gente também faz o guidão”.
Um produto sustentável e artístico ao mesmo tempo
A ideia é não só fazer um produto sustentável, mas de levar arte pras ruas. Tanto que a proposta é de inspirar as pessoas a ter e a construir uma vida diferenciada. “Eu acho que esse conceito que a gente está tentando mostrar para as pessoas é que pedale. Não tenha medo do trânsito. E em cima de uma bicicleta de bambu é muito mais seguro andar nas ruas. Ela estreita os laços e faz as pessoas se comunicarem”, diz Thiago, parceiro de Volkmann
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