MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Manifestantes queimam 4 veículos durante protesto na BR-101, na BA


De acordo com informações da polícia, os carros são do governo.
Ação é feita por fazendeiros e proprietários rurais, que pedem melhorias.

Do G1 BA

Manifestantes queimam 4 veículos durante protesto na BR-101 (Foto: José Carlos Concessor / Arquivo Pessoal)Manifestantes queimam 4 veículos durante protesto na BR-101 (Foto: José Carlos Concessor / Arquivo Pessoal)
Quatro veículos do governo foram queimados na tarde desta sexta-feira (16), na BR- 101, na Bahia. De acordo com informações da polícia, a região estava interditada desde as 7h pelos manifestantes, que parte deles, chegaram a invadir uma sede da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), onde saquearam o local. Os manifestantes foram retirados do local por policiais do 15º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Segundo informações da polícia, ninguém ficou ferido durante a manifestação. Por volta das 17h50, os manifestantes liberaram as vias. Os carros incendiados continuam no local.
Manifestantes queimam 4 veículos durante protesto na BR-101 (Foto: José Carlos Concessor / Arquivo Pessoal)Manifestantes queimam 4 veículos durante
protesto na BR-101
(Foto: José Carlos Concessor / Arquivo Pessoal)
Ainda segundo a polícia, a manifestação é composta por fazendeiros do município e proprietários rurais da região sul da Bahia. A polícia diz que os manifestantes pedem a intervenção do Governo Federal para resolver o impasse com as tribos indígenas na região.
O caso
A localidade conhecida como Serra do Padeiro, entre Buerarema, Una e Ilhéus, é alvo de disputa entre índios e fazendeiros. De acordo com a Fundação Nacional do Índio (Funai), indígenas estão ocupando fazendas que se encontram no interior da Terra Indígena Tupinambá de Olivença, que pertence aos índios Tupinambás.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) afirma que 300 indígenas Tupinambás participam das ações de ocupação das fazendas, que ficam em uma área de 47.376 hectares. Segundo o Cimi, entre os dias 2 e a terça-feira (13), 40 propriedades foram retomadas. O órgão conta que a área foi reconhecida pela Funai e que o processo estaria parado no Ministério da Justiça, o que teria motivado a ocupação das terras.
No entanto, Luis Uaquim, presidente da Associação dos Pequenos Produtores, alega que a área ainda não foi demarcada. “São locais de 2, 3 hectares. Não tem nada homologado. Nada que diga que é uma área indígena", afirma. Ele conta ainda que os índios estariam sendo violentos durante a ocupação das propriedades.
Eles [os índios] contratam pessoas e elas se vestem de índio, e vão atirando, tocando fogo nas propriedades. Eles [os fazendeiros] estão vivendo um terror. Eles moram lá e não têm pra onde ir. Isso é terror mesmo”, afirma Uaquim.
"Nessa noite [quinta-feira] eles invadiram mais uma, usaram extrema violência, bateram em três pessoas. Também tocaram fogo em um barzinho, em uma garagem", conta Herman Isensee, membro da direção da associação.
Segundo o Cimi, na noite de quarta-feira (14), um caminhão que transportava alunos da Escola Estadual Indígena Tupinambá da Serra do Padeiro, foi alvo de tiros oriundos de um homem que se encontrava em cima de uma barranco. Duas pessoas ficaram feridas. Para o órgão, o objetivo do atirador era atingir um homem que seria irmão de um cacique Tupinambá.
A Polícia Federal está na região para investigar o caso, mas ainda não informou o número de propriedades que teriam sido invadidas por índios ou se houveram casos de agressão. As polícias militar e civil também trabalham nas investigações do caso.

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