MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Jack Daniel's tenta mudar estigma de bebida de roqueiro

Marina Gazzoni | Agência Estado

O uísque Jack Daniel’s quer sair da camiseta da banda de rock para o copo dos brasileiros. A marca é considerada um ícone global mas, no Brasil, seu consumo ainda é pouco relevante: só 11% do mercado de uísque premium, atrás de outras quatro marcas. O País é o oitavo mercado para a Brown-Forman, dona do Jack Daniel’s. Seu maior concorrente, o Johnnie Walker, da britânica Diageo, tem no Brasil o seu maior mercado.
“O brasileiro conhecia e admirava a marca, mas não se identificava com ela”, diz o diretor de marketing da Brown-Forman, Gustavo Zerbini. Para ele, a marca estava associada a um consumidor mais velho, roqueiro e fã de motos Harley-Davidson. “Quem não tem esse perfil nem experimentava.”
O plano para virar o jogo começou a ser definido no fim de 2010, quando a Brown-Forman abriu uma operação própria no Brasil. Antes, a marca era vendida por distribuidoras.

A chave é um novo posicionamento de marca, mais “democrático”. De olho no público jovem, a empresa apostou em comunicação via redes sociais e lançou um festival de rock no fim do ano passado, o Jack’n’Roll. “Mas trazemos bandas de indie rock e não rock pesado, justamente para tornar a marca mais democrática”, diz Zerbini.
Outro fator que inibe o consumidor a provar um uísque Jack Daniel’s é o sabor. “É um bourbon. A percepção do cliente é de que deve ser consumido cowboy (puro e sem gelo), o que não é um hábito no Brasil”, diz o consultor Adalberto Viviani, especializado no setor de bebidas. “O Jack Daniel’s é uma marca icônica, mas tem dificuldade de chegar à experimentação.” Para atingir o consumidor que não bebe destilado puro, a empresa começou a promover drinks com uísque em bares e baladas.

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O Jack Daniel’s não é a único que tenta renovar sua imagem. O Diageo, líder em uísque premium, tenta tirar o estigma de “bebida de executivo” e lançar ocasiões de consumo. Para isso, está adaptando o produto aos costumes locais.
“A mistura de uísque com água de coco só existe no Brasil e fez de Recife a cidade com maior consumo per capita no mundo e levou a bebida para a praia”, diz Alvaro Garcia, diretor de marketing para uísque da Diageo. Outra iniciativa foi promover o “shot” de uísque, para beber entre uma cerveja e outra, como se faz com a cachaça envelhecida, um hábito que ganhou os bares em Belo Horizonte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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