MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Idosos são abandonados pelas famílias em hospitais do Rio


Secretaria nega que haja idosos em hospitais por falta de vagas em abrigos.
Promotoria do Idoso alerta que hospitais têm obrigação de informar MP.

Do G1 Rio

Dez por cento dos leitos dos hospitais geriátricos do Rio de Janeiro são ocupados por idosos que são internados para tratamentos, recebem alta e são abandonados para a família, como mostrou o RJTV desta terça-feira (13).
O Hospital Estadual Eduardo Rabello, em Senador Vasconcelos, na Zona Oeste, referência no tratamento de pacientes na terceira idade, tem 15 pacientes nessa situação, cinco não tem família e 10 foram abandonados.
"Tem casos que a família interna o paciente, a pessoa fica no hospital, é tratado, recebe alta, mas a família simplesmente não vem mais, some. E telefones e endereços que não correspondem à realidade", explicou Edson Mendes Nunes, diretor-geral do hospital.
Segundo o diretor, há um risco em manter idosos por muito tempo em um ambiente hospitalar. "É a depressão, pode ter infecções urinárias, pode ter escárias, que são as feridas na perna", acrescentou.
Pelo Estatuto do Idoso, quem abandona o parente pode responder pelo ato judicialmente. O crime tem pena de três anos de detenção e multa. Além de apurar essas responsabilidades, o Ministério Público que atua no hospital precisa encontrar abrigos com vagas e acompanhamento adequado para os idosos.
"O paciente às vezes tem uma psicopatia, uma esquizofrenia, e a gente além de não conseguir vaga em um abrigo, precisa ser um local que tem um apoio de um psiquiatra. E aí é mais difícil ainda", concluiu Nunes.
A promotora Daniela Santos, da Promotoria do Idoso, alerta que todos os hospitais têm a obrigação de informar o Ministério Público sobre casos de idosos abandonados.
A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social afirmou desconhecer que haja idosos em hospitais por falta de vagas em abrigos. Segundo a secretaria, os sete abrigos públicos para idosos estão todos ocupados, mas nos seis particulares, que também atendem, ainda há dezesseis vagas livres, dentre as 168 oferecidas.
A secretaria disse ainda que a prefeitura tenta fazer a reinserção social desses pacientes abandonados e que conta com um programa de atendimento domiciliar para pessoas acima de 70 anos.

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