Flanelinhas retiram placas do Centro de Teresina, denuncia Strans

Sinalização é arrancada para que motoristas possam estacionar, diz agente.
Caso foi denunciado para Prefeitura de Teresina e Procuradoria do município.

Catarina Costa Do G1 PI

Placas foram colocadas há três metros e meio de altura para evitar ação de vândalos (Foto: Catarina Costa/G1)

Uma ação constante de flanelinhas vem provocando transtornos aos agentes da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (STRANS) nos últimos dois meses no Centro de Teresina. Placas de sinalização estão sendo danificadas ou retiradas das ruas para que os motoristas possam estacionar em local proibido sem serem multados.
Para o agente Reginaldo Guimarães, por três vezes as placas foram arrancadas da Rua Firmino Pires e em outros pontos do Centro, amassadas para que seja possível a negligência. "Ainda não presenciamos os flanelinhas fazendo isso, já que a ação deles acontece mais a noite. No entanto recebemos algumas denúncias, que apontam eles como principais suspeitos", destaca.
Reginaldo revela que o caso já causou confusões entre agentes e motoristas, que foram multados por estacionar em local proibido, mas alegaram que não havia sinalização no lugar. O agente da Strans critica a posição dos motoristas que sabem da proibição e continuam estacionando nestes pontos.
"Não vejo necessidade de equipes da Strans nessa área somente para fiscalizar estas infrações, bastava apenas conscientização das pessoas. Nós poderíamos estar neste momento realizando outro tipo de serviço mais importante para a comunidade ao invés deste", comenta Reginaldo Guimarães.

Agente Regilnado denuncia ação criminosa de
flanelinhas (Foto: Catarina Costa/G1)

Na tentativa de coagir a ação dos flanelinhas, agentes estiveram recentemente na sede da Prefeitura de Teresina e Procuradoria Geral da União solicitando as imagens das câmeras de segurança. Outra medida adotada foi a fixação das placas, desta vez, em barras de ferro nos postes de energia. Com uma altura de três metros do chão, os agentes de trânsito esperam que a sinalização não seja retirada novamente.
O agente Reginal Guimarães explica que estacionar em local proibido é infração de natureza média, com perda de quatro pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 85,12. Para intensificar a fiscalização, os agentes municipais já passaram a trabalhar com o smartphone no lugar dos tradicionais talões de multa em papel.
A agilidade representa o fim da possibilidade de alguma dessas multas, emitidas em papel, desaparecer no trajeto entre a mão do agente de trânsito e a entrada no sistema digital. Com o aparelho é possível também digitar a placa de um veículo e ficar sabendo na hora se o veículo é furtado ou roubado, por exemplo.
O novo sistema de autuação via smartphone também promete evitar que as multas sejam emitidas de forma errada. O sistema de envio das informações só se completa se todos os dados forem digitados corretamente.