MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 17 de agosto de 2013

Falta de estrutura em postos de saúde de Belém prejudica população


Confira flagrantes de como está a situação da saúde na capital paraense.
TV Liberal mostra o sofrimento da população para ser atendida.

Do G1 PA

A falta de estrutura em postos de saúde e nos dois prontos socorros de Belém deixa a popula-ção sem atendimento médico de qualidade. A prefeitura garante que está tentando resolver o problema, mas por enquanto, quem precisa dos serviços nem sempre consegue ser atendido.
A equipe da TV Liberal fez imagens durante os meses de maio e Junho deste ano nos dois únicos pronto socorros da capital paraense. Os registros foram feitos com uma câmera escondida e também por funcionários dos hospitais que filmaram com celulares. Servidores que também denunciam as condições de trabalho precárias. De acordo com médicos e enfermeiros, não há remédios nem mesmo papel de receituário.
A fila em frente à unidade de saúde do bairro do Guamá começa a se formar de madrugada. "Está sem remédio, sem médico. A médica entregou até o lugar. Eu estou vindo pra cá desde quarta-feira", disse Benedito Silva, autônomo.
No bairro de Fátima as pessoas também passam horas em pé à espera de atendimento.  "Eles dão poucas fichas, aí a gente tem que vir cedo porque senão, não consegue [atendimento]", disse Raimundo Silva, aposentado.
Na Terra Firme a reclamação é quanto à falta de médico e remédios."Eu acho que não está certo. Por que quem chega passando mal vai esperar até a hora que Deus quer", reclamou Rosimarie Mendes, dona de casa.
No Pronto Socorro do Guamá, a situação é ainda pior: com uma micro-câmera  a equipe da TV Liberal flagrou pessoas sendo atendidas nos corredores. As macas estão espalhadas pelas áreas de circulação do hospital. A identificação dos pacientes ficam coladas nas paredes.
Os acompanhantes também sofrem sem estrutura são obrigados a usar cadeiras quebradas e até mesmo papelões para conseguir descansar. “O sono é tão grande que o cara se obriga. Eu não tenho como passar a noite toda em pé”, disse uma acompanhante.
Um grupo de enfermeiros diz que leva medicamentos para o hospital. "Geralmente o pessoal traz dipirona, sempre tem na bolsa, traz de outro serviço, porque chega aqui e não tem e aí o médico não quer saber lá na frente", denuncia.
Em um dos prontos socorros o único aparelho de Raio-x está quebrado, parado há sete meses, segundo um funcionário. No outro hospital, dos três aparelhos de radiografia apenas um está funcionando e a sala onde se realiza o exame está tomada pelas infiltrações e vazamentos.
Atualmente existem em Belém 2.600 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), número insuficiente para atender a demanda de pessoas que precisa de atendimento. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) reconhece que seria preciso dobrar o número de vagas para acabar com os atendimentos nos corredores. A prefeitura trabalha com novas medidas, como por exemplo a contratação de mais médicos e também a construção de hospitais, para assim tentar resolver os problemas.
"Estamos neste momento fazendo 19 obras de postos de saúde, ampliando contratações de outros serviços, trabalhando para aquisição de hospitais.Já temos adquiridos 49 leitos da iniciativa privada e trabalhando para novos hospitais se juntarem para servir de retraguarda aos dois prontos socorros de Belém", disse o prefeito Zenaldo Coutinho.

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