Estudantes de medicina protestam contra o 'Mais Médicos' no Piauí

Grupo foi até Alepi para pedir um canal de comunicação com o Governo.
"O programa é uma tentativa de maquiar a situação da saúde", diz acadêmico.

Patrícia Andrade e Jaqueliny Siqueira Do G1 PI

Acadêmicos de medicina protestam contra o Programa Mais Médicos na Alepi (Foto: Patrícia Andrade/G1 Piauí)

Estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e de duas faculdades particulares de Teresina realizaram nesta quinta-feira (8) uma manifestação em apoio ao movimento nacional contra o ‘Programa Mais Médicos’. Eles saíram em caminhada do Hospital Getúlio Vargas (HGV) até a Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) para pedir aos deputados um canal de comunicação com o Governo do estado e discutir o programa a nível Piauí.
O grupo foi recebido pela deputada estadual Rejane Dias (PT) que ouviu algumas sugestões e sugeriu aos estudantes que organizassem as informações para apresentar em uma sessão na Alepi.
“Queremos mostrar que as condições para fixar um médico no interior do estado não são só salariais. É preciso dar condições de trabalho e criar um plano de carreira”, esclareceu Leonardo Lima, estudante do 5º período e presidente do Centro Acadêmico de Medicina da UFPI.

Estudantes de medicina protestam contra o programa
'Mais Médicos' na Alepi (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Rodolfo Soeiro também estudante do 9º período da UFPI, explicou que a categoria não é totalmente contra o programa. “Não é uma questão de ser contra o programa, mas o governo precisa consultar as entidades, ou seja, todas as pessoas envolvidas devem estar juntas para tentar melhorar a saúde do país”, contou.
Em entrevista ao G1, o acadêmico de medicina Iran Brito revelou que o programa é uma tentativa de maquiar a situação. “O problema na saúde não passa somente pela quantidade de médicos, mas por melhores condições nos hospitais, por exemplo”, falou.
O grupo de estudantes também foi recebido pelo presidente da Alepi, Themístocles Sampaio, que propôs uma audiência pública no dia 12 de agosto para discutir o assunto.